São Paulo, sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

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AÇÃO

Em água doce ou salgada


Stand up paddle cresce a taxas de 4 dígitos, atrai homem e mulher e gera prova de wave, regata, travessia e resistência


CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA

CRESCIMENTO de 2.000% nos últimos dois anos. O dado foi divulgado na última Surf Expo, nos EUA, e é da indústria de pranchas de stand up paddle, aquelas grandes em que o surfista utiliza um remo e permanece em pé; me soaria duvidoso não tivesse constatado o avanço da modalidade na praia que frequento.
Reforça a veracidade da estatística o fato de que os adeptos podem também se divertir em lagos, represas, rios, inclusive aqueles com corredeiras, na versão mais recente do uso dessas pranchas. Originalmente, dizem, elas foram usadas por instrutores de surfe, para melhor observar os alunos na arrebentação, isso há cerca de 70 anos, no Havaí, e ressurgiram com força recentemente.
Na modalidade praticada nas ondas, as pranchas já encolheram um bocado, aproximando as possibilidades de manobras às do surfe convencional. Mas, na primeira etapa da primeira edição do circuito mundial, em disputa nesta semana em Sunset, Havaí, os competidores precisaram de pranchas maiores para encarar séries de até 15 pés.
O brasileiro Eraldo Gueiros foi o destaque estrangeiro: surfando nas triagens do evento contra uma multidão de havaianos, chegou à final e se classificou para o evento principal. Perdeu na primeira fase do Red Nose Sunset Pro, quando disputava sua quinta bateria do dia, na terça-feira, em ondas de até dez pés.
Na quarta-feira, o mar subiu ainda mais, e a prova foi interrompida para preservar a segurança dos competidores. Deve recomeçar hoje e terminar até domingo. Outro destaque foi Riggs Napoleon, 12, filho do veterano Aaron, 41, que também disputa a prova. O circuito ainda não tem as próximas etapas confirmadas, mas faz uma estreia promissora.
Também inédita será a prova na modalidade travessia, que ocorre no dia 20 em Garopaba, SC, no Red Bull Paddle Cross. A largada será no sábado, dia 20, da enseada da cidade e, após cruzar sete praias num percurso de 18 km, a chegada acontece na praia do Rosa Sul. Os organizadores esperam reunir 60 competidores, e a inscrição é aberta e gratuita.

MUNDIAL DE SURFE - WQS
Após três provas do novo ranking unificado, C.J. Hobgood, vencedor em Fernando de Noronha, lidera; Heitor Alves, vencedor em Paracuru, CE, está em sexto; e Jamie O'Brien, campeão do cinco estrelas em Pipeline, não figura no top 15.

SURFE PRO JUNIOR
O título mundial que havia 12 anos era decidido numa única etapa na Austrália virará circuito, com 48 homens e 18 mulheres. Após seletivas regionais, a primeira prova será em Bali, Indonésia, em outubro.

MUNDIAL DE SKATE
O Oi Vert Jam abrirá no dia 4 de março no Rio o circuito WCS 2010.

sarli@trip.com.br


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