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JOGOS ABERTOS
São Bernardo planeja organizar provas em todas as modalidades, saltando de 16 para 35 competições
Interior quer ter pela 1ª vez evento 100% olímpico
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A "Olimpíada" do interior quer
ser, de fato, Olimpíada. A 70ª edição dos Jogos Abertos, marcada
para São Bernardo, de 11 a 24 de
setembro de 2006, contará, pela
primeira vez na história, com a totalidade dos esportes olímpicos.
"Oferecemos todas as modalidades sob a condição de só fazer
competição em que tivéssemos ao
menos quatro cidades inscritas. A
aceitação tem sido grande", festeja José Fiorizzi, secretário de Esportes de São Bernardo.
A proposta foi aprovada na semana passada, em Jaú. Até 2005,
só 16 modalidades olímpicas apareciam nos Jogos, que também
têm esportes bem menos globalizados como bocha, damas, malha
e biribol (espécie de vôlei jogado
na piscina). Agora seriam 35.
"Temos arenas esportivas para
realizar todas as disputas. Mas
precisaremos de reformas", comenta Fiorizzi, cuja pasta deve
gastar R$ 9 milhões só em obras.
Botucatu gastou R$ 3 milhões
com todo o evento deste ano, segundo a Secretaria da Juventude,
órgão estadual que gere o evento.
Apesar do aval da secretaria, o
inchaço pode não ter seqüência.
"Se virar obrigação, ainda menos
cidades teriam condições de ser
sede. Botucatu, por exemplo, não
conseguiria", diz Lars Grael, secretário de Juventude.
Para a secretaria, tal iniciativa
também não poderia ser bancada
por Praia Grande, sede de 2007.
São Bernardo planeja receber 14
mil atletas, sem contar com as novas modalidades. É mais do que
os cerca de 10 mil competidores
que estiveram em Atenas-04.
"Fazemos isso todos os anos ",
pondera Antônio Carlos Pereira,
coordenador de esportes da Secretaria da Juventude.
A Prefeitura de São Bernardo
promete conceder medalhas aos
vencedores das 19 modalidades
olímpicas. Elas, porém, não valerão na classificação geral.
"Serão de exibição. Lançamos a
idéia para desenvolver o esporte
olímpico no país", afirma Fiorizzi.
A demanda por serviços também irá crescer. Segundo a prefeitura, não haverá problema de alojamento. "Temos 200 escolas para
alojar a todos. E não temos problemas financeiros", diz Fiorizzi.
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