|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Prancheta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br
A razão da queda
DOIS FATORES explicam a
derrocada corintiana. O
mais evidente, os desfalques. O mais escondido, o
posicionamento.
Aqui já se escreveu que a
maior diferença entre os estilos de Mano Menezes e
Adilson Batista é que, para
Mano, futebol é posicionamento. Para Adilson, agressividade. É por isso que
Alessandro, lateral defensivo nos tempos de Mano, ia
ao ataque pela meia direita,
com Adilson, como se pudesse resolver os jogos.
Ao contrário, pode comprometer sua defesa. Alessandro estava no meio e
Moacir pela direita quando
o Atlético-GO fez seu terceiro gol, ontem. Alessandro
entrou três vezes em diagonal, como armador. Perdeu
um gol frente a frente com o
goleiro Márcio. No ataque,
não resolveu. Quando a bola foi lançada em seu setor,
com o Corinthians perdendo
por 2 a 1, Juninho recebeu livre e tocou de primeira,
Marcão apareceu na frente
de Júlio César e marcou.
Há dois princípios básicos dos times de Adilson,
perfeitos nos momentos de
vitória. Que os volantes devem ser elementos-surpresa. Isso valeu elogios a Jucilei e a Paulinho, além da vitória sobre o Fluminense, no
Engenhão. Até na derrota
para o Inter, o apoio dos volantes era elogiado. Mas expunha os zagueiros. Eis o segundo mantra de Adilson.
Ele está certo ao afirmar que
não é ele quem deve proteger zagueiros que têm nível
para atuar pelo Corinthians.
Mano pensava diferente.
Há momentos em que é
preciso renunciar a certos
princípios. Com Roberto
Carlos, Jorge Henrique, Ralf
e Dentinho machucados,
Elias na seleção e Ronaldo
no Twitter, o Corinthians
precisa jogar mais protegido. Apesar de tudo isso,
uma vitória sobre o Vasco
deixaria o Corinthians a
dois pontos do líder. E jogaria com o Cruzeiro em São
Paulo. A derrota não era
motivo para a demissão.
O NOVO SÃO PAULO
Lucas joga aberto pela direita, quase ponta. Do outro
lado, Fernandinho marca o
lateral e se aproxima para ser
segundo atacante, perto de
Ricardo Oliveira. O São Paulo
é mais um na moda: 4-2-3-1.
O TEMPO CERTO
Felipão tem razão em
apontar a Sul-Americana como caminho para a Libertadores. O Palmeiras está pronto para marcar. É preciso
tempo para ajeitar o ataque.
Texto Anterior: Clássico: São Paulo alonga folga antes de San-São Próximo Texto: Vettel vence em dia especial no Japão Índice | Comunicar Erros
|