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Técnico diz não suportar mais enfrentar Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
A admiração existe e nunca é escondida. Mas Bora
Milutinovic também não nega uma certa amargura, quase raiva, quando o assunto é
a seleção brasileira.
E existem motivos para tal
reação. O sérvio é o único
técnico que enfrentou o Brasil em três Mundiais. Em todas as oportunidades, saiu
como perdedor.
"Minha história é simples.
Eu faço um baita trabalho
bonito e classifico um país
para a Copa do Mundo. Aí
sempre aparece o Brasil pela
frente. Nessas situações,
penso: "Lá vem esses caras
estragarem a minha vida".
Não agüento mais isso", diz
o treinador.
Sua relação com o Brasil é
antiga. Bora recorda que tudo começou em uma partida
disputada na década de 60,
quando ainda era jogador do
Partizan Belgrado. O adversário era o Santos de Pelé,
que excursionava pela Europa. "Jogávamos com garra e
saímos na frente, mas aquele
time era belíssimo. Eles empataram, gol do Pepe, e ficou
por aí. Até que foi bom", diz.
Em Copas, o primeiro confronto ocorreu em 1990,
quando Bora guiava a Costa
Rica no Mundial da Itália. As
seleções caíram no Grupo C.
Müller marcou o gol da magra vitória por 1 a 0, mesmo
placar que se repetiria quatro anos depois, nos EUA.
A diferença só foi mais
elástica no último Mundial,
divido entre Coréia e Japão.
Bora comandou a seleção
chinesa, e novamente caiu
na chave do Brasil.
Com um time tecnicamente limitado, o sérvio nada
pôde fazer contra a seleção
que mais tarde ergueria a taça. O resultado: 4 a 0. Foi seu
último jogo em Copas, e a
primeira vez em que não
avançou para a segunda fase
do certame.
(GR)
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