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antes tarde...
Dupla famosa acorda, e Brasil ganha
Pela 1º vez no ano, Kaká e Ronaldinho se encontram na marcação de um gol, e seleção de Dunga vira contra o Equador
DA REPORTAGEM LOCAL
O passe, do duas vezes melhor do mundo, foi preciso. A
conclusão, de primeira e feita
pelo grande objeto de desejo do
futebol europeu atualmente,
mandou a bola para as redes.
O lance deveria ser bem banal por seus protagonistas. Mas
representou muito mais.
A seleção brasileira já havia
marcado 34 gols na temporada
2006, que está perto do fim.
Nenhum em jogada com assistência de Ronaldinho e conclusão de Kaká -ou vice-versa.
Mais do que o gol da vitória
de virada sobre o Equador (2 a
1), que não teve nada de clima
amistoso, a assistência de Ronaldinho e o chute de Kaká deram sinais de vida para uma dupla sem cartaz com Dunga.
Não sem motivos. Kaká e Ronaldinho nada de importante
criaram juntos na Copa do
Mundo. E ambos, em especial o
segundo, não passam por boa
fase em seus poderosos clubes.
Mas no amistoso contra os
equatorianos na Suécia, beneficiados é verdade por terem
atuado com um rival com um
jogador a menos desde o primeiro tempo, os dois foram essenciais numa rara vitória de
virada do Brasil -nos últimos
quatro anos foram apenas três.
No primeiro tempo, com Kaká em campo vestindo a camisa
10 e Ronaldinho no banco com
a 20, o Equador era melhor.
Tanto que marcou com Borja,
aos 23min, em mais uma bola
cruzada para a área em que a
defesa nacional falhou. Dos
quatro gols sofridos pelo time
neste ano, três foram assim.
Mas o clima tenso do jogo fez
o Equador perder a cabeça. Valencia acertou cotovelada em
Dudu Cearense e foi expulso.
O Brasil ainda contou com a
sorte para empatar antes do intervalo. A zaga rival se atrapalhou, e a bola sobrou para Fred
chutar forte, aos 44min.
Na saída para o intervalo, os
atacantes brasileiros, em entrevistas para a Rede Globo, queixaram-se de coisas distintas.
"Precisamos jogar mais pelas
laterais", falou Fred. "O gramado está ruim", disse Robinho.
Dunga também não gostava
do time, e resolveu tirar o volante Dudu Cearense para a entrada de Ronaldinho.
Valeu a pena. Além de tramarem a jogada do gol da virada,
Kaká e Ronaldinho fizeram o
time melhorar bastante.
O astro do Barcelona completou sua 13ª partida sem fazer gols pela seleção. Mas desta
vez não foi apático. Além do
passe para o tento de Kaká, bateu duas faltas com categoria,
mas em ambas a bola acertou a
trave do goleiro Mora.
Segundo o Datafolha, o Brasil
finalizou oito vezes no primeiro tempo. No segundo, foram
14. O acerto nos passes passou
de 88% para 92%. Acuado, o
Equador finalizou apenas uma
vez na segunda metade, contra
quatro nos 45 minutos iniciais.
Kaká e Ronaldinho trocaram
abraços dentro de campo e atacaram a idéia de que os dois não
podem podem formar dupla.
"Não é assim. Podemos jogar
juntos", disse o milanista, o artilheiro da seleção na era Dunga -tem agora três gols nos
quatro jogos que disputou com
o técnico. "O meu entrosamento com o Kaká sempre foi muito bom, jogamos várias vezes
juntos", falou Ronaldinho.
O Brasil fechará sua temporada na Suíça, contra a seleção
local, no dia 15 de novembro.
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