São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 2005

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Olímpico segue a mesma trilha

DA REPORTAGEM LOCAL

A tendência não é exclusiva do futebol. Maior reboteira do campeonato e principal pontuadora do Santo André, a pivô Kátia Regina dos Santos, 21, não atuou nas semifinais do Nacional de basquete, em que seu time foi derrotado por 3 a 0 pelo Americana.
Desfalcou o time porque teve detectada uma arritmia cardíaca em exames há seis meses. Baseada no resultado, a cardiologista Raquel Teixeira de Araújo liberou a atleta para participar das partidas. Apesar disso, a técnica Laís Elena resolveu não arriscar até serem feitos exames mais invasivos.
De acordo com a médica, Kátia apresentava uma "arritmia adrenérgico-dependente", sintoma que pode causar palpitações. "Ela não apresenta contra-indicação que motive o afastamento."
Mesmo assim foi afastada. Mais um indício de que, no esporte brasileiro, após a morte do zagueiro Serginho, prevalece a máxima "seguro morreu de velho".
Atual bicampeão da Superliga feminina de vôlei, o Osasco foi um dos pioneiros no esporte olímpico a testar suas atletas. Neste ano, levou 60 atletas ao Incor. Em 2004, após ver identificada uma arritmia na levantadora Danielle Lins, afastou-a por oito meses. Após tratamento, ela já foi liberada para voltar às atividades.
A seleção de boxe é a primeira equipe nacional a fazer testes cardiológicos em 2005, no Hospital do Coração, em São Paulo. Para o médico da CBB, Bernadino Santi, nada mudou do ponto de vista médico. "Só que às vezes tínhamos que adiar exames por causa de treinos. Agora, treinadores e preparadores estão mais atentos."


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