São Paulo, domingo, 12 de março de 2006

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Técnico diz não suportar mais enfrentar Brasil

DA REPORTAGEM LOCAL

A admiração existe e nunca é escondida. Mas Bora Milutinovic também não nega uma certa amargura, quase raiva, quando o assunto é a seleção brasileira.
E existem motivos para tal reação. O sérvio é o único técnico que enfrentou o Brasil em três Mundiais. Em todas as oportunidades, saiu como perdedor.
"Minha história é simples. Eu faço um baita trabalho bonito e classifico um país para a Copa do Mundo. Aí sempre aparece o Brasil pela frente. Nessas situações, penso: "Lá vem esses caras estragarem a minha vida". Não agüento mais isso", diz o treinador.
Sua relação com o Brasil é antiga. Bora recorda que tudo começou em uma partida disputada na década de 60, quando ainda era jogador do Partizan Belgrado. O adversário era o Santos de Pelé, que excursionava pela Europa. "Jogávamos com garra e saímos na frente, mas aquele time era belíssimo. Eles empataram, gol do Pepe, e ficou por aí. Até que foi bom", diz.
Em Copas, o primeiro confronto ocorreu em 1990, quando Bora guiava a Costa Rica no Mundial da Itália. As seleções caíram no Grupo C. Müller marcou o gol da magra vitória por 1 a 0, mesmo placar que se repetiria quatro anos depois, nos EUA.
A diferença só foi mais elástica no último Mundial, divido entre Coréia e Japão. Bora comandou a seleção chinesa, e novamente caiu na chave do Brasil.
Com um time tecnicamente limitado, o sérvio nada pôde fazer contra a seleção que mais tarde ergueria a taça. O resultado: 4 a 0. Foi seu último jogo em Copas, e a primeira vez em que não avançou para a segunda fase do certame. (GR)


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