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Veteranos lideraram marmelada
VÔLEI
Giba, Rodrigão e Dante se responsabilizam por jogo polêmico
DA ENVIADA A ROMA
Volta olímpica dada, prêmios recebidos, medalha no
peito. Os atletas brasileiros
começaram a desabafar sobre o que de fato ocorrera na
noite que antecedera a polêmica derrota para a Bulgária,
no sábado, dia 2, em Ancona.
Na ocasião, o Brasil já estava classificado para a terceira
fase e disputaria com os búlgaros o primeiro lugar do
grupo. A liderança, no entanto, era indesejada, uma vez
que a vitória poderia fazer
com que a equipe caísse no
grupo de Cuba, único algoz
dos brasileiros até então.
No último jogo da primeira
fase, os cubanos venceram
apertado, por 3 sets a 2.
Em uma reunião que se estendeu até as 5h da madrugada da véspera da partida contra os búlgaros, a seleção decidiu que deveria poupar o
levantador Bruno do jogo e
preservá-lo para a primeira
partida da terceira fase.
Com Marlon ainda se recuperando de uma infecção intestinal, Bruno atuara, até
então, quatro vezes sem nenhum reserva para fazer o revezamento em quadra.
Segundo o meio de rede
Rodrigão, 31, Bernardinho
relutou em aceitar a proposta
e só se convenceu graças à intervenção de três veteranos.
"Eu, Giba e Dante fomos
atrás do Bernardo e falamos
para ele que o Bruno deveria
ser poupado. Ele acabou
aceitando", disse Rodrigão.
O central revelou que a decisão de poupar Bruno e improvisar Théo como levantador implicaria em uma derrota consciente da equipe.
"Sabíamos que, se o Théo
fosse o levantador, teríamos
chances remotas de vencer."
E foi o que de fato aconteceu. Murilo também fora
poupado e Giba, 33, jogara
em seu lugar. Os brasileiros
entraram em quadra pouco
dispostos a triunfar no jogo.
A Bulgária, com sua equipe reserva, também deixou a
desejar. O público em Ancona vaiou a atitude das duas
equipes. Alguns ficaram de
costas para a quadra. Após a
partida, Giba reconheceu
"mancha" em sua carreira.
Os jornais italianos publicaram críticas ácidas contra
a atitude dos brasileiros.
Mesmo com todos os problemas enfrentados, o ponta
Dante, 30, afirma que a decisão tomada em conjunto foi
fundamental para unir "ainda mais o grupo".
"A gente sabia o que estava fazendo, que receberia críticas do mundo inteiro, mas
isso só nos fortaleceu. Colocaram mais sal na nossa carne", afirmou o atleta, que
participou da campanha dos
três títulos mundiais. (MB)
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