DA REPORTAGEM LOCAL

O tumulto no Estádio dos Aflitos na partida Náutico e Botafogo, que terminou até com a prisão do jogador André Luis, gerou uma punição generalizada pela Justiça Desportiva, que suspendeu o atleta e o árbitro e tirou mandos de campo do time pernambucano, além de multa.
O julgamento na terceira comissão do STJD estendeu-se até o final da noite de ontem.
O zagueiro botafoguense André Luis foi suspenso por 12 jogos, enquadrado em três artigos do Código Disciplinar de Justiça Desportiva (CBJD). Foi condenado por reclamar da arbitragem com palavras, ofender o árbitro e atentar contra a moral esportiva.
Na ocasião, o jogador foi expulso por entrada em Ruy. Saiu fazendo gestos ofensivos contra a torcida e o árbitro. E acabou preso pela PM pernambucana, que o deteve com truculência e o levou preso no meio da torcida do Náutico.
André Luis só deve volta a jogar em agosto, pois cumprirá 11 jogos de suspensão -ele já tinha ficado de fora de uma partida após a expulsão.
Por conta dos problemas gerados pelo estádio, o Náutico foi punido com duas perdas de mando de campo e multa de R$ 15 mil. Foi condenado por não dar as condições necessárias de infra-estrutura para o jogo e não pedir providências do policiamento.
Também houve punição para o árbitro Wilson Seneme. Ele foi suspenso por 120 dias. Foi condenado pelos artigos 266 e 267 do CBJD, ou seja, não pedir providências do policiamento e não relatar na súmula problemas no estádio.
Durante o depoimento, um torcedor do Náutico negou ter sido atingido por uma garrafa chutada por André Luis. Essa foi a justificativa da PM pernambucana para deter André Luis, o que gerou a confusão.
Durante o julgamento, houve manifestações de representantes da federação de Pernambuco, da OAB do Estado e do clube, dizendo que houve discriminação com a região.


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