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Robinho, que retorna ao Santos depois de ter servido a seleção brasileira, treina para o clássico desta tarde, que será no Pacaembu

Quando Palmeiras e Santos entrarem no Pacaembu hoje, às 16h, o Brasileiro assistirá a uma interessante queda-de-braço: o time que mais somou vitórias no torneio contra um dos três que menos vezes saíram derrotados.
Os 16 triunfos mantêm o Santos como líder do Brasileiro -o número de vitórias é o primeiro critério de desempate do Nacional.
Já o Palmeiras deu sete desgostos à sua torcida, mesmo número de Atlético-PR e Coritiba. Em casa, o time caiu apenas três vezes.
A equipe do Parque Antarctica sabe, porém, que contra o Santos a tarefa de manter o bom índice não vai ser nada fácil: o rival é a equipe que mais rodadas ficou na liderança do campeonato. Foram 13, enquanto os palmeirenses vêm em segundo em número de rodadas no topo, com cinco.
Além disso, é nos jogos do Santos que se vêem as maiores colheitas de gols. Até esta rodada, a média de tentos nas partidas da equipe litorânea é de 3,9 gols, superior aos 2,69 de todo o Nacional-04.
Isso se deve em parte ao poderio santista no ataque -o melhor da competição, com 67 redes balançadas. Mas também resulta do descompasso que o time apresenta na defesa, que sofreu 46 gols, número idêntico ao do Grêmio, estacionado na zona dos clubes que lutam contra o rebaixamento.
Ciente do poder de fogo do adversário, o Palmeiras, que não vence há quatro rodadas no Brasileiro, adotará no Pacaembu a tática de primeiro se defender para, depois, contra-atacar.
Com a segunda melhor defesa até o início desta rodada, com 28 gols, uma das medidas preventivas do time será vigiar com especial atenção o atacante Robinho.
"Cada um vai pegar por setor, mas o neguinho [Robinho] vai ser marcado pelo Marcinho", declarou o meia Elson, entregando um dos segredos arquitetados pela equipe para a partida desta tarde.
O goleiro Sérgio também aprova a atenção com o ataque inimigo, mas avisa que o Palmeiras não será uma equipe retrancada.
"Quem entra pensando só em empatar perde. Nosso pensamento é vencer para encostar nos líderes", declarou o atleta.
"Nós temos de vencer o Santos. Não podemos pensar que outros clubes vão fazer o serviço pela gente, até porque é muito difícil bater o time deles", fez coro Elson, que fechou a goleada de 4 a 0 sobre o Santos, em plena Vila Belmiro, no primeiro turno.
Os santistas se esforçam para não transformar o jogo numa revanche da pior derrota do clube do litoral neste Brasileiro. Robinho é dos primeiros a defender a atitude. "Cada jogo é uma história, não tem essa de dar o troco."
"Todo clássico é especial. A gente quer sempre a vitória, independentemente do que tenha ocorrido no último jogo", acrescentou o atacante Deivid. Ele chegou a ser dúvida devido a uma suspeita de lesão na coxa durante a semana, mas anteontem já havia sido confirmado ao lado de Robinho.
Estevam Soares, que ainda não tinha assumido nos 4 a 0, mostra-se confiante em uma nova vitória. "O Santos não conseguiu disparar. Está ao lado do Atlético-PR e só quatro pontos na nossa frente [52 a 48]. Isso mostra que temos condições de ganhar", afirmou o técnico palmeirense.
O discurso de Vanderlei Luxemburgo sai afinado no mesmo tom do colega: o jogo é igual. "Não há favoritismo porque em clássico não tem disso. Mas nós vamos ao Pacaembu para vencer porque precisamos desses pontos. É mais uma decisão."

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