São Paulo, domingo, 12 de abril de 2009

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Ronaldo mata jogos sem muito esforço

Referência na frente, astro está entre corintianos que menos tocam na bola

Só o goleiro Felipe, o capitão William e mais dois reservas do elenco recebem menos bola que o Fenômeno, autor de cinco gols em sete jogos

EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Não é difícil constatar que, em pouco tempo e com poucos jogos, Ronaldo já se tornou, também dentro de campo, a mais importante peça no time do Corinthians. O atacante já é a referência ofensiva da equipe em 2009. Mas uma referência que é pouco usada.
O "Fenômeno" está entre os corintianos que menos tocam na bola durante uma partida neste Campeonato Paulista.
De acordo com o Datafolha, o badalado camisa 9 recebe a bola pouco mais que 18 vezes por partida (média de 18,3).
Ele é o 14º colocado, num ranking de 18 corintianos. Com os pés, participam do jogo menos que ele apenas dois reservas, um zagueiro titular (o capitão William) e o goleiro Felipe.
Entre os homens do setor ofensivo, Ronaldo só participa mais que Otacílio Neto (12,8 bolas recebidas). Jorge Henrique, que num esquema com dois na frente é opção de banco, é, entre os atacantes, quem mais toca na bola, 26,3 vezes.
Até o contestado Souza é mais alcançado por seus companheiros do que Ronaldo. O camisa 50, cuja habilidade mais elogiada pelo técnico Mano Menezes é saber prender a bola na frente e que marcou apenas um gol (de pênalti) pelo clube, tem média de 19,7 bolas recebidas por partida.
Os campeões de bolas recebidas são os dois laterais, com Alessandro à frente de André Santos. O lateral-direito toca na bola 34 vezes por jogo, enquanto seu companheiro é acionado 32 vezes.
Para sorte do Corinthians, Ronaldo tem mostrado que não precisa tocar muitas vezes na bola para mandá-la às redes.
Na relação entre bola recebida e gols marcados, o camisa 9 tem números muito próximos -e até melhores- dos centroavantes dos outros três semifinalistas do Paulista.
O corintiano, que contabiliza cinco gols em suas sete partidas no Estadual, faz uma vez a cada 22 bolas que recebe. Média melhor do que a de Washington e de Kléber Pereira. O são-paulino precisa ser acionado 23,2 vezes para comemorar um tento. Já o santista anota uma vez a cada 39 bolas recebidas.
Só Keirrison tem média superior à de Ronaldo entre os quatro grandes. O artilheiro palmeirense faz um gol a cada 21,3 bolas recebidas.
Talvez o que ajude a explicar o alto índice de produtividade de Ronaldo seja sua pontaria aguçada -ele tem 78,9% de acerto em suas finalizações.


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