São Paulo, segunda-feira, 12 de abril de 2004

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PAN-AMERICANO

Organizadores vêem marcas do evento de 2007 nas ruas e lançam programa para lucrar US$ 50 milhões

Contra prejuízo, Rio tenta frear pirataria

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Com as camisetas do Pan-2007 ganhando as barracas dos camelôs no Rio e nos municípios vizinhos, o Co-Rio (Comitê Organizador dos Jogos) vai lançar em maio um programa para coibir a pirataria dos símbolos do torneio.
Nos próximos dias, o comitê anunciará a empresa contratada para comandar o projeto antipirataria. "A intenção é que o nosso contratado trabalhe com a inteligência para combater a venda abusiva nas ruas e também realize campanhas educativas para o consumidor sempre preferir o produto oficial", disse Celso Schvartzer, diretor de produtos ao consumidor da Olympo, empresa de marketing do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e que também trabalha para o Co-Rio.
Nesta semana, a Folha constatou a venda de camisetas com o logotipo do Pan-2007 em cinco barracas de camelô no Rio e uma em Niterói (município a 15 km da capital). Cada uma era negociada por R$ 10, modelo infantil, e R$ 20, tamanho adulto.
"Como ganho o sustento fazendo camisas com os principais cartões postais de Niterói e do Rio, decidi fazer uns modelos com o símbolo do Pan. Além de ser bonito, a camisa só vai sair de moda em 2007. Até lá, tenho muito tempo para ganhar dinheiro", disse Carlos Magno de Andrade, 39, que tem uma barraca em uma feira de alimentos e confecções na zona sul de Niterói.
O projeto antipirataria, que será apresentado no próximo mês, contará com a ajuda da Prefeitura do Rio e do governo do Estado na repressão. "Vamos mostrar que, ao adquirir um produto pirata, a pessoa está deixando de investir no esporte e na competição, que será o maior evento realizado no país nas últimas décadas", disse o dirigente, que já definiu o modelo antipirataria a ser seguido.
Eles querem repetir ações semelhantes às realizadas pelos organizadores dos Jogos de Atlanta em 1996. "A campanha deles foi um sucesso e uma das referências no esporte", acrescentou.
Apesar de o logotipo do Pan já ter entrado no mundo pirata, o Co-Rio ainda não processou nenhuma empresa até agora.
O programa antipirataria será lançado em conjunto com o projeto de licenciamento de produtos do Pan-2007. "Será uma garantia para as empresas que licenciarem nossas marcas. O programa vai cuidar do nosso negócio. Vamos ser duros com todos os produtos sem a licença", disse Schvartzer.
No próximo mês, o Co-Rio vai lançar quatro famílias de marcas que serão licenciadas pelo órgão -pictogramas de cada modalidade, mascotes, padronização gráfica dos jogos e logomarca (única que já está pronta).
O comitê, que pretende licenciar mais de cem categorias de produtos para o Pan, acredita que a venda de produtos com a marca dos Jogos deve movimentar cerca de US$ 50 milhões até 2007.
Caso o plano tenha êxito, o Co-Rio vai faturar cerca de US$ 3,5 milhões em royalties para ajudar na manutenção do órgão.



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