São Paulo, sexta-feira, 12 de novembro de 2010

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Ex-atacante rege Brasil no Mundial

VÔLEI
Levantadora Fabíola usa passado para se firmar como titular


MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO

Há dez anos, Fabíola, 27, trocava as cortadas pelas levantadas. A levantadora titular do Brasil no Mundial do Japão trocou de posição por recomendação de Bernardinho, que, na época, era seu técnico em Curitiba.
Hoje, Fabíola usa sua experiência como ponteira para fazer uma "leitura" melhor do jogo e, com isso, firmar-se na posição ocupada durante tantos anos por Fernanda Venturini e Fofão. Suas antecessoras também iniciaram a carreira como atacantes.
"Já estive do outro lado.
Por isso, sei exatamente o que pensa e o que sente a ponteira. Conheço as dificuldades, e isso é importante para eu saber fazer a jogada certa", conta a levantadora.
Ela assumiu a titularidade no terceiro jogo, contra a Holanda, e não saiu mais. Amanhã, às 7h, disputará a semifinal contra o Japão.
Nas sete partidas em que regeu a seleção, Fabíola alternou duas estratégias.
Nos jogos contra Holanda, Porto Rico, Itália, Holanda e Alemanha, ela concentrou suas jogadas nas principais atacantes: Natália e Sheilla.
Já contra Cuba e EUA, a atleta brasiliense distribui as jogadas mais equitativamente.
"É importante variar as jogadas e fazer com que todas pontuem. Mas, em determinados momentos, temos que levantar para quem está virando todas as bolas. Isso depende de cada jogo", explica.
Ela conta que usa um caderno para estudar os rivais.
"Costumo escrever o que tenho que fazer, e isso facilita para relembrar o vídeo [exibido pela comissão técnica]."
Com atuações mais consistentes do que as de sua colega de seleção, Dani Lins, Fabíola aos poucos se firma na posição que não encontrava uma "dona" definitiva desde a aposentadoria de Fofão, após os Jogos de Pequim-08.
Para ela, a cobrança sobre as novas levantadoras é maior do que sobre as atletas de outras posições.
"Substituir uma jogadora como a Fofão é uma responsabilidade grande porque ela é a melhor do mundo. Procuro me espelhar nela."
A ex-levantadora do Brasil acompanha da Turquia, onde treina pelo Fenerbahce, os jogos da seleção no Mundial e diz estar feliz pelo desempenho da nova titular.
"Eu já tinha dito que seria titular quem tivesse mais coragem para jogar, e a Fabíola não está deixando passar a chance, jogando bem e com tranquilidade", elogia Fofão.
A pupila confessa que só um fator a leva a não pensar tanto no Mundial: sua filha.
Todos os dias, conversa pelo Skype com Andressa, 4. "É difícil ficar longe. Viajo para jogar desde os primeiros meses de vida dela. No começo, foi difícil. Mas hoje ela já entende, fico mais tranquila."


NA TV
Brasil x Japão
Mundial feminino de vôlei 7h (de amanhã) Band e Sportv




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