|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Mudança de horário na Copa evita que time nacional, na contramão da maioria dos rivais, atue no meio da tarde
Fifa atenua o calor alemão para o Brasil
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Europa sofreu nos últimos
anos verões com temperaturas recordes. Mas a seleção brasileira
não terá de se preocupar muito
com isso na Copa da Alemanha.
Ao contrário do que vai ocorrer
com 27 dos 32 inscritos, o time
nacional não terá nenhuma partida realizada antes das 18h locais (a
diferença com o horário de Brasília na época será de cinco horas).
Isso porque a Fifa mudou o horário de 16 dos 48 jogos da fase inicial e o confronto entre brasileiros
e australianos, inicialmente marcado para as 15h, foi atrasado em
três horas. A justificativa da entidade é adequar as partidas para
um horário mais amigável em alguns países, o que ajuda as emissoras donas dos direitos de transmissão do Mundial.
Além do Brasil, só a França, entre os favoritos ao título, não terá
que enfrentar o calor -no ano
passado, na Copa das Confederações, as temperaturas ficaram
perto dos 40C na Alemanha.
Até o time anfitrião terá que desafiar as altas temperaturas. O jogo contra o Equador vai acontecer
às 16h. A Espanha vai fazer uma
partida às 15h e outras às 16h.
Se avançar em primeiro na sua
chave, que também tem Croácia,
Austrália e Japão, o Brasil vai até a
final com horários menos calorentos -o time jogaria, sempre
pela hora local, as oitavas-de-final
às 17h, as quartas e semifinais às
21h e a final às 20h.
Longe dos jogos da tarde, o Brasil perde um trunfo que o coordenador Zagallo contava.
Segundo ele, jogos sob forte calor podem ajudar sua equipe.
"Tomara que faça calor. Nossos
atletas sentem menos", disse Zagallo, lembrando da Copa de
1994, nos Estados Unidos, que teve várias partidas disputadas no
início da tarde.
O técnico Carlos Alberto Parreira disse antes da Copa das Confederações que a competição seria
boa para adaptar os jogadores ao
verão alemão, que segundo ele é
frio. Mas, depois de ver seu time
jogando sob sol escaldante, teve
que mudar de opinião.
Não é só pela fuga das horas
mais quentes que o Brasil vai fazer
uma Copa diferente daquilo que
os concorrentes farão.
Caso confirme o favoritismo,
terminando sua chave em primeiro e chegando ao título, os comandados de Parreira vão atuar
em apenas quatro cidades -Berlim, Dortmund, Munique e
Frankfurt. As três primeiras são
justamente as sedes com os maiores estádios, e os organizadores
apontam esse fator para concentrar os jogos do time pentacampeão nessas cidades.
Outras seleções vão rodar muito
mais. A Itália, por exemplo, pode
entrar em campo em cinco estádios diferentes. A Argentina pode
passar por seis cidades.
Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Futebol: "Faxina" põe juízes paulistas na berlinda Índice
|