São Paulo, segunda-feira, 11 de outubro de 2004

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NATAÇÃO

Brasil deixa melhor time esquecido em Mundial

DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil encerra hoje uma participação histórica no Mundial de piscina curta (25 m), em Indianápolis. Mas a euforia com os resultados fez os dirigentes desdenharem do desempenho da mais premiada geração das piscinas.
Ontem, um dia antes do término das provas, Ricardo Moura, coordenador técnico do Brasil nos EUA, afirmou que o país nunca começou tão bem um ciclo olímpico. "Este Mundial trouxe oxigênio para a natação", disse.
O diagnóstico esbarra nas conquistas obtidas por atletas que deram ao Brasil a campanha olímpica mais laureada na natação.
Em 1993, na cidade espanhola de Palma de Mallorca, o país disputou seu primeiro Mundial de piscina curta e deu a largada para os Jogos de Atlanta-1996.
No torneio, jovens atletas como Gustavo Borges (21, na época) e Fernando Scherer (19) brilharam. Ganharam dois ouros, uma prata e um bronze. De quebra, estabeleceram a melhor marca do mundo no revezamento 4 x 100 m livre.
Três anos depois, ambos levaram o país três vezes ao pódio em Atlanta. Os dois bronzes e a prata angariados são até hoje a melhor performance do Brasil nos Jogos.
Em Indianápolis, o Brasil rompeu um jejum de sete anos sem medalhas de ouro no torneio.
Anteontem, Thiago Pereira, 18, venceu os 200 m medley com 1min55s78. Na Olimpíada de Atenas, em agosto, ele havia terminado em quinto lugar no evento.
Em outras provas, contudo, o país chegou ao pódio com performances piores que as obtidas há 11 anos. É o caso do revezamento 4 x 100 m livre masculino, que levou a prata com 3min12s73.
Em 1993, o Brasil quebrou o recorde mundial com 3min12s11.
Estrelas como o australiano Ian Thorpe escolheram não competir em Indianápolis. O principal chamariz era o norte-americano Michael Phelps, que ganhou oito medalhas na Grécia. Alegando uma contusão nas costas, ele abandonou o campeonato.


NA TV - Mundial de Indianápolis, ao vivo, às 11h30 (Sportv) e às 21h (Sportv 2)

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