|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
de volta para o passado
Agora no fim, São Paulo vai aonde tudo começou
Base do virtual campeão brasileiro foi garimpada em Goiás, palco do jogo de hoje
Era mais vitoriosa do clube depois de Telê se aproxima do tetra e da despedida, com as possíveis transferências de Danilo, Fabão, Josué...
RODRIGO BUENO
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo vencedor dos últimos tempos visita hoje, quando espreita mais uma conquista, o lugar onde tudo começou.
O time campeão estadual,
continental e mundial do ano
passado foi garimpado em
grande parte em Goiás. E o estádio Serra Dourada, tão familiar para Alex Dias, André Dias,
Danilo, Fabão, Josué e Leandro, recebe o virtual campeão
nacional deste ano -o time do
Morumbi persegue o título desde 1991, mas mesmo que vença
hoje não garante a taça por causa do triunfo do Inter sobre o
Fortaleza (3 a 0), ontem, no Sul.
Com 70 pontos no Brasileiro,
o time de Muricy Ramalho, que
começou a ser montado por
Cuca (ex-treinador do Goiás),
encara o alviverde que tanto o
reforçou e ajudou a ganhar.
Há praticamente três anos, o
São Paulo voltava seus olhos
para o Goiás. O então diretor de
futebol tricolor, Juvenal Juvêncio, além de tirar o técnico
do time do Centro-Oeste, levou
aquele que hoje é seu principal
zagueiro, o seu camisa 10 e a então ""estrela" Grafite -o atacante chegou para receber R$ 45
mil mensais, pouco para um
craque de time grande do país.
O ano de 2004 não rendeu títulos. No final daquela temporada, Juvêncio foi atrás de
quem já queria desde 2003: Josué. O baixinho volante foi
anunciado como reforço logo
após a derrota são-paulina para
o Goiás em dezembro.
O sucesso em 2005 coroou o
avanço do São Paulo em Goiânia, mesmo nas mãos de outros
técnicos (Leão e Paulo Autuori). Enquanto o presidente do
Goiás, Raimundo Queiroz, passava a se queixar do assédio
são-paulino sobre seus jogadores de boa qualidade e status
mediano, Juvêncio ganhava
força para ser eleito como presidente do clube do Morumbi.
Para 2006, novas investidas
em destaques do Goiás: o zagueiro André Dias seria preparado para substituir o ídolo Lugano, e os atacantes Alex Dias e
Leandro aumentariam o poder
de fogo do time na busca pelos
tetras que estariam em disputa.
O ano chega perto de seu fim
com o São Paulo ainda sem troféus, mas com a mão na única
taça de peso que faltou para sua
""geração goiana". Mesmo após
brigar na Justiça com o seu rival de hoje, o time tricolor segue sua linha recente: quer o lateral Jadílson, uma ameaça no
duelo decisivo das 16h, e já sondou o volante Cléber Gaúcho.
O Goiás é considerado hoje
em dia um dos clubes de melhor estrutura do futebol brasileiro e seu principal dirigente,
Queiroz, tem fama de conhecer
bastante de futebol, descobrir
talentos e fazer bons negócios.
O São Paulo e seu presidente
são conhecidos também por essas ""qualidades goianas", mas
têm um outro trunfo na manga:
fazem uso da maior liberdade
de escolha dos atletas pós-Lei
Pelé para reforçar seu elenco
desfalcando rivais, em especial
o antenado adversário goiano.
Como os próprios são-paulinos admitem, o ciclo do time
está para acabar. Fabão e Danilo devem jogar no Japão após o
Brasileiro, e Josué, além de Mineiro, são assediados também.
O elenco do provável campeão brasileiro conta com atletas de nove Estados diferentes,
mas não tem goianos de nascimentos. O São Paulo, porém,
estará em casa hoje em Goiás.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Herói de 1991 já vê São Paulo com o troféu do tetra Índice
|