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São Paulo celebra triunfo alentador
São-paulinos dizem ganhar confiança para Libertadores; resultado deve apressar Leão a colocar Nilmar como titular
João Wainer/Folha Imagem
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Torcedores do São Paulo festejam a vitória no clássico de ontem nas arquibancadas do Morumbi |
DA REPORTAGEM LOCAL
Na véspera do jogo, Rogério
disse torcer para o time encaixar um bom futebol no clássico
a fim de chegar com moral para
sua estréia na Libertadores na
próxima quarta-feira.
Ontem, após o contundente
3 a 1 no Corinthians, que inspirou até mesmo a volta dos gritos de olé das arquibancadas, o
time são-paulino deixou o campo com o dever cumprido.
"Graças a Deus conseguimos
vencer. Foi uma vitória com o
pé direito. Depois desse jogo,
vamos entrar bem tranquilos
para estrear na Libertadores",
disse o atacante Aloísio.
O São Paulo realizou sua melhor partida ontem no Morumbi. Chegou aos 18 pontos, espantou a desconfiança da torcida e esfriou o princípio de crise
iniciado pela reclamação de Júnior, hoje reserva de luxo.
Ao Corinthians, resta repensar sua atuação e juntar os cacos do que sobrou ontem. O time segue com 15 pontos e o técnico Emerson Leão voltou a
atirar para todos os lados.
"Hoje ficou confirmado que o
campo é do São Paulo", afirmou
o técnico sobre a demora dos
gandulas em devolver a bola
para beneficiar o rival.
Além disso, a confusa atuação da equipe corintiana ontem
deixou claro que o treinador vai
precisar apressar o retorno do
atacante Nilmar.
Ao final da partida, até os
próprios corintianos reconheceram que ficaram devendo,
mostrando um clima de insatisfação geral. "Faltou competência. O São Paulo teve méritos mas também não tivemos
competência. O que se viu no final [brigas e empurrões] foi cada um defendendo o seu lado",
falou o meia Roger, que teve
atuação discreta na partida.
Como já era previsto, o clássico começou arrastado. Nessa
tática de espera, o São Paulo
passou mais apertado, já que
chegava a ter uma linha de quatro na frente -Reasco, Aloísio,
Lenílson e Jadílson- e tinha
dificuldade na saída de bola.
Já o Corinthians tinha mais
posse de bola, mas esbarrava na
barreira armada pelo trio de zaga e reforçada pela vigilância de
Josué e Fredson.
O equlíbrio marcou o primeiro tempo até que, num lance individual, Lenílson fez 1 a 0 aos
30min em chute cruzado.
O jogo já caminhava para o
arrastado placar de 1 a 0 quando o zagueiro Marquinhos falhou no corte de cabeça e teve
de fazer pênalti em Aloísio. Rogério bateu e aumentou para 2
a 0, aos 45min. Foi o seu primeiro tento no ano.
Na volta do intervalo, o Corinthians foi um improviso só.
Leão sacou Marquinhos, transformou o esquema com três zagueiros em 4-4-2 e obrigou Rosinei e Élton, que não têm características de marcadores, a
virarem laterais. Roger, que começara no ataque, foi jogar no
meio com a entrada de Jaílson.
Tamanha salada facilitou a vida
são-paulina, que aos 14min
chegou aos 3 a 0 com Leandro
completando cruzamento.
O passeio são-paulino era
evidente. O time passou a tocar
a bola e os corintianos apelaram. Roger entrou para quebrar Jadílson. O empurra-empurra se generalizou.
Magrão foi expulso por entrada violenta em Leandro. O
Corinthians ainda descontou
com Wilson, mas já era tarde.
Jadílson ainda levou vermelho.
(LUÍS FERRARI E TONI ASSIS)
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