São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 2011

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Gincana

Atletas arremessarão até granadas nas provas de pentatlo dos Jogos Mundiais Militares, no Rio

GUSTAVO ALVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Quando a organização dos Jogos Mundiais Militares decidiu, na terça-feira passada, prorrogar até ontem o prazo para reserva dos ingressos gratuitos para a competição, as vagas para o pentatlo naval estavam esgotadas.
Mas ainda havia lugares para vôlei e atletismo.
"É pela curiosidade", disse o coronel Rogério França, coordenador dos ingressos.
É sua justificativa para os 300 lugares reservados pela internet para acompanhar a modalidade, de 18 e 23 de julho, no Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), na zona norte.
O público verá atletas que não precisarão apenas correr ou remar em um bote para ganhar a competição: eles terão de dar nós, puxar um cabo marítimo e resgatar um boneco submerso.
O pentatlo naval faz parte dos esportes militares dos Jogos, ao lado dos pentatlos aeronáutico e militar, do paraquedismo e da orientação.
Algumas competições lembram as "Olimpíadas do Faustão", quadro do programa do apresentador Fausto Silva na Rede Globo.
Nele, os participantes cruzavam um lago pendurados em um cipó falso ou tentavam atravessar uma ponte sob a mira de um canhão de bolas de plástico.
As provas que serão vistas no Rio foram criadas para desenvolver aptidões desejáveis em caso de guerra.
Daí a necessidade de atirar uma granada por uma porta durante a corrida com obstáculos do pentatlo naval.
Já o pentatlo aeronáutico, apesar de o nome indicar uma prova de cinco etapas, conta com sete modalidades.
As provas extras servem para que sejam eliminadas da contagem final de pontos as que o competidor tiver a pontuação mais baixa, disse o coronel Paulo Gonzaga, chefe da equipe brasileira.
No basquete do pentatlo aeronáutico, o jogo não é entre equipes. Apenas um atleta disputa, mostrando que sabe não só encestar a bola em lances livres em pouco tempo mas fintar barreiras espalhadas pela quadra.
Desafios mais difíceis, nesse pentatlo, são as provas aérea e de orientação. No primeiro, o atleta embarca em um avião e, no papel de navegador, orienta o sobrevoo por pontos determinados, no menor tempo possível.
Na prova de orientação, tem de percorrer de 5 km a 8 km com o auxílio de um mapa e de uma bússola.
O pentatlo militar tem disputas de tiro, pista de progressão militar (em um percurso com obstáculos), natação utilitária, cross-country e lançamento de granada.
Nessa prova, ganha quem acertar o maior número de granadas em círculos entre 15 m e 35 m de distância.
Na parte do cross-country do pentatlo naval, é preciso carregar uma réplica de fuzil e, novamente, lançar granadas para atingir um círculo, além de remar e correr.
Uma réplica de fuzil também é carregada na prova de natação utilitária.
A outra prova de piscina é a natação de salvamento, quando deve ser retirado um boneco de 64 kg de uma profundidade de 3 metros.
Na cidade de Resende, no sul fluminense, serão disputadas as provas de precisão de aterragem e de formação em queda livre, na competição de paraquedismo.
Na precisão, cinco paraquedistas saltam de um helicóptero calçando tênis especiais com uma ponta no calcanhar que deve ser fincada na terra na aterrissagem.
O objetivo é atingir a "mosca eletrônica", uma marca de dois centímetros no solo.
Na formação em queda livre, cinco figuras têm de ser feitas o maior número de vezes por quatro paraquedistas, no espaço de 35 segundos após o lançamento.
Os paraquedas se abrem depois de 50 segundos do lançamento do avião.
A equipe brasileira faz cerca de 20 figuras, diz o instrutor do time, major Alexandre Vilaverde. O recorde mundial pertence aos norte-americanos, com 50 figuras.


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