São Paulo, terça-feira, 11 de setembro de 2007

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F-1

McLaren trama contra-ataque em escândalo de espionagem

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A MONZA

Enquanto Lewis Hamilton, líder do Mundial de F-1, começa a semana de dedos cruzados, a McLaren concentra seus esforços não só em sua defesa como também na preparação de um dossiê para contra-atacar as acusações de que teria se beneficiado após seu projetista-chefe ter tido acesso a informações sigilosas da Ferrari.
O piloto inglês, que chegou em segundo no GP da Itália, anteontem, atrás somente de seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, na quarta dobradinha da McLaren na temporada, admitiu que teme ficar sem emprego após a decisão do Conselho Mundial da FIA, marcada para quinta-feira, em Paris.
"A F-1 não seria a mesma sem a McLaren", declarou o estreante de 22 anos, que a quatro provas do fim tem três pontos de vantagem sobre Alonso. "Vamos manter os nossos dedos cruzados para que nada aconteça."
Hamilton, porém, não quis entrar em detalhes sobre o escândalo de espionagem para não se emocionar.
"Quando você pensa sobre tudo isso, pensa: "Nossa, posso estar sem emprego na próxima semana, e aí o que vai acontecer comigo?'"
Mas para consolo do inglês, Ron Dennis, chefe da McLaren, está trabalhando no documento que levará à reunião na sede da FIA e que pode envolver outras equipes na história.
Líder do Mundial de Construtores, o time pode acusar não só a Ferrari, sua mais ferrenha rival, como também a Renault de usar em seus carros partes proibidas pelo regulamento, como era o caso do assoalho móvel adotado pela equipe italiana no início deste ano.
Especula-se que Nigel Stepney, ex-chefe dos mecânicos da Ferrari e responsável pelo vazamento de informações a Mike Coughlan, da McLaren, esteja inclusive auxiliando Dennis na elaboração deste dossiê.


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