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PAN-AMERICANO
Organizadores vêem marcas do evento de 2007 nas ruas e lançam programa para lucrar US$ 50 milhões
Contra prejuízo, Rio tenta frear pirataria
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Com as camisetas do Pan-2007
ganhando as barracas dos camelôs no Rio e nos municípios vizinhos, o Co-Rio (Comitê Organizador dos Jogos) vai lançar em
maio um programa para coibir a
pirataria dos símbolos do torneio.
Nos próximos dias, o comitê
anunciará a empresa contratada
para comandar o projeto antipirataria. "A intenção é que o nosso
contratado trabalhe com a inteligência para combater a venda
abusiva nas ruas e também realize
campanhas educativas para o
consumidor sempre preferir o
produto oficial", disse Celso
Schvartzer, diretor de produtos
ao consumidor da Olympo, empresa de marketing do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e que
também trabalha para o Co-Rio.
Nesta semana, a Folha constatou a venda de camisetas com o
logotipo do Pan-2007 em cinco
barracas de camelô no Rio e uma
em Niterói (município a 15 km da
capital). Cada uma era negociada
por R$ 10, modelo infantil, e R$
20, tamanho adulto.
"Como ganho o sustento fazendo camisas com os principais cartões postais de Niterói e do Rio,
decidi fazer uns modelos com o
símbolo do Pan. Além de ser bonito, a camisa só vai sair de moda
em 2007. Até lá, tenho muito tempo para ganhar dinheiro", disse
Carlos Magno de Andrade, 39,
que tem uma barraca em uma feira de alimentos e confecções na
zona sul de Niterói.
O projeto antipirataria, que será
apresentado no próximo mês,
contará com a ajuda da Prefeitura
do Rio e do governo do Estado na
repressão. "Vamos mostrar que,
ao adquirir um produto pirata, a
pessoa está deixando de investir
no esporte e na competição, que
será o maior evento realizado no
país nas últimas décadas", disse o
dirigente, que já definiu o modelo
antipirataria a ser seguido.
Eles querem repetir ações semelhantes às realizadas pelos organizadores dos Jogos de Atlanta em
1996. "A campanha deles foi um
sucesso e uma das referências no
esporte", acrescentou.
Apesar de o logotipo do Pan já
ter entrado no mundo pirata, o
Co-Rio ainda não processou nenhuma empresa até agora.
O programa antipirataria será
lançado em conjunto com o projeto de licenciamento de produtos
do Pan-2007. "Será uma garantia
para as empresas que licenciarem
nossas marcas. O programa vai
cuidar do nosso negócio. Vamos
ser duros com todos os produtos
sem a licença", disse Schvartzer.
No próximo mês, o Co-Rio vai
lançar quatro famílias de marcas
que serão licenciadas pelo órgão
-pictogramas de cada modalidade, mascotes, padronização
gráfica dos jogos e logomarca
(única que já está pronta).
O comitê, que pretende licenciar mais de cem categorias de
produtos para o Pan, acredita que
a venda de produtos com a marca
dos Jogos deve movimentar cerca
de US$ 50 milhões até 2007.
Caso o plano tenha êxito, o Co-Rio vai faturar cerca de US$ 3,5
milhões em royalties para ajudar
na manutenção do órgão.
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