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FUTEBOL
Após boa estréia na Colômbia, time sofre com marcação equatoriana
Com a volta dos "Rs", erros voltam ao time de Parreira
DO ENVIADO A MANAUS
O Brasil não conseguiu reeditar
ontem a boa atuação da estréia,
quando bateu a Colômbia.
Na terceira partida do ano em
que os quatro ""Rs" começaram
jogando pela seleção, o time decepcionou a torcida. Nas duas anteriores, também não havia se saído bem -empatara com a China,
por 0 a 0, em jogo fraquíssimo, e
perdera para Portugal, por 2 a 1.
Em Barranquilla, no primeiro
jogo pelas eliminatórias, Ronaldinho, suspenso, ficara de fora. Mas
ontem, contra o Equador, começou como titular, em lugar de
Alex, atuando ao lado de Ronaldo,
Rivaldo e Roberto Carlos.
Com os quatro em campo, o time de Parreira não conseguiu se
soltar. Teve dificuldades para passar pela marcação equatoriana e,
no primeiro tempo, criou apenas
duas chances de gol.
A primeira, aos 13min, Ronaldinho não desperdiçou. O atacante
aproveitou cruzamento de Roberto Carlos e, mesmo pressionado pela zaga rival, marcou seu primeiro gol pela seleção em solo
brasileiro. Mas a segunda, aos
45min, Rivaldo perdeu.
Ronaldo, que teve ótima atuação em Barranquilla, nos 2 a 1
contra os colombianos, esteve
apagado em Manaus. Na etapa
inicial, chegou a ficar sem tocar na
bola dos 26min aos 36min.
No segundo tempo, o panorama da partida não foi muito diferente. Os brasileiros tiveram dificuldades para criar chances de gol
e por pouco não deixam o Equador empatar. Aos 6min, Roque
Júnior cometeu pênalti em Reasco, mas o juiz não marcou a falta.
O Brasil teve sua maior chance
na segunda etapa aos 27min,
quando Ronaldinho já tinha saído
para dar lugar a Kaká. O ex-são-paulino lançou Ronaldo, e o atacante chutou em cima de Ceballos. No rebote, Rivaldo, que sairia
minutos depois, sob vaias, chutou
para fora.
No final do jogo, o lateral Roberto Carlos reconheceu que o time não foi bem, mas responsabilizou o Equador pelo fato de a partida não ter empolgado. ""Fazia
tempo que não via um time jogar
tão defensivamente assim", reclamou. ""Do jeito que foi, só poderia
acabar sendo um jogo feio."
Apesar da retranca, no entanto,
o Equador não foi desleal. Cometeu apenas 11 faltas -o menor
número que o Brasil sofreu num
jogo neste ano-, enquanto o time de Parreira fez 13. Na estréia,
os brasileiros haviam feito apenas
sete, menor número de faltas que
cometeu numa partida em 2003.
Já Cafu, o jogador mais acionado em Manaus, com 59 bolas recebidas, dizia que, mais importante do que jogar bem, são os três
pontos. ""Estamos com seis [na liderança das eliminatórias sul-americanas] e é isto que interessa."
(PAULO COBOS)
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