São Paulo, domingo, 12 de outubro de 2008

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Retorno de Kaká é esperança para reação no ataque

Média de finalizações em jogos das eliminatórias colocaria seleção em 19º lugar no ranking do Campeonato Brasileiro

Jogador do Milan tem a segunda maior média de conclusões a gol do time de Dunga no qualificatório, atrás apenas de Robinho

DO ENVIADO A SAN CRISTÓBAL

Um time reforçado por Kaká e um rival como a Venezuela. Na teoria, não existe cenário melhor para o Brasil de Dunga começar a reverter uma sina.
Com o treinador, a seleção brasileira cria chances de gol em ritmo de time pequeno.
Segundo o Datafolha, nestas eliminatórias, o Brasil tem média de 11,4 finalizações por partida. Com esse número, seria apenas o 19º colocado no ranking desse fundamento entre os 20 participantes do atual Campeonato Brasileiro.
Nas eliminatórias sul-americanas passadas, com a mesma tabela que a atual, a média brasileira sempre superou as 15 conclusões por jogo.
Em quatro das oito partidas do atual qualificatório, o Brasil não conseguiu atingir a marca de dez conclusões. Nos 36 confrontos dos classificatórios para os Mundiais de 2002 e 2006, só em três vezes o Brasil ficou abaixo das dez finalizações.
Tanta fraqueza para criar faz do ataque brasileiro o pior das eliminatórias do continente com o formato atual, no qual todos os times se enfrentam.
Foram 11 gols até agora, sendo que cinco ocorreram contra o Equador, no Maracanã. Em quatro jogos o time passou em branco, como no 0 a 0 com a Bolívia, no Engenhão, quando finalizou sete vezes, sendo que apenas duas na direção correta.
No classificatório para a Copa de 2002, com a mesma tabela que a atual, o Brasil já havia marcado 14 vezes a esta altura, assim como no de 2006.
O reforço de Kaká será importante. Segundo o Datafolha, ele tem a segunda maior média de finalizações do Brasil nas eliminatórias, só atrás de Robinho. Tanto que, mesmo disputando só metade das oito partidas do Brasil, é o vice-artilheiro da equipe, com três gols.
Mas, para o atleta do Milan, o Brasil não terá facilidade hoje.
"A Venezuela não é esse saco de pancada", declarou Kaká.
Para o goleiro Júlio César, a derrota brasileira no amistoso nos EUA (2 a 0) pode ser um trunfo no confronto de hoje.
"Aquela vitória deles pode nos ajudar. Eles deverão jogar sem tanto respeito, e isso vai criar espaços para os nossos atacantes." (PAULO COBOS)



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