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pijama
Clubes poupam atletas e maltratam bola na 1ª rodada
Times priorizam Libertadores e Copa do Brasil, tiram mais
de 40 jogadores de ação e derrubam abertura do Brasileiro
Entre os times paulistas, só a
Portuguesa marca ponto;
campeão estadual de 2008,
Palmeiras perde para o
Coritiba com direito a olé
DA REPORTAGEM LOCAL
Já fez tempo que o Brasileiro
não é um primor técnico. Imagine então uma rodada em que,
por opção dos treinadores, o
pouco do que resta de talento
no país ganha descanso.
O resultado foi uma arrancada nada empolgante do principal campeonato do país, especialmente nos jogos dos poupados. Na sua jornada de abertura, a edição 2008 do Nacional
teve poucos gols (principalmente por causa dos confrontos com atletas poupados), público ruim e lances violentos.
Para chegarem descansados
em jogos da Libertadores e da
Copa do Brasil, times titulares
praticamente inteiros, como
Santos, Fluminense e Internacional, foram poupados. Atlético-MG, Botafogo, São Paulo,
Sport e Vasco optaram por dar
descanso a alguns atletas.
No total, mais de 40 jogadores titulares passaram o final de
semana sem jogar.
Ficaram de fora da abertura
do Brasileiro nomes como Fernandão, Nilmar, Lúcio Flávio,
Adriano, Edmundo, Thiago Neves e Kléber Pereira.
Sem eles, gol foi artigo raro.
Nos cincos jogos envolvendo
clubes em que atletas ganharam folga, a média foi de apenas
1,6 gol por partida. Nos cinco
confrontos em que os times
usaram a força máxima disponível, a média ficou em 3,6. No
total, a rodada teve 2,6 gols por
partida, a terceira menor marca para uma rodada de abertura
na era dos pontos corridos.
A legião de reservas não empolgou os torcedores. A rodada
teve até bons públicos, como
em Curitiba e Porto Alegre,
mas terminou com média de
cerca de 12 mil pagantes por
partida, quase 30% menos do
que a média geral de 2007.
A rodada ainda viu o Engenhão ficar cerca de 20 minutos
sem luz, o que paralisou o jogo
entre Botafogo e Sport, vencido
pelos cariocas por 2 a 0.
O Palmeiras de Vanderlei
Luxemburgo, campeão paulista, não poupou ninguém, mas
começou muito mal.
Numa partida com lances
violentos dos dois lados, e muitas reclamações contra o juiz,
especialmente de Valdivia, o time paulista perdeu por 2 a 0
para o Coritiba.
Foi uma das três derrotas de
grandes paulistas. Com os titulares no México se preparando
para enfrentar o América pela
Libertadores, o Santos foi batido por 3 a 1 pelo Flamengo em
um Maracanã sem público.
O resultado colocou o time
carioca na liderança, o que, pelo
retrospecto, não é exatamente
motivo de celebração: nunca,
sob as atuais regras, o primeiro
colocado depois da rodada de
abertura terminou campeão.
O São Paulo perdeu no sábado para o Grêmio por 1 a 0, em
casa. O time do Morumbi deu
descanso a Adriano, de quem o
ataque do clube praticamente
vive recentemente.
A Portuguesa poderia salvar
a honra paulista, na sua volta à
Série A, que não disputava desde 2002. No Canindé, vencia o
Figueirense por 5 a 2, mas cedeu o empate.
Ainda vai demorar para o
Brasileiro virar prioridade para
todos os 20 participantes. Tanto a Copa do Brasil como a Libertadores ainda estão na fase
de quartas-de-final. O torneio
nacional acabe em junho. O internacional, só em julho.
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