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Retorno de Kaká é esperança para reação no ataque
Média de finalizações em jogos das eliminatórias colocaria
seleção em 19º lugar no ranking do Campeonato Brasileiro
Jogador do Milan tem a
segunda maior média de
conclusões a gol do time de
Dunga no qualificatório,
atrás apenas de Robinho
DO ENVIADO A SAN CRISTÓBAL
Um time reforçado por Kaká
e um rival como a Venezuela.
Na teoria, não existe cenário
melhor para o Brasil de Dunga
começar a reverter uma sina.
Com o treinador, a seleção
brasileira cria chances de gol
em ritmo de time pequeno.
Segundo o Datafolha, nestas
eliminatórias, o Brasil tem média de 11,4 finalizações por partida. Com esse número, seria
apenas o 19º colocado no ranking desse fundamento entre
os 20 participantes do atual
Campeonato Brasileiro.
Nas eliminatórias sul-americanas passadas, com a mesma
tabela que a atual, a média brasileira sempre superou as 15
conclusões por jogo.
Em quatro das oito partidas
do atual qualificatório, o Brasil
não conseguiu atingir a marca
de dez conclusões. Nos 36 confrontos dos classificatórios para os Mundiais de 2002 e 2006,
só em três vezes o Brasil ficou
abaixo das dez finalizações.
Tanta fraqueza para criar faz
do ataque brasileiro o pior das
eliminatórias do continente
com o formato atual, no qual
todos os times se enfrentam.
Foram 11 gols até agora, sendo que cinco ocorreram contra
o Equador, no Maracanã. Em
quatro jogos o time passou em
branco, como no 0 a 0 com a
Bolívia, no Engenhão, quando
finalizou sete vezes, sendo que
apenas duas na direção correta.
No classificatório para a Copa de 2002, com a mesma tabela que a atual, o Brasil já havia
marcado 14 vezes a esta altura,
assim como no de 2006.
O reforço de Kaká será importante. Segundo o Datafolha,
ele tem a segunda maior média
de finalizações do Brasil nas eliminatórias, só atrás de Robinho. Tanto que, mesmo disputando só metade das oito partidas do Brasil, é o vice-artilheiro
da equipe, com três gols.
Mas, para o atleta do Milan, o
Brasil não terá facilidade hoje.
"A Venezuela não é esse saco
de pancada", declarou Kaká.
Para o goleiro Júlio César, a
derrota brasileira no amistoso
nos EUA (2 a 0) pode ser um
trunfo no confronto de hoje.
"Aquela vitória deles pode
nos ajudar. Eles deverão jogar
sem tanto respeito, e isso vai
criar espaços para os nossos
atacantes."
(PAULO COBOS)
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