São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

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São Paulo celebra triunfo alentador

São-paulinos dizem ganhar confiança para Libertadores; resultado deve apressar Leão a colocar Nilmar como titular

João Wainer/Folha Imagem
Torcedores do São Paulo festejam a vitória no clássico de ontem nas arquibancadas do Morumbi


DA REPORTAGEM LOCAL

Na véspera do jogo, Rogério disse torcer para o time encaixar um bom futebol no clássico a fim de chegar com moral para sua estréia na Libertadores na próxima quarta-feira.
Ontem, após o contundente 3 a 1 no Corinthians, que inspirou até mesmo a volta dos gritos de olé das arquibancadas, o time são-paulino deixou o campo com o dever cumprido.
"Graças a Deus conseguimos vencer. Foi uma vitória com o pé direito. Depois desse jogo, vamos entrar bem tranquilos para estrear na Libertadores", disse o atacante Aloísio.
O São Paulo realizou sua melhor partida ontem no Morumbi. Chegou aos 18 pontos, espantou a desconfiança da torcida e esfriou o princípio de crise iniciado pela reclamação de Júnior, hoje reserva de luxo.
Ao Corinthians, resta repensar sua atuação e juntar os cacos do que sobrou ontem. O time segue com 15 pontos e o técnico Emerson Leão voltou a atirar para todos os lados.
"Hoje ficou confirmado que o campo é do São Paulo", afirmou o técnico sobre a demora dos gandulas em devolver a bola para beneficiar o rival.
Além disso, a confusa atuação da equipe corintiana ontem deixou claro que o treinador vai precisar apressar o retorno do atacante Nilmar.
Ao final da partida, até os próprios corintianos reconheceram que ficaram devendo, mostrando um clima de insatisfação geral. "Faltou competência. O São Paulo teve méritos mas também não tivemos competência. O que se viu no final [brigas e empurrões] foi cada um defendendo o seu lado", falou o meia Roger, que teve atuação discreta na partida.
Como já era previsto, o clássico começou arrastado. Nessa tática de espera, o São Paulo passou mais apertado, já que chegava a ter uma linha de quatro na frente -Reasco, Aloísio, Lenílson e Jadílson- e tinha dificuldade na saída de bola.
Já o Corinthians tinha mais posse de bola, mas esbarrava na barreira armada pelo trio de zaga e reforçada pela vigilância de Josué e Fredson.
O equlíbrio marcou o primeiro tempo até que, num lance individual, Lenílson fez 1 a 0 aos 30min em chute cruzado.
O jogo já caminhava para o arrastado placar de 1 a 0 quando o zagueiro Marquinhos falhou no corte de cabeça e teve de fazer pênalti em Aloísio. Rogério bateu e aumentou para 2 a 0, aos 45min. Foi o seu primeiro tento no ano.
Na volta do intervalo, o Corinthians foi um improviso só. Leão sacou Marquinhos, transformou o esquema com três zagueiros em 4-4-2 e obrigou Rosinei e Élton, que não têm características de marcadores, a virarem laterais. Roger, que começara no ataque, foi jogar no meio com a entrada de Jaílson. Tamanha salada facilitou a vida são-paulina, que aos 14min chegou aos 3 a 0 com Leandro completando cruzamento.
O passeio são-paulino era evidente. O time passou a tocar a bola e os corintianos apelaram. Roger entrou para quebrar Jadílson. O empurra-empurra se generalizou.
Magrão foi expulso por entrada violenta em Leandro. O Corinthians ainda descontou com Wilson, mas já era tarde. Jadílson ainda levou vermelho. (LUÍS FERRARI E TONI ASSIS)


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