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Gincana
Atletas arremessarão até granadas nas provas de pentatlo dos Jogos Mundiais Militares, no Rio
GUSTAVO ALVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Quando a organização dos
Jogos Mundiais Militares decidiu, na terça-feira passada,
prorrogar até ontem o prazo
para reserva dos ingressos
gratuitos para a competição,
as vagas para o pentatlo naval estavam esgotadas.
Mas ainda havia lugares
para vôlei e atletismo.
"É pela curiosidade", disse
o coronel Rogério França,
coordenador dos ingressos.
É sua justificativa para os
300 lugares reservados pela
internet para acompanhar a
modalidade, de 18 e 23 de julho, no Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), na zona norte.
O público verá atletas que
não precisarão apenas correr
ou remar em um bote para
ganhar a competição: eles terão de dar nós, puxar um cabo marítimo e resgatar um
boneco submerso.
O pentatlo naval faz parte
dos esportes militares dos Jogos, ao lado dos pentatlos aeronáutico e militar, do paraquedismo e da orientação.
Algumas competições
lembram as "Olimpíadas do
Faustão", quadro do programa do apresentador Fausto
Silva na Rede Globo.
Nele, os participantes cruzavam um lago pendurados
em um cipó falso ou tentavam atravessar uma ponte
sob a mira de um canhão de
bolas de plástico.
As provas que serão vistas
no Rio foram criadas para desenvolver aptidões desejáveis em caso de guerra.
Daí a necessidade de atirar
uma granada por uma porta
durante a corrida com obstáculos do pentatlo naval.
Já o pentatlo aeronáutico,
apesar de o nome indicar
uma prova de cinco etapas,
conta com sete modalidades.
As provas extras servem
para que sejam eliminadas
da contagem final de pontos
as que o competidor tiver a
pontuação mais baixa, disse
o coronel Paulo Gonzaga,
chefe da equipe brasileira.
No basquete do pentatlo
aeronáutico, o jogo não é entre equipes. Apenas um atleta disputa, mostrando que
sabe não só encestar a bola
em lances livres em pouco
tempo mas fintar barreiras
espalhadas pela quadra.
Desafios mais difíceis, nesse pentatlo, são as provas aérea e de orientação. No primeiro, o atleta embarca em
um avião e, no papel de navegador, orienta o sobrevoo
por pontos determinados, no
menor tempo possível.
Na prova de orientação,
tem de percorrer de 5 km a
8 km com o auxílio de um
mapa e de uma bússola.
O pentatlo militar tem disputas de tiro, pista de progressão militar (em um percurso com obstáculos), natação utilitária, cross-country e
lançamento de granada.
Nessa prova, ganha quem
acertar o maior número de
granadas em círculos entre
15 m e 35 m de distância.
Na parte do cross-country
do pentatlo naval, é preciso
carregar uma réplica de fuzil
e, novamente, lançar granadas para atingir um círculo,
além de remar e correr.
Uma réplica de fuzil também é carregada na prova
de natação utilitária.
A outra prova de piscina é
a natação de salvamento,
quando deve ser retirado um
boneco de 64 kg de uma profundidade de 3 metros.
Na cidade de Resende, no
sul fluminense, serão disputadas as provas de precisão
de aterragem e de formação
em queda livre, na competição de paraquedismo.
Na precisão, cinco paraquedistas saltam de um helicóptero calçando tênis especiais com uma ponta no calcanhar que deve ser fincada
na terra na aterrissagem.
O objetivo é atingir a "mosca eletrônica", uma marca de
dois centímetros no solo.
Na formação em queda livre, cinco figuras têm de ser
feitas o maior número de vezes por quatro paraquedistas, no espaço de 35 segundos após o lançamento.
Os paraquedas se abrem
depois de 50 segundos do
lançamento do avião.
A equipe brasileira faz cerca de 20 figuras, diz o instrutor do time, major Alexandre
Vilaverde. O recorde mundial pertence aos norte-americanos, com 50 figuras.
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