|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dominante,
Diego ganha
seu 18º ouro
em Copas
Ginasta supera
lesão, dor e queda
para conquistar
primeiro título na
França
Único do país a vencer no
torneio desde maio de 2008,
atleta quer se ausentar das
próximas etapas para poder
se aprimorar para o Mundial
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Copa do Mundo de ginástica artística já não atrai mais
Diego Hypólito. Mas só com ele
o Brasil consegue figurar no
posto mais alto do pódio.
Ontem, na competição em
Bercy, o ginasta paulista superou uma entorse no tornozelo
esquerdo, sofrida na sexta-feira, a dor no ombro esquerdo,
operado em junho, e um tombo
na prova de salto, horas antes,
para vencer com folga no solo.
Com 15,775, Diego Hypólito
ficou quase meio ponto à frente
do segundo colocado, o grego
Eleftherios Kosmidis (15,325).
O francês Gael da Silva (15,125)
completou o pódio da prova.
"Não achei que ia fazer [uma
série tão boa no solo]. Acabei
acordando melhor hoje e me
superei literalmente, pois a entorse no pé esquerdo incomodou bastante", disse o atleta.
Além de ser o único dos seis
ginastas do Brasil em Paris a
conquistar medalha, Diego
manteve duas escritas, uma
que vem se estendendo de abril
de 2004 até hoje e outra que se
arrasta desde maio de 2008.
Isso porque a partir do momento em que estreou no lugar
mais alto do pódio, no Rio, há
seis anos, nenhum outro ginasta do país alcançou tal feito.
E também porque, desde que
Jade Barbosa venceu no salto
em Moscou há dois anos, nenhum outro atleta da ginástica
nacional triunfou na Copa, que
hoje só perde em importância
para o Mundial e a Olimpíada.
A conquista de ontem, que
caracterizou a 27ª medalha de
Diego no circuito mundial e seu
17º título, marcou a quebra de
um jejum, já que nunca antes
ele havia triunfado na França.
"O importante é que nunca
tinha vencido em minha primeira Copa do Mundo do ano, e
consegui fazer isso agora."
Tamanha hegemonia do ginasta é agora motivo de preocupação para a Confederação
Brasileira de Ginástica. Isso
porque o atleta declarou à Folha que irá pedir para ficar fora
das próximas etapas, a fim de
aprimorar as séries em outras
provas -no masculino, são seis
(solo, salto, argolas, paralelas,
cavalo com alças e barra fixa).
O atleta tenta amenizar sua
ausência dizendo que o Brasil
tem outros bons representantes. "Não é mais só o Diego."
Segundo ele, o problema é
que cada participação em uma
etapa fora do país consome cerca de duas semanas de treino,
que é focado nos aparelhos em
que ele irá se exibir no torneio.
Em Paris, além do solo, o
atleta atuou no salto, em que
sofreu queda e ficou em quinto
(14,913). "Apesar da falha, exibi
novo salto. Foi importante testá-lo para chegar bem ao Mundial de Roterdã [em outubro]."
Pelos resultados nas finais de
ontem, o atleta receberá cerca
de R$ 3.200 de prêmio. A próxima Copa, que terá outros nove eventos em 2010, será em 7
de maio, na Eslovênia.
Texto Anterior: Prancheta do PVC: A pressão que resolve Próximo Texto: +Equipe: País não brilha como em Medellín Índice
|