São Paulo, segunda-feira, 12 de novembro de 2007

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Defensores, outra vez, salvam o Corinthians

Goleiro pega pênalti e zagueiro empata, evitando volta à zona de rebaixamento

Goiás 1
Corinthians 1

DOS ENVIADOS A GOIÂNIA

A defesa do Corinthians salvou o time ontem de uma derrota que, com só mais dois jogos para realizar neste Brasileiro, teria deixado o time muito mais próximo de um rebaixamento. O empate em 1 a 1 com o Goiás, no Serra Dourada, foi construído pelas mãos de Felipe, herói contumaz corintiano neste Nacional, e Fábio Ferreira, integrante do trio de zagueiros que, durante toda a competição, tem conseguido ajudar o time com gols decisivos.
O gol do defensor, aos 37min do primeiro tempo, decretou o empate com os goianos, ainda no primeiro tempo, quando o time da casa dominava o confronto que valia para o perdedor, ou para o Goiás em caso de empate, a nada almejada vaga entre os quatro últimos colocados do Nacional. Um resultado que pode ter mantido o Corinthians na Série A.
Assim como Fábio ontem, seus companheiros de zaga titular, Zelão e Betão, também já apareceram em momentos cruciais para o time do Parque São Jorge no campeonato.
Zelão tem dois gols com a camisa do Corinthians, ambos neste Brasileiro, ambos marcados em clássicos -um contra o Santos, no 1 a 1 do primeiro turno na Vila Belmiro, e outro contra o São Paulo, anotado aos 49min do segundo tempo, também em um 1 a 1 na primeira metade do torneio.
Betão, que marcou quatro gols como profissional pelo time que o revelou, foi três vezes às redes em 2007. Em duas, os gols foram fundamentais.
Foi com gol do zagueiro que o Corinthians quebrou o tabu de quatro anos sem vencer o arqui-rival São Paulo, no segundo turno. Foi dele também um dos tentos no empate da semana passada contra o Atlético-PR (2 a 2), resultado que tirou o time da zona do rebaixamento após oito rodadas seguidas.
Mas ontem, se a defesa não contasse com sua barreira derradeira, o goleiro, tão eficiente, o empate com sabor de vitória não teria acontecido.
Aos 30min do segundo tempo, Iran chutou acidentalmente a cabeça de Harison dentro da área. O árbitro Alício Pena Júnior marcou pênalti.
Enquanto os corintianos esboçavam reclamação, Felipe andava de um lado para o outro em frente a meta que defendia.
Paulo Baier, o ídolo local e que já havia marcado o primeiro gol da partida de voleio, numa bobeada da zaga corintiana, se apresentou para cobrar. Bateu forte, quase rente ao chão, no canto esquerdo de Felipe, que defendeu e celebrou seu "gol", com gritos e socos no ar.
Não foi a primeira vez que ele participou do jogo de maneira decisiva. No primeiro tempo, o Goiás partiu para cima do Corinthians nos primeiros minutos de jogo. Buscava o gol logo para aproveitar o apoio da torcida. Parou em Felipe.
Pressionado, o time paulista foi obrigado a mudar a tática para tentar reequilibrar as coisas. Nelsinho explicou depois do jogo que ordenara Iran a atuar como terceiro volante para que Lulinha e Dentinho pudessem jogar ainda mais soltos e pelos lados do campo.
A mexida deu certo. Lulinha passou a ser a melhor opção corintiana no ataque.
No segundo tempo, nos minutos finais, o time tentou se aproveitar do desespero dos goianos e contragolpear nos espaços vazios. Arce entrou para isso e quase conseguiu -chutou uma bola na trave já nos acréscimos.
"A equipe foi aguerrida e infelizmente na última bola não definimos como deveríamos", lamentou Nelsinho Baptista. (EDUARDO ARRUDA E PAULO GALDIERI)

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