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Defensores, outra vez, salvam o Corinthians
Goleiro pega pênalti e zagueiro empata, evitando volta à zona de rebaixamento
Goiás 1
Corinthians 1
DOS ENVIADOS A GOIÂNIA
A defesa do Corinthians salvou o time ontem de uma derrota que, com só mais dois jogos para realizar neste Brasileiro, teria deixado o time muito
mais próximo de um rebaixamento. O empate em 1 a 1 com o
Goiás, no Serra Dourada, foi
construído pelas mãos de Felipe, herói contumaz corintiano
neste Nacional, e Fábio Ferreira, integrante do trio de zagueiros que, durante toda a competição, tem conseguido ajudar o
time com gols decisivos.
O gol do defensor, aos 37min
do primeiro tempo, decretou o
empate com os goianos, ainda
no primeiro tempo, quando o
time da casa dominava o confronto que valia para o perdedor, ou para o Goiás em caso de
empate, a nada almejada vaga
entre os quatro últimos colocados do Nacional. Um resultado
que pode ter mantido o Corinthians na Série A.
Assim como Fábio ontem,
seus companheiros de zaga titular, Zelão e Betão, também já
apareceram em momentos
cruciais para o time do Parque
São Jorge no campeonato.
Zelão tem dois gols com a camisa do Corinthians, ambos
neste Brasileiro, ambos marcados em clássicos -um contra o
Santos, no 1 a 1 do primeiro turno na Vila Belmiro, e outro contra o São Paulo, anotado aos
49min do segundo tempo, também em um 1 a 1 na primeira
metade do torneio.
Betão, que marcou quatro
gols como profissional pelo time que o revelou, foi três vezes
às redes em 2007. Em duas, os
gols foram fundamentais.
Foi com gol do zagueiro que o
Corinthians quebrou o tabu de
quatro anos sem vencer o arqui-rival São Paulo, no segundo
turno. Foi dele também um dos
tentos no empate da semana
passada contra o Atlético-PR (2
a 2), resultado que tirou o time
da zona do rebaixamento após
oito rodadas seguidas.
Mas ontem, se a defesa não
contasse com sua barreira derradeira, o goleiro, tão eficiente,
o empate com sabor de vitória
não teria acontecido.
Aos 30min do segundo tempo, Iran chutou acidentalmente a cabeça de Harison dentro
da área. O árbitro Alício Pena
Júnior marcou pênalti.
Enquanto os corintianos esboçavam reclamação, Felipe
andava de um lado para o outro
em frente a meta que defendia.
Paulo Baier, o ídolo local e
que já havia marcado o primeiro gol da partida de voleio, numa bobeada da zaga corintiana,
se apresentou para cobrar. Bateu forte, quase rente ao chão,
no canto esquerdo de Felipe,
que defendeu e celebrou seu
"gol", com gritos e socos no ar.
Não foi a primeira vez que ele
participou do jogo de maneira
decisiva. No primeiro tempo, o
Goiás partiu para cima do Corinthians nos primeiros minutos de jogo. Buscava o gol logo
para aproveitar o apoio da torcida. Parou em Felipe.
Pressionado, o time paulista
foi obrigado a mudar a tática
para tentar reequilibrar as coisas. Nelsinho explicou depois
do jogo que ordenara Iran a
atuar como terceiro volante para que Lulinha e Dentinho pudessem jogar ainda mais soltos
e pelos lados do campo.
A mexida deu certo. Lulinha
passou a ser a melhor opção corintiana no ataque.
No segundo tempo, nos minutos finais, o time tentou se
aproveitar do desespero dos
goianos e contragolpear nos espaços vazios. Arce entrou para
isso e quase conseguiu -chutou uma bola na trave já nos
acréscimos.
"A equipe foi aguerrida e infelizmente na última bola não
definimos como deveríamos",
lamentou Nelsinho Baptista. (EDUARDO ARRUDA E PAULO GALDIERI)
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