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São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2003

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FUTEBOL

Após boa estréia na Colômbia, time sofre com marcação equatoriana

Com a volta dos "Rs", erros voltam ao time de Parreira

DO ENVIADO A MANAUS

O Brasil não conseguiu reeditar ontem a boa atuação da estréia, quando bateu a Colômbia.
Na terceira partida do ano em que os quatro ""Rs" começaram jogando pela seleção, o time decepcionou a torcida. Nas duas anteriores, também não havia se saído bem -empatara com a China, por 0 a 0, em jogo fraquíssimo, e perdera para Portugal, por 2 a 1.
Em Barranquilla, no primeiro jogo pelas eliminatórias, Ronaldinho, suspenso, ficara de fora. Mas ontem, contra o Equador, começou como titular, em lugar de Alex, atuando ao lado de Ronaldo, Rivaldo e Roberto Carlos.
Com os quatro em campo, o time de Parreira não conseguiu se soltar. Teve dificuldades para passar pela marcação equatoriana e, no primeiro tempo, criou apenas duas chances de gol.
A primeira, aos 13min, Ronaldinho não desperdiçou. O atacante aproveitou cruzamento de Roberto Carlos e, mesmo pressionado pela zaga rival, marcou seu primeiro gol pela seleção em solo brasileiro. Mas a segunda, aos 45min, Rivaldo perdeu.
Ronaldo, que teve ótima atuação em Barranquilla, nos 2 a 1 contra os colombianos, esteve apagado em Manaus. Na etapa inicial, chegou a ficar sem tocar na bola dos 26min aos 36min.
No segundo tempo, o panorama da partida não foi muito diferente. Os brasileiros tiveram dificuldades para criar chances de gol e por pouco não deixam o Equador empatar. Aos 6min, Roque Júnior cometeu pênalti em Reasco, mas o juiz não marcou a falta.
O Brasil teve sua maior chance na segunda etapa aos 27min, quando Ronaldinho já tinha saído para dar lugar a Kaká. O ex-são-paulino lançou Ronaldo, e o atacante chutou em cima de Ceballos. No rebote, Rivaldo, que sairia minutos depois, sob vaias, chutou para fora.
No final do jogo, o lateral Roberto Carlos reconheceu que o time não foi bem, mas responsabilizou o Equador pelo fato de a partida não ter empolgado. ""Fazia tempo que não via um time jogar tão defensivamente assim", reclamou. ""Do jeito que foi, só poderia acabar sendo um jogo feio."
Apesar da retranca, no entanto, o Equador não foi desleal. Cometeu apenas 11 faltas -o menor número que o Brasil sofreu num jogo neste ano-, enquanto o time de Parreira fez 13. Na estréia, os brasileiros haviam feito apenas sete, menor número de faltas que cometeu numa partida em 2003.
Já Cafu, o jogador mais acionado em Manaus, com 59 bolas recebidas, dizia que, mais importante do que jogar bem, são os três pontos. ""Estamos com seis [na liderança das eliminatórias sul-americanas] e é isto que interessa." (PAULO COBOS)


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