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São Paulo, sábado, 12 de abril de 2003

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Equipes do país que estão na disputa do torneio sul-americano passeiam em suas partidas internacionais e, simultaneamente, sofrem no primeiro Brasileiro com pontos corridos

Novo Nacional testa fôlego dos líderes da Libertadores

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

É mais difícil jogar na altitude de La Paz ou no nível do mar em Florianópolis? Pegar o Cerro Porteño no Paraguai ou o Vitória em casa? Encarar o América de Cali na Colômbia ou receber o Paraná?
Com base nos resultados dos times brasileiros na Libertadores deste ano, pode-se dizer que os jogos internacionais estão mais fáceis que os duelos nacionais.
Eis o aproveitamento de pontos dos representantes do país no mais importante interclubes da América: Paysandu (86,6%), Santos (86,6%), Corinthians (83,3%) e Grêmio (55,5%). Agora, os números no Brasileiro: Paysandu (44,4%), Santos (22,2%), Corinthians (16,6%) e Grêmio (50%).
Na Libertadores, os quatro brasileiros, todos classificados em primeiro lugar, têm saldo de gols bem favorável (12, 9, 9 e 3). No Nacional, nenhum deles mostra saldo de gols positivo (-3, -1, 0 e 0).
O time que deu show e goleou o América de Cali por 5 a 1 empatou em 2 a 2 com o Paraná na Vila Belmiro. O clube que deteve o Strongest no Pacaembu (4 a 1) e em La Paz (2 a 0) caiu por 3 a 0 diante do Atlético-MG em casa e suou para empatar em 3 a 3 diante do Figueirense na capital catarinense.
O Paysandu, sensação da Libertadores, só bateu um de seus três rivais no Nacional -o Santos, que joga o torneio internacional.
A grande performance dos brasileiros na Libertadores acontece mesmo com os clubes do país enfrentando adversários de peso.
O Paysandu encarou Sporting Cristal e Universidad Católica, que já fizeram finais de Libertadores, e Cerro Porteño, quinto time com mais pontos na história do torneio. O Grêmio enfrentou o pentacampeão Peñarol e a altitude de La Paz e do México, locais que o Corinthians visitou. O Santos pegou o América, que já fez quatro finais de Libertadores.
Nas oitavas-de-final, o Paysandu jogará com o Boca Juniors. O Grêmio terá pela frente o Olimpia. Corinthians e Santos devem enfrentar River Plate e Nacional (Uruguai), respectivamente.
Teoricamente, serão jogos duros, mas a preocupação é o Brasileiro. "Temos três jogos pelo Nacional antes de voltarmos a atuar pela Libertadores. Disse aos atletas que eles precisam se concentrar no Brasileiro para não entrarmos em desespero depois", disse Geninho, técnico corintiano.


Colaborou Ricardo Perrone, da Reportagem Local


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