São Paulo, domingo, 11 de setembro de 2011

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Dirigentes têm relações opostas com o governo

DE BUENOS AIRES
DE SÃO PAULO


Apesar de todas as semelhanças, Ricardo Teixeira e Julio Grondona guardam uma diferença importante: a relação que têm com o governo de seus países, especialmente com Dilma Rousseff e Cristina Fernández de Kirchner.
O brasileiro se orgulha de a CBF não receber dinheiro estatal. "A entidade é privada, não tem dinheiro público, não tem isenção fiscal", disse, em entrevista à revista "Piauí".
O cartola não dialoga tão bem com Dilma como com Luiz Inácio Lula da Silva, antecessor dela. Teixeira também não se entende com o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr..
Grondona consolidou definitivamente sua relação com o poder dois anos atrás, quando a entidade que preside selou um inédito acordo com a presidência argentina para estatizar o futebol do país.
Atualmente, o dirigente é um dos principais aliados de Cristina e defende com fervor o governo dos Kirchner, iniciado em 2003 com Néstor, marido e antecessor da atual mandatária, morto em 2010.
Até 2009, a empresa Torneos y Competencias, do Grupo Clarín, detinha os direitos do futebol nacional. Com a briga entre o conglomerado de mídia e o governo, Grondona se aliou à Casa Rosada para romper o contrato.
Por um valor quase três vezes maior, assinou o que ficou conhecido como Futebol para Todos, nome do selo governamental.
Todas as partidas são exibidas na TV pública, em meio a inúmeras propagandas do governo. E o Campeonato Argentino foi batizado de Torneo Néstor Kirchner. (LF E MF)


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