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Painel FC
Rodrigo Mattos (interino) @ - painelfc.folha@uol.com.br
Dor no bolso
A lei do silêncio dos jogadores do Corinthians -não
falam com jornalistas- desrespeita o contrato de TV
do Brasileiro. A nona cláusula diz que os clubes são
obrigados a ceder dois jogadores para dar entrevistas
antes das partidas. Pelo descumprimento, há uma
multa de R$ 1 milhão que o time teria de pagar a Globo. Como os corintianos não falaram por cinco jogos,
esse valor poderia chegar a R$ 5 milhões. Apesar disso, a diretoria corintiana apóia o silêncio dos atletas.
Nem o presidente do clube, Alberto Dualib, fala.
À espera. A diretoria da
Globo informa que só vai exigir que o Corinthians cumpra
o contrato -ponha os atletas
para falar -se houver uma reclamação de seu departamento de jornalismo. Isso não
ocorreu até agora. A princípio,
a emissora não quer briga.
Boca-a-boca. Dirigentes
corintianos dizem que o meia
Magrão foi um dos articuladores da lei do silêncio. Com o
aval do técnico Emerson
Leão, foi a cada quarto para
pegar assinaturas de adesão.
Saídas. A diretoria corintiana admite que dificilmente
poderá manter para 2007 jogadores de investidores de fora da parceira MSI. São os casos de Renato e Ramon, cujos
direitos são de empresa do
empresário Pini Zahavi.
Alívio? Gremistas festejam
terem reduzido as penhoras
sobre rendas, o que aumenta a
capacidade de investimento
para a Libertadores, que planeja disputar no ano que vem.
Mas ainda dizem que pesa a
dívida, que é de R$ 50 milhões, fora os débitos fiscais.
De graça. Além de promoções, a diretoria do Santos distribuiu ingressos para aumentar o público contra o Paraná para contar com o apoio
na luta para ir à Libertadores.
Em queda. Após o escândalo de arbitragem de 2005, a
comissão da CBF reduziu a
participação de árbitros paulistas no atual Brasileiro. Ainda majoritários, apitaram um
quinto das partidas. No ano
passado, os juízes tinham
atuado em 23,5% dos jogos.
Novatos. O presidente da
Comissão de Arbitragem da
CBF, Édson Rezende, decidiu
descentralizar a origem dos
juízes. Por isso, reduziu árbitros do RJ e de SP, em prol de
Estados como Paraná e Rio
Grande do Sul. Diz não haver
relação com o escândalo.
Adiado. São-paulinos não
fizeram nenhuma programação extraordinária para a viagem a Goiás. Há descrença no título já nesta rodada.
Bolso. Apesar da rivalidade,
dirigentes do São Paulo lamentam a má fase dos rivais
Palmeiras e Corinthians por
questões financeiras. Dizem
que iriam lucrar mais com o
Morumbi se houvesse grandes jogos dos outros.
Novo gringo. Cartolas
palmeirenses acham que o
chileno Valdivia pode repetir
a trajetória bem-sucedida de
Lugano. Mas isso se houver
paciência para sua adaptação.
Colaborou EDUARDO ARRUDA, da Reportagem Local
Dividida
"O objetivo [das entrevistas dos jogadores] é
promover o espetáculo e o clube. Se o time
[Corinthians] não quer, problema dele"
Do diretor da Globo, MARCELO CAMPOS PINTO, sobre o silêncio dos jogadores corintianos
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