|
Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Derrota do Brasil na Copa serve de lição para o time, que decide a Libertadores com o Barcelona, do Equador
Vasco teme hoje "trauma' da seleção
SERGIO RANGEL
da Sucursal do Rio
O Vasco vai tentar superar o
"trauma" sofrido pela seleção
brasileira na final da Copa do
Mundo para vencer o Barcelona,
de Guayaquil (Equador), hoje à
noite, em São Januário, na primeira partida da decisão da Taça Libertadores da América.
Para tentar evitar surpresas, o
técnico Antônio Lopes está se reunindo com os jogadores diariamente para cobrar seriedade na
partida. Nos encontros, Lopes cita
a campanha da seleção na Copa.
"A euforia fica apenas com os
torcedores. Aqui não tem já ganhou", afirmou Lopes. O trabalho
emocional com os jogadores se
deve ao clima de euforia em São
Januário na última semana.
O time carioca é apontado como
favorito para conquistar o título.
O ambiente no clube é semelhante
ao da torcida brasileira às vésperas
da decisão da Copa do Mundo,
quando a vitória sobre a França
era considerada certa.
"Os jogadores estão assimilando o recado, e posso dizer que o
time vai entrar em campo humilde", acrescentou Lopes.
O empate contra o River Plate
em Buenos Aires, pelas semifinais,
aumentou ainda mais as semelhanças com a campanha da seleção. A partida foi encarada pelos
torcedores e por alguns jogadores
como uma decisão antecipada da
Libertadores, assim como o jogo
Brasil x Holanda, na semifinal da
Copa, teve o mesmo significado
para a seleção brasileira.
O jogo desta noite é histórico para o clube, que nunca disputou
uma decisão da Libertadores.
Além do título inédito, o Vasco
tem como prioridade a conquista
da competição para marcar o centenário do clube.
A diretoria do Vasco abriu mão
até de uma renda melhor para jogar em São Januário. O time poderia decidir o título no Maracanã,
mas os diretores acharam melhor
realizar a partida na sede do clube,
estádio com capacidade para apenas 35 mil torcedores (1.400 pessoas vão trabalhar na segurança
do estádio, que já foi interditado
após um jogo da Supercopa).
Eles acreditam que a torcida poderá pressionar mais o time equatoriano. Para transformar São Januário em um "alçapão", a diretoria do Vasco comprou 350 kg
de fogos. Após a entrada dos jogadores, está prevista uma queima
de fogos de cerca de oito minutos.
"Numa partida como essa, temos que tirar proveito de tudo",
disse o vice-presidente de futebol
do Vasco, Eurico Miranda.
A novidade na equipe será a escalação do meia Vágner na lateral-direita. Descontente com as
atuações de Vítor, Lopes preferiu
improvisar Vágner na posição.
O meia Juninho, autor do gol de
empate contra ao River Plate em
Buenos Aires, ganhou a posição
no time titular. Com isso, Ramon
ficará no banco de reservas.
Próximo Texto | Índice
|