São Paulo, domingo, 12 de novembro de 2006

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Painel FC

Rodrigo Mattos (interino) @ - painelfc.folha@uol.com.br

Dor no bolso

A lei do silêncio dos jogadores do Corinthians -não falam com jornalistas- desrespeita o contrato de TV do Brasileiro. A nona cláusula diz que os clubes são obrigados a ceder dois jogadores para dar entrevistas antes das partidas. Pelo descumprimento, há uma multa de R$ 1 milhão que o time teria de pagar a Globo. Como os corintianos não falaram por cinco jogos, esse valor poderia chegar a R$ 5 milhões. Apesar disso, a diretoria corintiana apóia o silêncio dos atletas. Nem o presidente do clube, Alberto Dualib, fala.

À espera. A diretoria da Globo informa que só vai exigir que o Corinthians cumpra o contrato -ponha os atletas para falar -se houver uma reclamação de seu departamento de jornalismo. Isso não ocorreu até agora. A princípio, a emissora não quer briga.

Boca-a-boca. Dirigentes corintianos dizem que o meia Magrão foi um dos articuladores da lei do silêncio. Com o aval do técnico Emerson Leão, foi a cada quarto para pegar assinaturas de adesão.

Saídas. A diretoria corintiana admite que dificilmente poderá manter para 2007 jogadores de investidores de fora da parceira MSI. São os casos de Renato e Ramon, cujos direitos são de empresa do empresário Pini Zahavi.

Alívio? Gremistas festejam terem reduzido as penhoras sobre rendas, o que aumenta a capacidade de investimento para a Libertadores, que planeja disputar no ano que vem. Mas ainda dizem que pesa a dívida, que é de R$ 50 milhões, fora os débitos fiscais.

De graça. Além de promoções, a diretoria do Santos distribuiu ingressos para aumentar o público contra o Paraná para contar com o apoio na luta para ir à Libertadores.

Em queda. Após o escândalo de arbitragem de 2005, a comissão da CBF reduziu a participação de árbitros paulistas no atual Brasileiro. Ainda majoritários, apitaram um quinto das partidas. No ano passado, os juízes tinham atuado em 23,5% dos jogos.

Novatos. O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Édson Rezende, decidiu descentralizar a origem dos juízes. Por isso, reduziu árbitros do RJ e de SP, em prol de Estados como Paraná e Rio Grande do Sul. Diz não haver relação com o escândalo.

Adiado. São-paulinos não fizeram nenhuma programação extraordinária para a viagem a Goiás. Há descrença no título já nesta rodada.

Bolso. Apesar da rivalidade, dirigentes do São Paulo lamentam a má fase dos rivais Palmeiras e Corinthians por questões financeiras. Dizem que iriam lucrar mais com o Morumbi se houvesse grandes jogos dos outros.

Novo gringo. Cartolas palmeirenses acham que o chileno Valdivia pode repetir a trajetória bem-sucedida de Lugano. Mas isso se houver paciência para sua adaptação.


Colaborou EDUARDO ARRUDA, da Reportagem Local

Dividida

"O objetivo [das entrevistas dos jogadores] é promover o espetáculo e o clube. Se o time [Corinthians] não quer, problema dele"
Do diretor da Globo, MARCELO CAMPOS PINTO, sobre o silêncio dos jogadores corintianos


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