São Paulo, segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

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JOGOS ABERTOS

São Bernardo planeja organizar provas em todas as modalidades, saltando de 16 para 35 competições

Interior quer ter pela 1ª vez evento 100% olímpico

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A "Olimpíada" do interior quer ser, de fato, Olimpíada. A 70ª edição dos Jogos Abertos, marcada para São Bernardo, de 11 a 24 de setembro de 2006, contará, pela primeira vez na história, com a totalidade dos esportes olímpicos.
"Oferecemos todas as modalidades sob a condição de só fazer competição em que tivéssemos ao menos quatro cidades inscritas. A aceitação tem sido grande", festeja José Fiorizzi, secretário de Esportes de São Bernardo.
A proposta foi aprovada na semana passada, em Jaú. Até 2005, só 16 modalidades olímpicas apareciam nos Jogos, que também têm esportes bem menos globalizados como bocha, damas, malha e biribol (espécie de vôlei jogado na piscina). Agora seriam 35.
"Temos arenas esportivas para realizar todas as disputas. Mas precisaremos de reformas", comenta Fiorizzi, cuja pasta deve gastar R$ 9 milhões só em obras.
Botucatu gastou R$ 3 milhões com todo o evento deste ano, segundo a Secretaria da Juventude, órgão estadual que gere o evento.
Apesar do aval da secretaria, o inchaço pode não ter seqüência. "Se virar obrigação, ainda menos cidades teriam condições de ser sede. Botucatu, por exemplo, não conseguiria", diz Lars Grael, secretário de Juventude.
Para a secretaria, tal iniciativa também não poderia ser bancada por Praia Grande, sede de 2007.
São Bernardo planeja receber 14 mil atletas, sem contar com as novas modalidades. É mais do que os cerca de 10 mil competidores que estiveram em Atenas-04.
"Fazemos isso todos os anos ", pondera Antônio Carlos Pereira, coordenador de esportes da Secretaria da Juventude.
A Prefeitura de São Bernardo promete conceder medalhas aos vencedores das 19 modalidades olímpicas. Elas, porém, não valerão na classificação geral.
"Serão de exibição. Lançamos a idéia para desenvolver o esporte olímpico no país", afirma Fiorizzi.
A demanda por serviços também irá crescer. Segundo a prefeitura, não haverá problema de alojamento. "Temos 200 escolas para alojar a todos. E não temos problemas financeiros", diz Fiorizzi.


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