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Melhores se anulam, e duelo da Vila fica igual
Embate entre ataque e defesa mais eficientes do Paulista termina sem vencedor
JULYANA TRAVAGLIA
MÁRVIO DOS ANJOS
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS
Era a melhor defesa contra o
melhor ataque, o duelo dos laterais da seleção e a briga pela
liderança do Paulista. Santos e
São Paulo tinham ingredientes
de sobra para fazer um grande
clássico na Vila Belmiro.
Lances polêmicos e declarações calorosas não faltaram.
Mas o empate deixou tudo como antes do início da rodada.
Apesar de jogar em casa, onde só teve uma derrota neste
ano -perdeu para o São Bento
por 2 a 0-, o Santos foi pressionado pelo São Paulo no início.
Apostando no ataque, Ilsinho, lateral-direito tricolor,
venceu a primeira dividida com
o futuro colega de seleção, Kléber, e levou susto à meta santista num chute forte, obrigando o
goleiro Fábio Costa a fazer a
primeira defesa do jogo.
Os santistas aproveitavam o
fôlego de Marcos Aurélio. Com
velocidade, o atacante desceu
livre pelo lado direito e cruzou.
O zagueiro Alex Silva se antecipou para fazer o corte.
O Santos só voltou a assustar
aos 13min, quando Denis, em
sua única boa jogada, cruzou
para Zé Roberto na área. O camisa 10 cabeceou na trave.
Depois, era o São Paulo quem
parecia estar jogando em casa,
tamanha a liberdade que tinha.
Prova disso foi a cabeçada a
queima-roupa de Aloísio, espalmada por Fábio Costa.
Mesmo pressionando mais, o
São Paulo não conseguia converter suas oportunidades em
gols. Foi aí que o destino presenteou o time da capital.
Sentindo dores musculares,
Fredson saiu para dar lugar ao
meia Hugo. E, em seu primeiro
lance, o meia mudou o placar.
Com liberdade pela direita,
Hugo cruzou para Ilsinho, que
bateu forte para o gol, a ponto
de rasgar a rede santista: 0 a 1.
Ilsinho partiu para a torcida
são-paulina para comemorar,
enquanto Kléber, visivelmente
desolado, não tirava as mãos do
rosto, como que sem acreditar.
Para ganhar mais poder
ofensivo, Luxemburgo mexeu
na primeira etapa. Sacou Denis
e pôs Pedrinho, recuando Maldonado para a defesa.
Na saída para o intervalo, Ilsinho ainda colhia seus louros.
"Sendo gol, tudo é nosso."
O Santos passou a jogar melhor. Pedrinho passou a ser
mais acionado e correspondia
com bons passes para os colegas, como no lance em que colocou Marcos Aurélio livre para
empatar. O atacante parou na
defesa do goleiro Rogério.
É verdade que Fábio Costa
ainda fez duas grandes defesas
em seqüência, quando Hugo
bateu por duas vezes para espalmadas do goleiro santista.
O Santos chegou a marcar
com Jonas, mas o gol foi invalidado pela auxiliar Ana Paula da
Silva Oliveira. O jogador, que
entrou na vaga de Tiuí, não estava impedido. Outro substituto, porém, mudaria a partida.
Carlinhos, que substituiu Rodrigo Souto, tomou a lateral esquerda de Kléber, que foi transferido para o meio-campo.
E, já nos acréscimos da partida, o lateral de 20 anos decretou o empate da disputa, num
chute forte, sem chances para
Rogério: 1 a 1. "Valeu pela garra
e a determinação da equipe",
dizia o meia Zé Roberto.
Permanece a invencibilidade
tricolor, agora com 33 jogos,
dos quais cinco amistosos. Permanece o Santos na ponta, ainda com um ponto à frente.
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