|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Plano prevê rebaixar o Pacaembu
Opção para a Copa de 2014, projeto afunda gramado para ampliar arena
RICARDO FELTRIN
DE SÃO PAULO
Preparado pela Prefeitura
de São Paulo, o projeto de reforma do Pacaembu prevê o
rebaixamento do gramado, a
construção de um segundo
anel de arquibancadas e dois
túneis laterais ao estádio para o escoamento de trânsito.
Esses são os principais
pontos da proposta da Secretaria Municipal de Esporte
para apresentar a arena como alternativa para receber
partidas da Copa de 2014.
É mais uma opção na mesa
da prefeitura e do Estado de
São Paulo para viabilizar o
Mundial na capital paulista.
As outras são o Morumbi,
cujo projeto foi vetado pela
Fifa, uma arena em Pirituba
ou a utilização de um estádio
particular, como o Parque
Antarctica se for reformado.
No caso do Pacaembu, o
projeto da secretaria estima
investimento de R$ 500 milhões, o que aumentaria a
sua capacidade de 40 mil para 65 mil pessoas. Com isso, a
ideia é receber, inclusive, o
jogo de abertura do Mundial.
A previsão é que esse dinheiro será gasto pelo poder
público: a prefeitura é a dona
do estádio. Esse é um empecilho, já que há resistência
do município e do Estado para custear a reforma ou a
construção de estádios.
O valor estimado para a
obra no Pacaembu é similar
ao de arenas totalmente reformadas para o Mundial, como o Vivaldão, em Manaus.
A proposta tem a argumentação de que as reformas
melhorarão o trânsito com a
construção de dois túneis laterais ao estádio, com 500
metros de extensão e custo
estimado de R$ 90 milhões.
Há ainda previsão da construção de um estacionamento para 5.000 carros.
A chave da reforma é o
aprofundamento do gramado. Pela proposta, o campo
desceria, permitindo aos engenheiros a construção de
mais um anel de torcedores
circundando o estádio, o que
aumentaria sua capacidade.
INSPIRAÇÃO
O desenho arquitetônico
foi inspirado na reforma do
Estádio Olímpico de Berlim,
usado na Copa da Alemanha
de 2006. Segundo a secretaria, a proposta atende às
regras de tombamento do
estádio, feito em 1998, que
prevê que a arena não pode
ter sua estética alterada.
O projeto prevê ainda a
construção de um centro de
imprensa e o TV Compound
(para transmissões televisivas) em vários imóveis ao lado do estádio, hoje desocupados e que pertencem à
Universidade de São Paulo.
Em volta da arena, estão
planejadas áreas para receber VIPs, exigidas pela Fifa.
O projeto arquitetônico
ainda prevê a construção de
um boulevard e a ampliação
das calçadas laterais do estádio, que podem vir a se transformar em uma ciclovia ou
em pista de corrida urbana.
Uma preocupação foi a preservação e possibilidade de
ampliação futura do espaço
do Museu do Futebol.
Texto Anterior: Fernandão admite queda do elenco Próximo Texto: Choque de realidade Índice
|