São Paulo, domingo, 12 de dezembro de 2010

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Ano eleitoral

Trio de ferro , fracasso em campo, e o Santos, que salvou paulistas, encaram disputas presidenciais

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

O futuro dos principais clubes de São Paulo será decidido nas urnas.
Em 2011, Palmeiras, São Paulo, Corinthians, que decepcionaram suas torcidas nesta temporada, e o Santos, time sensação do primeiro semestre, passarão por eleições presidenciais.
Nos quatro clubes, a movimentação política já começou. No Palmeiras com mais força. O pleito acontece no início de janeiro. São Paulo, Santos e Corinthians têm mais tempo. O primeiro escolhe seu novo presidente em abril, e Santos e Corinthians, apenas em dezembro.
São-paulinos e corintianos têm outros pontos em comum: a falta de uma oposição forte e marcante. Por isso, por enquanto, tudo caminha para que Juvenal Juvêncio e Andres Sanchez emplaquem seus sucessores.
Andres preside o Corinthians desde 2007; Juvenal está no São Paulo há quase cinco anos. Ou seja, os dois clubes tendem para manter um continuísmo velado.
"O candidato à sucessão será escolhido pelo Andres. Ele vai conduzir o processo, e o grupo vai dizer quem será o candidato", disse Mario Gobbi, ex-diretor de futebol do Corinthians. Apontado como possível sucessor, ele desconversa. "Ainda falta muito tempo para a eleição."
André Luís de Oliveira, diretor administrativo do clube, também é outro possível nome para suceder Andres. Pela oposição, Paulo Garcia, derrotado na última eleição, e Antonio Roque Citadini são os nomes mais fortes.
A disputa eleitoral ganha ainda mais importância por causa do novo estádio do Corinthians. A situação teme que, com um novo comando, o projeto da arena corintiana em Itaquera possa emperrar.
No São Paulo, o cenário é parecido. Juvenal Juvêncio não dá nenhuma pista sobre seu futuro. Tecnicamente, ele não pode ser candidato, mas já circulam rumores de que ele poderia alterar o estatuto do clube e se reeleger.
Não seria novidade. Ele se beneficiou de manobra parecida, quando alterou de dois para três anos o mandato.
"A grande diferença do São Paulo é que sempre há uma alternância de poder entre situação e oposição. O clube passa por administrações diversificadas, mas sempre construindo muito", disse João Paulo de Jesus Lopes, diretor de futebol.
O nome dele, e do vice de futebol, Carlos Augusto Barros e Silva, são os mais fortes para a sucessão.
A julgar pela força da oposição, o cenário é favorável à situação: o conselheiro Márcio Aranha é o principal nome. E, assim como no Corinthians, o discurso é que Juvenal escolherá seu sucessor.


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