São Paulo, Quinta-feira, 12 de Agosto de 1999
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Pai largou o esporte para ser caubói

da Reportagem Local

Em 1964, ano em que nasceu Aurélio Miguel, o mais vitorioso judoca brasileiro da história (ouro em Seul-88 e bronze em Atlanta-96), Chiaki Ishii, então com 22 anos, deixou o Japão a caminho do Brasil.
Vinha desiludido por não ter obtido a classificação para a Olimpíada de Tóquio-64 e movido pelo sonho de ser fazendeiro. Chegou a Presidente Prudente (558 km a oeste de São Paulo) e se inscreveu numa escola agrotécnica.
"Desisti do judô para ser caubói", conta o pai de Vânia.
Por causa das dificuldades de aprender português (ainda hoje fala com forte sotaque) e ao constatar que precisava de dinheiro para ser fazendeiro, voltou ao esporte.
Rodou a América do Sul lutando durante três anos.
Em 1969, por incentivo da Confederação Brasileira de Judô, naturalizou-se brasileiro.
Além do bronze em Montreal-72, Chiaki Ishii já foi quatro vezes campeão pan-americano e sul-americano nas categorias absoluto e meio-pesado.
A história do clã de judocas começou com o avô de Chiaki, que foi discípulo de Jigoro Kano, pioneiro mundial do judô.
Hoje, Chiaki é proprietário de uma academia em São Paulo e de um sítio em Ibiúna, onde funciona um hotel-fazenda.


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