São Paulo, segunda-feira, 12 de março de 2007

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Melhores se anulam, e duelo da Vila fica igual

Embate entre ataque e defesa mais eficientes do Paulista termina sem vencedor

JULYANA TRAVAGLIA
MÁRVIO DOS ANJOS
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS

Era a melhor defesa contra o melhor ataque, o duelo dos laterais da seleção e a briga pela liderança do Paulista. Santos e São Paulo tinham ingredientes de sobra para fazer um grande clássico na Vila Belmiro.
Lances polêmicos e declarações calorosas não faltaram. Mas o empate deixou tudo como antes do início da rodada.
Apesar de jogar em casa, onde só teve uma derrota neste ano -perdeu para o São Bento por 2 a 0-, o Santos foi pressionado pelo São Paulo no início.
Apostando no ataque, Ilsinho, lateral-direito tricolor, venceu a primeira dividida com o futuro colega de seleção, Kléber, e levou susto à meta santista num chute forte, obrigando o goleiro Fábio Costa a fazer a primeira defesa do jogo.
Os santistas aproveitavam o fôlego de Marcos Aurélio. Com velocidade, o atacante desceu livre pelo lado direito e cruzou. O zagueiro Alex Silva se antecipou para fazer o corte.
O Santos só voltou a assustar aos 13min, quando Denis, em sua única boa jogada, cruzou para Zé Roberto na área. O camisa 10 cabeceou na trave.
Depois, era o São Paulo quem parecia estar jogando em casa, tamanha a liberdade que tinha.
Prova disso foi a cabeçada a queima-roupa de Aloísio, espalmada por Fábio Costa.
Mesmo pressionando mais, o São Paulo não conseguia converter suas oportunidades em gols. Foi aí que o destino presenteou o time da capital.
Sentindo dores musculares, Fredson saiu para dar lugar ao meia Hugo. E, em seu primeiro lance, o meia mudou o placar.
Com liberdade pela direita, Hugo cruzou para Ilsinho, que bateu forte para o gol, a ponto de rasgar a rede santista: 0 a 1.
Ilsinho partiu para a torcida são-paulina para comemorar, enquanto Kléber, visivelmente desolado, não tirava as mãos do rosto, como que sem acreditar.
Para ganhar mais poder ofensivo, Luxemburgo mexeu na primeira etapa. Sacou Denis e pôs Pedrinho, recuando Maldonado para a defesa.
Na saída para o intervalo, Ilsinho ainda colhia seus louros. "Sendo gol, tudo é nosso."
O Santos passou a jogar melhor. Pedrinho passou a ser mais acionado e correspondia com bons passes para os colegas, como no lance em que colocou Marcos Aurélio livre para empatar. O atacante parou na defesa do goleiro Rogério.
É verdade que Fábio Costa ainda fez duas grandes defesas em seqüência, quando Hugo bateu por duas vezes para espalmadas do goleiro santista.
O Santos chegou a marcar com Jonas, mas o gol foi invalidado pela auxiliar Ana Paula da Silva Oliveira. O jogador, que entrou na vaga de Tiuí, não estava impedido. Outro substituto, porém, mudaria a partida.
Carlinhos, que substituiu Rodrigo Souto, tomou a lateral esquerda de Kléber, que foi transferido para o meio-campo.
E, já nos acréscimos da partida, o lateral de 20 anos decretou o empate da disputa, num chute forte, sem chances para Rogério: 1 a 1. "Valeu pela garra e a determinação da equipe", dizia o meia Zé Roberto.
Permanece a invencibilidade tricolor, agora com 33 jogos, dos quais cinco amistosos. Permanece o Santos na ponta, ainda com um ponto à frente.


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