São Paulo, quinta-feira, 12 de agosto de 2004

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Palmeiras revê torcida e rival que o humilharam

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais importante do que somar três pontos e seguir na luta pelas primeiras colocações no Brasileiro, o Palmeiras enfrenta o Fluminense hoje, às 20h30, disposto a recuperar a fama de implacável dentro do Parque Antarctica.
A equipe tenta agora resgatar a confiança contra um adversário que está entalado na garganta.
O último confronto entre as duas equipes, no campo palmeirense, em 2001, registrou uma goleada de 6 a 2 para os cariocas, num jogo que teve gol olímpico e pancadaria geral em campo.
Para piorar, a última apresentação do Palmeiras no Palestra Itália também não foi nada boa. O time sofreu a sua única derrota caseira no Brasileiro deste ano ao ser batido por 3 a 0 pelo Goiás.
Após a partida, o técnico Estevam Soares foi chamado de burro, e Lúcio foi hostilizado pela torcida palmeirense sob o coro de "pior lateral do mundo."
Mesmo após a reabilitação diante do Criciúma, o time ainda trabalha para recuperar o aproveitamento que o levou à liderança do campeonato.
A última seqüência de vitórias da equipe aconteceu contra São Paulo, Paraná e Juventude. Depois, o time alternou altos e baixos na competição.
"Até agora ninguém conseguiu abrir uma boa vantagem. Mas estamos trabalhando para ir acertando", afirmou o técnico.
Se andam tropeçando em seu território, os palmeirenses têm compensado fora dele. O time é dono do melhor retrospecto da competição como visitante, com 50% de aproveitamento.
No entanto, pegando os dez jogos que o time disputou dentro de casa, o Palmeiras aparece só como o 13º melhor mandante, segundo dados do Datafolha.
Até a derrota para o Goiás, o Palmeiras mantinha invencibilidade de 20 partidas dentro de casa. "Vencer em casa é obrigação. Se temos um bom rendimento fora, temos que repetir isso em casa", afirmou Soares.
E, de fato, o treinador tem razão. Na série de dez jogos invictos do clube, o Palmeiras esteve na liderança em quatro rodadas.
O último triunfo diante de sua torcida foi nos 2 a 0 sobre o Grêmio, no dia 17 de julho.
Com 37 pontos, Estevam Soares não esconde que a sua maior preocupação ainda é acertar o ataque. Desde a saída de Vágner Love para a Rússia e a contusão do colombiano Muñoz, ele não conseguiu achar substitutos.
Com Renaldo em má fase técnica e diante da impossibilidade de contar com Kahê -teve a liminar que o liberava do vínculo com o Nacional, seu antigo clube, cassada-, a opção fica por conta de Thiago Gentil, principal destaque do time nos últimos jogos.
A novidade será o atacante Osmar (ex-Santo André), contratado recentemente. "Não entro pressionado. Todos têm obrigação de fazer gols no time."
No Fluminense, o técnico Ricardo Gomes não teve a mesma sorte. Ele não poderá contar Edmundo, machucado. Romário, que está fora de forma, também não atuará em São Paulo.


Colaborou a Sucursal do Rio


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