São Paulo, segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

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FUTEBOL

Mudança de horário na Copa evita que time nacional, na contramão da maioria dos rivais, atue no meio da tarde

Fifa atenua o calor alemão para o Brasil

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A Europa sofreu nos últimos anos verões com temperaturas recordes. Mas a seleção brasileira não terá de se preocupar muito com isso na Copa da Alemanha.
Ao contrário do que vai ocorrer com 27 dos 32 inscritos, o time nacional não terá nenhuma partida realizada antes das 18h locais (a diferença com o horário de Brasília na época será de cinco horas).
Isso porque a Fifa mudou o horário de 16 dos 48 jogos da fase inicial e o confronto entre brasileiros e australianos, inicialmente marcado para as 15h, foi atrasado em três horas. A justificativa da entidade é adequar as partidas para um horário mais amigável em alguns países, o que ajuda as emissoras donas dos direitos de transmissão do Mundial.
Além do Brasil, só a França, entre os favoritos ao título, não terá que enfrentar o calor -no ano passado, na Copa das Confederações, as temperaturas ficaram perto dos 40C na Alemanha.
Até o time anfitrião terá que desafiar as altas temperaturas. O jogo contra o Equador vai acontecer às 16h. A Espanha vai fazer uma partida às 15h e outras às 16h.
Se avançar em primeiro na sua chave, que também tem Croácia, Austrália e Japão, o Brasil vai até a final com horários menos calorentos -o time jogaria, sempre pela hora local, as oitavas-de-final às 17h, as quartas e semifinais às 21h e a final às 20h.
Longe dos jogos da tarde, o Brasil perde um trunfo que o coordenador Zagallo contava.
Segundo ele, jogos sob forte calor podem ajudar sua equipe. "Tomara que faça calor. Nossos atletas sentem menos", disse Zagallo, lembrando da Copa de 1994, nos Estados Unidos, que teve várias partidas disputadas no início da tarde.
O técnico Carlos Alberto Parreira disse antes da Copa das Confederações que a competição seria boa para adaptar os jogadores ao verão alemão, que segundo ele é frio. Mas, depois de ver seu time jogando sob sol escaldante, teve que mudar de opinião.
Não é só pela fuga das horas mais quentes que o Brasil vai fazer uma Copa diferente daquilo que os concorrentes farão.
Caso confirme o favoritismo, terminando sua chave em primeiro e chegando ao título, os comandados de Parreira vão atuar em apenas quatro cidades -Berlim, Dortmund, Munique e Frankfurt. As três primeiras são justamente as sedes com os maiores estádios, e os organizadores apontam esse fator para concentrar os jogos do time pentacampeão nessas cidades.
Outras seleções vão rodar muito mais. A Itália, por exemplo, pode entrar em campo em cinco estádios diferentes. A Argentina pode passar por seis cidades.


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