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alta fidelidade
Pela história e pela pátria, Dunga convoca seus 23
Coerência, comprometimento e patriotismo formam tríade
de critérios usados pelo técnico para lista da Copa da África
Treinador prefere reservas fiéis a seu trabalho aos meninos da Vila, maiores destaques do futebol do país no primeiro semestre
Marcelo Sayao/Efe
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O técnico da seleção brasileira, Dunga,
ontem durante a convocação
SÉRGIO RANGEL
FÁBIO GRELLET
CIRILO JÚNIOR
DA SUCURSAL DO RIO
Dunga usou cinco vezes a palavra "coerência". Outras três
vezes, "comprometimento". De
blazer marrom sobre camisa
verde e camiseta amarela, exaltou o "patriotismo" que aprendeu com a mãe, ex-professora
de história e geografia.
E foi agarrado a essa trindade
que convocou a seleção brasileira para a Copa da África do
Sul, que começa em 30 dias.
O treinador apostou no continuísmo e na fidelidade dos jogadores a seu trabalho. A ponto
de convocar atletas que são reservas nos seus clubes, como
Kleberson (Flamengo), Doni e
Júlio Baptista (ambos da Roma), mas que o apoiaram em algum momento na seleção.
"O Doni teve um atrito no seu
clube por decidir jogar com a
seleção contra a Inglaterra, no
ano passado", exemplificou.
Dunga deixou de fora os
""fantásticos e maravilhosos"
Ganso e Neymar, além dos ""indiscutíveis" Adriano e Ronaldinho, para não perder ""o comando da seleção" no Mundial.
As expressões são dele.
As únicas novidades foram o
atacante Grafite, que jogou só
uma vez sob seu comando, e o
goleiro Gomes, ausente das últimas convocações do técnico.
Logo na abertura da entrevista coletiva, num hotel na zona oeste do Rio, o treinador deu
o tom que norteou as escolhas.
""Quero comprometimento,
atitude, jogadores chamando a
responsabilidade, paixão... Saber da cobrança, cada um estar
disposto a se doar pela seleção",
justificou, acrescentando que
sua ""coerência é com os fatos".
Apesar do discurso, Dunga
deu uma derrapada no final do
dia ao divulgar a lista dos sete
""jogadores extras" que serão
inscritos na Fifa e que podem
ser acionados por questão técnica. Chamou o santista Ganso.
Horas antes, havia dito que não
levará o meia para o Mundial
porque ele nunca foi testado.
O técnico ainda relacionou
Diego Tardelli, Carlos Eduardo, Marcelo, Alex, Ronaldinho
e Sandro. A relação, porém, é
uma formalidade: de 1º a 14 de
junho, véspera da estreia da seleção, poderá chamar qualquer
jogador brasileiro para substituir um convocado lesionado.
Dunga pontuou a entrevista
com as conquistas do time sob
o seu comando (Copa América
de 2007, Copa das Confederações de 2009 e eliminatórias).
Os 23 convocados ontem se
apresentarão em 21 de maio.
Antes do embarque para a África, treinarão em Curitiba.
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