São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 2005 |
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TÊNIS Que bonito é
RÉGIS ANDAKU Parte do comportamento exemplar e educado da torcida se deveu ao comportamento exemplar e educado de Mello em quadra. Acostumado às vezes a tenistas que exageram nos gestos, nas palavras e nas artimanhas, o público torcia no domingo por um ídolo que respeita o jogo e o rival. Vi um ou outro com vontade de xingar Lapentti ou quase berrando na hora de seu saque, mas "contidos" pelo "fair play"" que Mello, implicitamente, desfilava em quadra. Nada a ver com "frio" ou tímido, só com um bom jogador. Até nisso ele é do bem. Subir no ranking? Ficar entre os 50 primeiros? Ganhar mais um título? Nada de promessas que rendam manchetes. "Penso simplesmente em manter o meu ranking atual, jogando apenas Grand Slams, Masters Series e ATP Tours", disse Mello. Talvez ciente até de seus pontos fracos (ainda lhe falta um golpe "matador", por exemplo), ele vai fazendo da insistência e da superação os seus pontos fortes em quadra. Em São Paulo, no primeiro torneio do ano, chegou a ter dois match points contra já na estréia. Nas semifinais, perdia por 0/4 o set decisivo. Na decisão, teve um outro match point contra. "Geralmente os meus jogos são muito disputados, acabam indo para o terceiro set. Passei por momentos delicados, mas soube encontrar o caminho para contorná-los", explica, com português tão correto quanto sua atitude. "Estou com a confiança em alta. Não poderia ter começado melhor. Acreditei sempre na vitória, na superação. Sigo acreditando." Uma graninha a mais Gaston Gaudio, Nicolas Massú e Rafael Nadal serão os destaques do Brasil Open, na semana seguinte ao Carnaval, na Costa do Sauípe. Carlos Moyá será o cabeça-de-chave número um se chegar a acordo financeiro com os organizadores do ATP Tour. Saldo positivo do ano que terminou Fechadas as contas de 2004, a ATP divulga recorde de torcedores. Foram 3,98 milhões em 64 competições disputadas por 30 países. Sem chance de um "revival" Kim Clijsters, que voltaria às quadras no Aberto da Austrália, descartou o retorno. Diz que só joga agora em fevereiro, na Bélgica. Evita assim trombar em Melbourne com seu ex Lleyton Hewitt. E-mail: reandaku@uol.com.br Texto Anterior: Vôlei: Técnicos das seleções jogam pela liderança Próximo Texto: Futebol - Jorge Kajuru: Desesperar jamais Índice |
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