São Paulo, sábado, 11 de setembro de 2010

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Menino do Rio

Com a Copa "nos trilhos", Valcke, da Fifa, escolhe Rio para ser o coração do Mundial-14

Luiz Mello/Agência O Dia
Valcke beija Teixeira no Forte de Copacabana

SÉRGIO RANGEL
DO RIO

O principal responsável na Fifa pela organização da Copa de 2014 escolheu o Rio para ser o coração do Mundial.
Depois de sobrevoar a cidade ao lado do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o secretário-geral da entidade mundial, o francês Jêróme Valcke, fez elogios aos cariocas e praticamente definiu que o Rio receberá o sorteio das eliminatórias, além do IBC (centro internacional de mídia) e da sucursal da Fifa no Brasil.
O sorteio será utilizado pelos dirigentes para apresentar ao mundo, em julho de 2011, o país-sede da Copa.
""Visitei alguns lugares com o prefeito e foi muito bom. Posso dizer que o Rio está trabalhando forte e bem. Não vimos outras cidades, mas o aquecimento está acontecendo no Brasil", disse Valcke, que desde segunda-feira está na cidade.
É a primeira visita do dirigente ao país depois do fim do Mundial na África do Sul.
Valcke se reuniu diariamente com Teixeira e se hospedou na casa do cartola. Ontem, anunciou que se mudará para o Rio em 2011.
Anteontem, ele se reuniu com o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., na sede da CBF, mas não recebeu nenhum dirigente paulista.
O francês não viu nem mesmo o projeto do estádio do Corinthians em Itaquera, onde São Paulo pretende sediar a abertura da Copa-14.
O Rio foi a única cidade que apresentou projeto para abrigar o sorteio, o IBC e o escritório da Fifa. Apesar de não ter visitado outras cidades, Valcke disse ontem que ""está tudo nos trilhos".
Em julho, durante a Copa do Mundo, o francês reclamou dos atrasos nas obras que envolvem o Mundial.
""Ele é encantado com a cidade. Minha tarefa de vender o Rio nem é difícil", afirmou o prefeito Eduardo Paes, que comemorou a visita de Valcke provocando os paulistas.
Ao chegar de helicóptero ao centro de convenções que abrigará o IBC, disse que o Rio deu "uma chinelada na paulistada". Depois, amenizou: ""Foi uma brincadeira. São Paulo é uma cidade complementar ao Rio. Estamos juntos. Eles [paulistas] vão adorar pegar o aeroporto".
No seu pronunciamento de ontem, Valcke fez questão de elogiar Teixeira, negando que tenham desavenças. ""Queria dizer que leio coisas aqui que me divertem. Eu sou muito, muito, muito próximo do presidente Ricardo Teixeira. Trabalhamos juntos na Fifa e vamos trabalhar agora e até o final da Copa", disse o francês, que é apontado na Fifa como sucessor de Joseph Blatter para comandar a entidade daqui a cinco anos.
Teixeira também almeja comandar a principal entidade do futebol mundial. Até aqui, pelo menos, a dupla exibe um discurso afinado.


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