São Paulo, segunda-feira, 11 de outubro de 2010

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Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br

A razão da queda

DOIS FATORES explicam a derrocada corintiana. O mais evidente, os desfalques. O mais escondido, o posicionamento.
Aqui já se escreveu que a maior diferença entre os estilos de Mano Menezes e Adilson Batista é que, para Mano, futebol é posicionamento. Para Adilson, agressividade. É por isso que Alessandro, lateral defensivo nos tempos de Mano, ia ao ataque pela meia direita, com Adilson, como se pudesse resolver os jogos.
Ao contrário, pode comprometer sua defesa. Alessandro estava no meio e Moacir pela direita quando o Atlético-GO fez seu terceiro gol, ontem. Alessandro entrou três vezes em diagonal, como armador. Perdeu um gol frente a frente com o goleiro Márcio. No ataque, não resolveu. Quando a bola foi lançada em seu setor, com o Corinthians perdendo por 2 a 1, Juninho recebeu livre e tocou de primeira, Marcão apareceu na frente de Júlio César e marcou.
Há dois princípios básicos dos times de Adilson, perfeitos nos momentos de vitória. Que os volantes devem ser elementos-surpresa. Isso valeu elogios a Jucilei e a Paulinho, além da vitória sobre o Fluminense, no Engenhão. Até na derrota para o Inter, o apoio dos volantes era elogiado. Mas expunha os zagueiros. Eis o segundo mantra de Adilson. Ele está certo ao afirmar que não é ele quem deve proteger zagueiros que têm nível para atuar pelo Corinthians. Mano pensava diferente.
Há momentos em que é preciso renunciar a certos princípios. Com Roberto Carlos, Jorge Henrique, Ralf e Dentinho machucados, Elias na seleção e Ronaldo no Twitter, o Corinthians precisa jogar mais protegido. Apesar de tudo isso, uma vitória sobre o Vasco deixaria o Corinthians a dois pontos do líder. E jogaria com o Cruzeiro em São Paulo. A derrota não era motivo para a demissão.

O NOVO SÃO PAULO
Lucas joga aberto pela direita, quase ponta. Do outro lado, Fernandinho marca o lateral e se aproxima para ser segundo atacante, perto de Ricardo Oliveira. O São Paulo é mais um na moda: 4-2-3-1.

O TEMPO CERTO
Felipão tem razão em apontar a Sul-Americana como caminho para a Libertadores. O Palmeiras está pronto para marcar. É preciso tempo para ajeitar o ataque.


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