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ARTIGO
Não será fácil para o Brasil favorito
PELÉ
ESPECIAL PARA A FOLHA
A Copa do Mundo de 2006 poderá ser ganha ou perdida nas
quatro semanas que antecedem o
pontapé inicial em Munique, no
dia 9 de junho.
Isso se aplica tanto ao Brasil
quanto a Argentina, México e Estados Unidos. Esta é uma Copa do
Mundo diferente, pois a Fifa declarou que todos terão quatro semanas livres após o fim das atividades
dos clubes. Os times poderão se
preparar de maneira adequada.
Isso também é importante para
o Brasil, pois Carlos Alberto Parreira terá chance de se preparar
adequadamente para aproveitar
os jogadores que atuam na Europa, maioria do seu esquadrão.
Não será fácil para o Brasil. Muito pelo contrário. Mesmo levando
em conta que a seleção brasileira é
a detentora do título, a favorita e,
na minha opinião, a melhor equipe, historicamente a equipe favorita da Copa do Mundo da Fifa não
consegue vencer o campeonato.
Em 2006, todas as seleções rivais
elevarão o nível do jogo exatamente porque se trata do Brasil. Elas
estarão determinadas a surpreender.
O sorteio foi bom. Nos livramos
de Portugal, Holanda e República
Tcheca. Antes do sorteio, o Parreira me pediu que, por favor, não
pusesse a República Tcheca no
grupo do Brasil porque ele realmente não queria jogar contra eles
na primeira rodada; deu certo. De
forma que, com relação a isso, eu
fui bem cooperativo.
Depois eu encontrei o Zico e ele
pediu a mesma coisa em relação
ao Japão. Eu sinto muito, mas não
pude ajudá-lo. Ele lembrou que da
última vez que o Japão enfrentou o
Brasil, na Copa das Confederações
do verão passado, os japoneses jogaram muito bem e o Zico acha
que eles poderiam ter ganho se
não fosse por uma mudança infeliz no rumo da partida.
Quando estávamos fazendo o
sorteio, me ocorreu que o Brasil
pode jogar a última partida onde
jogou a primeira. Ninguém mais
fará isso. Mas eles jogarão o primeiro jogo em Berlim, contra a
Croácia, portanto, eu espero que
também joguem seu último jogo
nessa cidade. Sobre o oponente...
Se o Brasil estiver na final ficarei
contente, seja qual for o rival.
Pelé, 65, é porta-voz da Mastercard
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