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Ataque corintiano é nova vítima da Ilha do Sport
No caldeirão de Recife, paulistas não marcam pela 1ª vez na Copa do Brasil-08
Moacyr Lopes Júnior/Folha Imagem
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Carlinhos Bala festeja após fazer o primeiro gol do Sport na final
Sport 2
Corinthians 0
DOS ENVIADOS A RECIFE
Para a história, as falhas do
goleiro Felipe serão o principal
retrato da derrota do Corinthians para o Sport na final da
Copa do Brasil. Mas o ataque do
time também tem uma imensa
parcela de culpa -a torcida ainda pode reclamar do juiz Alício
Pena Júnior, que não marcou
um pênalti em cima do uruguaio Acosta perto do final.
Pela primeira vez na campanha de 11 partidas da equipe na
competição, a artilharia corintiana passou em branco. O time
somava 26 gols. Mas ontem foi
uma negação.
Fruto da força da equipe pernambucana na Ilha do Retiro.
Lá caíram quatro grandes clubes -Palmeiras, Internacional,
Vasco e Corinthians-, que juntos somam 15 títulos do Campeonato Brasileiro.
Só que ontem o Sport não teve o mesmo início arrasador de
outros confrontos. O Corinthians começou marcando
bem, e poucas chances dava ao
adversário nordestino.
O clima morno só era quebrado por Herrera, que por seguidas vezes discutia com os
adversários, além de fazer e sofrer muitas faltas.
Assim, ele foi o primeiro advertido com o cartão amarelo
pelo Alício Pena Júnior, cuja
indicação para o confronto
agradou aos dois finalistas
-ambos temiam a escalação de
Carlos Eugênio Simon, que
também estava no sorteio.
Logo depois, aos 25min, Nelsinho Baptista agiu para tentar
acender sua equipe, colocando
o atacante Enílton na vaga do
meia Kássio. Assim, o treinador
do Sport montou a equipe com
o desenho tático que treinou
durante a semana.
E não demorou para a ousadia pernambucana dar resultado. Até então implacável, a
marcação corintiana falhou aos
35min e deixou Carlinhos Bala
livre, que chutou cruzado e rasteiro para abrir o placar. Até então calada, a torcida do time da
casa se inflamou.
E ganhou mais motivos para
comemorar aos 38min, quando
Luciano Henrique chutou,
meio desajeitado, da entrada da
área para fazer o segundo gol do
Sport, com a ajuda de Felipe,
que falhou feio ao deixar a bola
passar sob suas pernas.
Atordoado, o Corinthians só
criou alguma coisa nos dois minutos finais da primeira etapa,
numa série de escanteios.
Em desvantagem, foi a vez de
o corintiano Mano Menezes
mudar para mandar seu time
ao ataque. Na volta do segundo
tempo, os paulistas voltaram
com Lulinha e Acosta nos lugares dos apagados Carlos Alberto e Diogo Rincón.
Só que a idéia de Mano não se
mostrou tão luminosa como a
de Nelsinho no primeiro tempo. O Corinthians não conseguia articular nada. Vivia de
chutões do goleiro Felipe, quase sempre interceptados, com
extrema facilidade, pela retaguarda do Sport.
Mas desastroso mesmo foi o
resultado da terceira substituição -a entrada de Wellington
Saci no lugar de Dentinho. Logo na sua primeira participação, aos 27min, o lateral-esquerdo foi expulso por agredir
o herói Carlinhos Bala quando
a bola já estava fora de campo.
Desorganizado, o Corinthians tentou o gol que lhe daria o título no desespero. Até
chegou a criar chances, a principal aos 42min, quando Acosta
dominou na área, demorou para chutar, mas, antes de tocar a
bola com a mão, foi derrubado
por Magrão, no único erro grave de Alício Pena Júnior.
"Perdemos o título por causa
do árbitro. O Alício é muito fraco e suscetível à pressão", afirmou o vice de futebol corintiano Mário Gobbi.
(LUÍS FERRARI E PAULO GALDIERI)
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