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F-1
McLaren trama contra-ataque em escândalo de espionagem
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A MONZA
Enquanto Lewis Hamilton, líder do Mundial de F-1,
começa a semana de dedos
cruzados, a McLaren concentra seus esforços não só
em sua defesa como também
na preparação de um dossiê
para contra-atacar as acusações de que teria se beneficiado após seu projetista-chefe ter tido acesso a informações sigilosas da Ferrari.
O piloto inglês, que chegou
em segundo no GP da Itália,
anteontem, atrás somente de
seu companheiro de equipe,
Fernando Alonso, na quarta
dobradinha da McLaren na
temporada, admitiu que teme ficar sem emprego após a
decisão do Conselho Mundial da FIA, marcada para
quinta-feira, em Paris.
"A F-1 não seria a mesma
sem a McLaren", declarou o
estreante de 22 anos, que a
quatro provas do fim tem
três pontos de vantagem sobre Alonso. "Vamos manter
os nossos dedos cruzados para que nada aconteça."
Hamilton, porém, não quis
entrar em detalhes sobre o
escândalo de espionagem para não se emocionar.
"Quando você pensa sobre
tudo isso, pensa: "Nossa, posso estar sem emprego na
próxima semana, e aí o que
vai acontecer comigo?'"
Mas para consolo do inglês, Ron Dennis, chefe da
McLaren, está trabalhando
no documento que levará à
reunião na sede da FIA e que
pode envolver outras equipes na história.
Líder do Mundial de Construtores, o time pode acusar
não só a Ferrari, sua mais
ferrenha rival, como também a Renault de usar em
seus carros partes proibidas
pelo regulamento, como era
o caso do assoalho móvel
adotado pela equipe italiana
no início deste ano.
Especula-se que Nigel
Stepney, ex-chefe dos mecânicos da Ferrari e responsável pelo vazamento de informações a Mike Coughlan, da McLaren, esteja inclusive
auxiliando Dennis na elaboração deste dossiê.
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