São Paulo, terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

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VÔLEI

As novidades da seleção


Para poupar as principais atletas da extenuante maratona do Grand Prix, Brasil deve ter duas seleções


CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

A NOVIDADE deste ano na preparação do vôlei feminino brasileiro para os Jogos de Pequim deve ser a formação de duas seleções. Uma vai ficar treinando no Brasil. A outra irá disputar o Grand Prix, em junho e julho.
A idéia é preservar o time do desgaste físico, já que as jogadoras terão só intervalo de pouco mais de 15 dias entre o fim do Grand Prix, que será disputado na Ásia, e a volta para o Brasil e o novo embarque para Pequim, sede dos Jogos Olímpicos. A seleção que deve ficar no Brasil será formada por sete ou oito jogadoras com presença já assegurada no time da levantadora Fofão, da central Walewska e das pontas Paula Pequeno e Jaqueline. A outra terá as atletas que ainda disputam vagas.
A comissão técnica terá dificuldades para definir algumas posições. Quem será, por exemplo, a reserva de Fofão? Fabíola, que jogou na Copa do Mundo, está fazendo uma Superliga irregular no Minas. O mesmo acontece com Ana Tiemi e Carol, no Osasco, e Dani Lins, no Rio. Outra dúvida: quem serão as ponteiras reservas? Em 2007, quando Jaqueline ficou fora no Pan, e no Grand Prix, a seleção sofreu. Sassá, 1,79 m, entrou, mas apesar do bom fundo de quadra, saque e até ataque, no bloqueio, deixa a desejar. É baixa para os padrões internacionais.
Existem poucas opções para a posição: Natália, 18 anos e 1,83 m, e Regiane, 21 e 1,89 m. As duas têm potencial, mas também estão fazendo uma Superliga irregular. A comissão técnica pensa até em Valeskinha, que na Itália atua como ponteira. É versátil, rápida e bloqueia bem.
O maior problema é na saída de rede. Mari volta? Difícil. Resta Sheila. As opções para a reserva são Renatinha e Joycinha. A Itália se tornou candidata ao ouro olímpico com a entrada de Taimaris Aguero, uma oposto com ataque poderoso e que resolve. Falta uma atacante assim no Brasil. A briga pelo ouro não vai ser fácil. Itália, China e Rússia serão as grandes adversárias. O Brasil vai ter que jogar muito e tratar bem dos seus apagões. Para isso terá também o auxílio de uma psicóloga.

OS BUMBUNS
No vôlei, o assunto ainda são as declarações do técnico José Roberto Guimarães que não quer nenhuma jogadora de bumbum grande na seleção. O técnico afirma que o time terá apenas três meses de treino para os Jogos de Pequim e que todo mundo tem que chegar sem gorduras, em forma.

REPERCUSSÃO
A frase de Zé Roberto foi estampada nos sites e publicações especializadas de vôlei na Itália. No site www.volleyball.it, por exemplo, escreveram que o técnico não terá missão fácil já que uma das características das mulheres brasileiras é ter bumbum grande.

cidasan@uol.com.br


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