São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pneus definem resultado em Istambul

Sob baixa temperatura, algo incomum nos anos anteriores, dúvidas sobre o melhor composto dividem competidores

Massa aproveita as três paradas nos boxes de Hamilton para vencer na Turquia, após ter saído na pole pela 11ª vez na carreira


DA ENVIADA A ISTAMBUL

Sorte para alguns, dúvidas para outros, estratégias forçadas. De uma maneira ou de outra, os pneus da Bridgestone acabaram influenciando ontem o resultado do GP da Turquia.
Devido à baixa temperatura durante todo final de semana, algo incomum nos outros três GPs realizados em Istambul, o desempenho dos compostos deu trabalho a times e pilotos.
"Foi um dia muito difícil para escolher os pneus certos, já que a diferença entre o macio e o duro não era muito grande, tanto na primeira volta na pista como durante a corrida", disse o vencedor, Felipe Massa.
O cenário começou a ser visto pouco depois da largada. Saindo da pole pela 11ª vez na carreira, o ferrarista manteve a ponta, seguido por Lewis Hamilton, que ganhou uma posição, e por Robert Kubica, que pulou de quinto para terceiro.
Quarto no grid, Kimi Raikkonen tentou ultrapassar seu compatriota Heikki Kovalainen, o segundo, mas eles acabaram se tocando. Resultado: a McLaren ficou com um pneu furado e teve de ir aos boxes, e a Ferrari de Raikkonen perdeu um pedaço da asa dianteira.
"Decidimos que era melhor correr daquele jeito para não perder tempo nos boxes", explicou o campeão mundial, que acabou caindo para sexto.
Na frente, Massa não conseguia abrir mais de dois segundos de folga para Hamilton.
O inglês, porém, surpreendeu a todos quando fez sua primeira parada. Além de muito rápida, aconteceu cedo, na 16ª volta. Massa parou três voltas depois e Raikkonen, que àquela altura já estava em terceiro lugar, fez seu pit no 21º giro.
Após completada a primeira rodada de reabastecimento, Massa tinha cerca de um segundo de folga para Hamilton.
A vantagem só durou até a 24ª volta, quando o inglês fez bela ultrapassagem no ferrarista e ganhou o primeiro posto. Para Massa, este foi o momento mais tenso da corrida.
"O Hamilton voltou muito rápido depois do primeiro pit e eu imaginei que ele iria fazer uma parada a mais. Pouco depois o time confirmou para mim", falou o brasileiro. "Por sorte ele tinha que fazer três paradas, porque estava difícil segurá-lo e ele vinha muito rápido. Naquela hora achei que não valia a pena tentar segurar a posição e arriscar me embolar com ele e perder pontos."
Mas a liderança do piloto da McLaren durou pouco. Na 32ª volta ele parou para seu segundo pit stop e Massa reassumiu a ponta, seguido por Raikkonen.
As posições se mantiveram assim até a segunda parada dos ferraristas, 8 voltas depois para o brasileiro e 11 para seu companheiro. Com isso, Hamilton retomou a ponta por mais duas voltas, até parar pela terceira vez, e Massa reassumir a liderança definitivamente para vencer pela sétima vez na F-1.
Raikkonen não teve a mesma sorte e viu o inglês roubar-lhe a segunda colocação nos boxes.
Hamilton explicou o porquê da estratégia. "A Bridgestone estava preocupada que meu pneu estourasse, como aconteceu aqui no ano passado. Fazer três pits era o mais seguro. Infelizmente isso nos colocou em uma posição ruim para lutar pela vitória", falou ele, que optou por usar por mais tempo os duros do que os macios.
Mas Hamilton não foi o único descontente com os pneus. "Depois que vi o ritmo dele com os compostos duros cheguei à conclusão de que cometemos um pequeno erro", falou Massa, que deu preferência aos macios, como Raikkonen.
"Se pudesse escolher agora, optaria pelos duros no primeiro pit, mas agora é tarde", falou o finlandês. (TATIANA CUNHA)


Texto Anterior: Novato sai vitorioso em prova acirrada
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.