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Ex-atacante rege Brasil no Mundial
VÔLEI
Levantadora Fabíola usa passado para se firmar como titular
MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO
Há dez anos, Fabíola, 27,
trocava as cortadas pelas levantadas. A levantadora titular do Brasil no Mundial do
Japão trocou de posição por
recomendação de Bernardinho, que, na época, era seu
técnico em Curitiba.
Hoje, Fabíola usa sua experiência como ponteira para fazer uma "leitura" melhor
do jogo e, com isso, firmar-se
na posição ocupada durante
tantos anos por Fernanda
Venturini e Fofão. Suas antecessoras também iniciaram a carreira como atacantes.
"Já estive do outro lado.
Por isso, sei exatamente o que pensa e o que sente a ponteira. Conheço as dificuldades, e isso é importante
para eu saber fazer a jogada certa", conta a levantadora.
Ela assumiu a titularidade no terceiro jogo, contra a Holanda, e não saiu mais. Amanhã, às 7h, disputará a semifinal contra o Japão.
Nas sete partidas em que regeu a seleção, Fabíola alternou duas estratégias.
Nos jogos contra Holanda, Porto Rico, Itália, Holanda e Alemanha, ela concentrou
suas jogadas nas principais atacantes: Natália e Sheilla.
Já contra Cuba e EUA, a atleta brasiliense distribui as jogadas mais equitativamente.
"É importante variar as jogadas e fazer com que todas
pontuem. Mas, em determinados momentos, temos que
levantar para quem está virando todas as bolas. Isso depende de cada jogo", explica.
Ela conta que usa um caderno para estudar os rivais.
"Costumo escrever o que tenho que fazer, e isso facilita
para relembrar o vídeo [exibido pela comissão técnica]."
Com atuações mais consistentes do que as de sua colega de seleção, Dani Lins, Fabíola aos poucos se firma na posição que não encontrava
uma "dona" definitiva desde
a aposentadoria de Fofão, após os Jogos de Pequim-08.
Para ela, a cobrança sobre as novas levantadoras é maior do que sobre as atletas
de outras posições.
"Substituir uma jogadora
como a Fofão é uma responsabilidade grande porque ela
é a melhor do mundo. Procuro me espelhar nela."
A ex-levantadora do Brasil
acompanha da Turquia, onde treina pelo Fenerbahce, os
jogos da seleção no Mundial
e diz estar feliz pelo desempenho da nova titular.
"Eu já tinha dito que seria
titular quem tivesse mais coragem para jogar, e a Fabíola
não está deixando passar a
chance, jogando bem e com
tranquilidade", elogia Fofão.
A pupila confessa que só
um fator a leva a não pensar
tanto no Mundial: sua filha.
Todos os dias, conversa pelo
Skype com Andressa, 4. "É
difícil ficar longe. Viajo para
jogar desde os primeiros meses de vida dela. No começo,
foi difícil. Mas hoje ela já entende, fico mais tranquila."
NA TV
Brasil x Japão
Mundial feminino de vôlei 7h (de amanhã) Band e Sportv
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