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NATAÇÃO
Brasil deixa melhor time esquecido em Mundial
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil encerra hoje uma participação histórica no Mundial de
piscina curta (25 m), em Indianápolis. Mas a euforia com os resultados fez os dirigentes desdenharem do desempenho da mais premiada geração das piscinas.
Ontem, um dia antes do término das provas, Ricardo Moura,
coordenador técnico do Brasil
nos EUA, afirmou que o país nunca começou tão bem um ciclo
olímpico. "Este Mundial trouxe
oxigênio para a natação", disse.
O diagnóstico esbarra nas conquistas obtidas por atletas que deram ao Brasil a campanha olímpica mais laureada na natação.
Em 1993, na cidade espanhola
de Palma de Mallorca, o país disputou seu primeiro Mundial de
piscina curta e deu a largada para
os Jogos de Atlanta-1996.
No torneio, jovens atletas como
Gustavo Borges (21, na época) e
Fernando Scherer (19) brilharam.
Ganharam dois ouros, uma prata
e um bronze. De quebra, estabeleceram a melhor marca do mundo
no revezamento 4 x 100 m livre.
Três anos depois, ambos levaram o país três vezes ao pódio em
Atlanta. Os dois bronzes e a prata
angariados são até hoje a melhor
performance do Brasil nos Jogos.
Em Indianápolis, o Brasil rompeu um jejum de sete anos sem
medalhas de ouro no torneio.
Anteontem, Thiago Pereira, 18,
venceu os 200 m medley com
1min55s78. Na Olimpíada de Atenas, em agosto, ele havia terminado em quinto lugar no evento.
Em outras provas, contudo, o
país chegou ao pódio com performances piores que as obtidas há
11 anos. É o caso do revezamento
4 x 100 m livre masculino, que levou a prata com 3min12s73.
Em 1993, o Brasil quebrou o recorde mundial com 3min12s11.
Estrelas como o australiano Ian
Thorpe escolheram não competir
em Indianápolis. O principal chamariz era o norte-americano Michael Phelps, que ganhou oito
medalhas na Grécia. Alegando
uma contusão nas costas, ele
abandonou o campeonato.
NA TV - Mundial de Indianápolis, ao vivo, às 11h30 (Sportv) e às 21h (Sportv 2)
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