São Paulo, quinta-feira, 12 de agosto de 2010

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Plano prevê rebaixar o Pacaembu

Opção para a Copa de 2014, projeto afunda gramado para ampliar arena

RICARDO FELTRIN
DE SÃO PAULO

Preparado pela Prefeitura de São Paulo, o projeto de reforma do Pacaembu prevê o rebaixamento do gramado, a construção de um segundo anel de arquibancadas e dois túneis laterais ao estádio para o escoamento de trânsito.
Esses são os principais pontos da proposta da Secretaria Municipal de Esporte para apresentar a arena como alternativa para receber partidas da Copa de 2014.
É mais uma opção na mesa da prefeitura e do Estado de São Paulo para viabilizar o Mundial na capital paulista.
As outras são o Morumbi, cujo projeto foi vetado pela Fifa, uma arena em Pirituba ou a utilização de um estádio particular, como o Parque Antarctica se for reformado.
No caso do Pacaembu, o projeto da secretaria estima investimento de R$ 500 milhões, o que aumentaria a sua capacidade de 40 mil para 65 mil pessoas. Com isso, a ideia é receber, inclusive, o jogo de abertura do Mundial.
A previsão é que esse dinheiro será gasto pelo poder público: a prefeitura é a dona do estádio. Esse é um empecilho, já que há resistência do município e do Estado para custear a reforma ou a construção de estádios.
O valor estimado para a obra no Pacaembu é similar ao de arenas totalmente reformadas para o Mundial, como o Vivaldão, em Manaus.
A proposta tem a argumentação de que as reformas melhorarão o trânsito com a construção de dois túneis laterais ao estádio, com 500 metros de extensão e custo estimado de R$ 90 milhões. Há ainda previsão da construção de um estacionamento para 5.000 carros.
A chave da reforma é o aprofundamento do gramado. Pela proposta, o campo desceria, permitindo aos engenheiros a construção de mais um anel de torcedores circundando o estádio, o que aumentaria sua capacidade.

INSPIRAÇÃO
O desenho arquitetônico foi inspirado na reforma do Estádio Olímpico de Berlim, usado na Copa da Alemanha de 2006. Segundo a secretaria, a proposta atende às regras de tombamento do estádio, feito em 1998, que prevê que a arena não pode ter sua estética alterada.
O projeto prevê ainda a construção de um centro de imprensa e o TV Compound (para transmissões televisivas) em vários imóveis ao lado do estádio, hoje desocupados e que pertencem à Universidade de São Paulo.
Em volta da arena, estão planejadas áreas para receber VIPs, exigidas pela Fifa.
O projeto arquitetônico ainda prevê a construção de um boulevard e a ampliação das calçadas laterais do estádio, que podem vir a se transformar em uma ciclovia ou em pista de corrida urbana. Uma preocupação foi a preservação e possibilidade de ampliação futura do espaço do Museu do Futebol.


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