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Pai largou o
esporte para
ser caubói
da Reportagem Local
Em 1964, ano em que nasceu
Aurélio Miguel, o mais vitorioso judoca brasileiro da história
(ouro em Seul-88 e bronze em
Atlanta-96), Chiaki Ishii, então
com 22 anos, deixou o Japão a
caminho do Brasil.
Vinha desiludido por não ter
obtido a classificação para a
Olimpíada de Tóquio-64 e movido pelo sonho de ser fazendeiro. Chegou a Presidente
Prudente (558 km a oeste de
São Paulo) e se inscreveu numa
escola agrotécnica.
"Desisti do judô para ser caubói", conta o pai de Vânia.
Por causa das dificuldades de
aprender português (ainda hoje fala com forte sotaque) e ao
constatar que precisava de dinheiro para ser fazendeiro, voltou ao esporte.
Rodou a América do Sul lutando durante três anos.
Em 1969, por incentivo da
Confederação Brasileira de Judô, naturalizou-se brasileiro.
Além do bronze em Montreal-72, Chiaki Ishii já foi quatro vezes campeão pan-americano e sul-americano nas categorias absoluto e meio-pesado.
A história do clã de judocas
começou com o avô de Chiaki,
que foi discípulo de Jigoro Kano, pioneiro mundial do judô.
Hoje, Chiaki é proprietário
de uma academia em São Paulo e de um sítio em Ibiúna, onde funciona um hotel-fazenda.
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