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Pneus definem resultado em Istambul
Sob baixa temperatura, algo incomum nos anos anteriores, dúvidas sobre o melhor composto dividem competidores
Massa aproveita as três
paradas nos boxes de
Hamilton para vencer na
Turquia, após ter saído na
pole pela 11ª vez na carreira
DA ENVIADA A ISTAMBUL
Sorte para alguns, dúvidas
para outros, estratégias forçadas. De uma maneira ou de outra, os pneus da Bridgestone
acabaram influenciando ontem
o resultado do GP da Turquia.
Devido à baixa temperatura
durante todo final de semana,
algo incomum nos outros três
GPs realizados em Istambul, o
desempenho dos compostos
deu trabalho a times e pilotos.
"Foi um dia muito difícil para
escolher os pneus certos, já que
a diferença entre o macio e o
duro não era muito grande,
tanto na primeira volta na pista
como durante a corrida", disse
o vencedor, Felipe Massa.
O cenário começou a ser visto pouco depois da largada.
Saindo da pole pela 11ª vez na
carreira, o ferrarista manteve a
ponta, seguido por Lewis Hamilton, que ganhou uma posição, e por Robert Kubica, que
pulou de quinto para terceiro.
Quarto no grid, Kimi Raikkonen tentou ultrapassar seu
compatriota Heikki Kovalainen, o segundo, mas eles acabaram se tocando. Resultado: a
McLaren ficou com um pneu
furado e teve de ir aos boxes, e a
Ferrari de Raikkonen perdeu
um pedaço da asa dianteira.
"Decidimos que era melhor
correr daquele jeito para não
perder tempo nos boxes", explicou o campeão mundial, que
acabou caindo para sexto.
Na frente, Massa não conseguia abrir mais de dois segundos de folga para Hamilton.
O inglês, porém, surpreendeu a todos quando fez sua primeira parada. Além de muito
rápida, aconteceu cedo, na 16ª
volta. Massa parou três voltas
depois e Raikkonen, que àquela
altura já estava em terceiro lugar, fez seu pit no 21º giro.
Após completada a primeira
rodada de reabastecimento,
Massa tinha cerca de um segundo de folga para Hamilton.
A vantagem só durou até a
24ª volta, quando o inglês fez
bela ultrapassagem no ferrarista e ganhou o primeiro posto.
Para Massa, este foi o momento
mais tenso da corrida.
"O Hamilton voltou muito
rápido depois do primeiro pit e
eu imaginei que ele iria fazer
uma parada a mais. Pouco depois o time confirmou para
mim", falou o brasileiro. "Por
sorte ele tinha que fazer três
paradas, porque estava difícil
segurá-lo e ele vinha muito rápido. Naquela hora achei que
não valia a pena tentar segurar
a posição e arriscar me embolar
com ele e perder pontos."
Mas a liderança do piloto da
McLaren durou pouco. Na 32ª
volta ele parou para seu segundo pit stop e Massa reassumiu a
ponta, seguido por Raikkonen.
As posições se mantiveram
assim até a segunda parada dos
ferraristas, 8 voltas depois para
o brasileiro e 11 para seu companheiro. Com isso, Hamilton
retomou a ponta por mais duas
voltas, até parar pela terceira
vez, e Massa reassumir a liderança definitivamente para
vencer pela sétima vez na F-1.
Raikkonen não teve a mesma
sorte e viu o inglês roubar-lhe a
segunda colocação nos boxes.
Hamilton explicou o porquê
da estratégia. "A Bridgestone
estava preocupada que meu
pneu estourasse, como aconteceu aqui no ano passado. Fazer
três pits era o mais seguro. Infelizmente isso nos colocou em
uma posição ruim para lutar
pela vitória", falou ele, que optou por usar por mais tempo os
duros do que os macios.
Mas Hamilton não foi o único descontente com os pneus.
"Depois que vi o ritmo dele com
os compostos duros cheguei à
conclusão de que cometemos
um pequeno erro", falou Massa, que deu preferência aos macios, como Raikkonen.
"Se pudesse escolher agora,
optaria pelos duros no primeiro pit, mas agora é tarde", falou
o finlandês.
(TATIANA CUNHA)
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