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Brasil supera Irã, mas é vaiado
Seleção brasileira enfrenta a Itália hoje em partida da segunda fase do Mundial de futsal, no Rio
Brasileiros fazem gol logo no início do jogo, vencem equipe adversária por 1 a 0, e acabam ouvindo a vaia da torcida nos minutos finais
MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
A seleção brasileira de futsal
alcançou ontem, no Maracanãzinho, seu 100º jogo de invencibilidade sob o comando do técnico Paulo César de Oliveira, o
PC. Com o treinador no banco,
o Brasil amargou apenas uma
derrota em 116 jogos.
A partida contra o Irã, no entanto, foi uma demonstração
do que jogadores e técnico do
Brasil previam para a segunda
fase. Nada de goleadas, nem
show de bola. Na estréia contra
o Irã, o placar foi apertado: 1 a 0.
Acostumada com a profusão
de gols da primeira fase, a torcida ficou impaciente no segundo tempo e chegou a gritar em
coro: "Queremos gol".
Entretanto, com este resultado, o Brasil atingiu outra marca
importante no Mundial: passou quatro jogos sem ter sua
defesa vazada. Somente a Espanha, em Taiwan-2004, havia alcançado tal feito.
E o único gol brasileiro saiu
justamente dos pés do jogador
da defesa. O fixo Schumacher
chegou a oito gols no Mundial e
é o único de sua posição que está entre os maiores artilheiros.
Ao contrário das partidas da
primeira fase, em que o Brasil
não teve dificuldades para golear, desta vez, o adversário impôs uma resistência defensiva.
No início, as equipes trocavam ataques, até que logo aos
três minutos, Schumacher se livrou do marcador e bateu forte
para fazer o gol.
A partir de então, o Irã recuou a marcação e arriscou-se
menos no ataque. Virou uma
disputa quase que exclusiva entre o ataque brasileiro e a retranca iraniana. Prova disso foi
que o Brasil totalizou 23 chutes
a gol no primeiro tempo contra
apenas seis dos iranianos.
Aos seis minutos, PC trocou
os quartetos. Colocou em quadra Wilde, Vinícius, Ciço e, a
pedido da torcida, Falcão.
A equipe passou a criar mais.
Wilde teve cinco boas chances
de gol, mas o goleiro Nazari fez
defesas espetaculares.
Já o ala Falcão, jogador mais
solicitado pelos torcedores, foi
pouco eficiente na partida.
Criou apenas uma chance clara
de gol no primeiro tempo.
Na segunda etapa, PC promoveu a entrada do pivô Betão
para tentar furar a implacável
marcação iraniana. Em vão.
Logo em seguida, arriscou-se
com uma formação que unia os
habilidosos Falcão e Lenísio
em quadra. A atitude não surtiu
efeito. O jogo começou a ficar
entediante. ""No final do jogo, a
gente não se preocupou em atacar, preferimos ter a posse de
bola para não cometer os mesmo erros dos outros dois Mundiais [vencidos pela Espanha",
justificou Schumacher.
Satisfeitos com o placar, os
iranianos trocaram bolas em
seu campo de defesa para deixar o tempo passar.
Entediada, a torcida começou a gritar: "Queremos gol".
Após o apito final do árbitro,
vaias de parte dos torcedores
pelo placar magro.
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