DA REPORTAGEM LOCAL

Em 25 de outubro, Rebeca competiu pela última vez antes de ser suspensa preventivamente pela Fina (Federação Internacional de Natação).
Ela encerrou participação nos Jogos Abertos do Interior, representando São Caetano do Sul, com três ouros (50 m e 100 m livre, além dos 50 m peito) e o bronze nos 50 m borboleta.
Àquela altura, Rebeca já saberia que estava sendo acusada de se dopar. Quando questionada por colegas, ela sempre negou o uso de qualquer substância proibida. Atribuía o físico avantajado ao intenso treino de musculação, enfatizado na seqüência do Pan de 2003.
Até pouco antes do Pan do Rio, em julho, Rebeca tinha resultados inferiores ao de Flávia Delaroli. Deu seu salto de qualidade na piscina do Parque Aquático Maria Lenk.
Delaroli era, até os Jogos cariocas, a recordista sul-americana dos 50 m livre, com 25s17, feito na final olímpica de Atenas-2004 -ficou em oitavo. Naquela competição, Rebeca nadou em 25s31.
No Pan-2007, a "Gigante" -seu apelido- fez 25s05, contra 25s52 da antiga algoz.
Nos 100 m, a desvantagem também virou pó. Em Santo Domingo-2003, Delaroli obteve 56s41, e Rebeca, 57s43. Neste ano, na piscina carioca, a agora recordista sul-americana marcou 55s17. Delaroli conseguiu 55s84.
A preparação de Rebeca estava sendo feita para os Jogos de Pequim, em agosto do próximo ano. Ela já tinha índice para os 50 m e os 100 m livre. Com o risco de suspensão por dois anos, a atleta estaria fora da Olimpíada. Ainda pode ser banida, se for considerada reincidente -teve um resultado positivo, um caso ainda em discussão, além da suspeita de manipulação da urina, que apresentou DNAs diferentes.0 (FG)


Texto Anterior: Rebeca brilha no Pan, mas segue distante da elite
Próximo Texto: Tênis: Sharapova vai à final de masters de Madri
Índice