São Paulo, quarta-feira, 13 de janeiro de 2010 |
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TÊNIS Bem-vindo ao show das belgas
RÉGIS ANDAKU COLUNISTA DA FOLHA NINGUÉM faz marketing tão bem no tênis hoje como Maria Sharapova. Ciente da força do que fala, Sharapova disse estar "entusiasmada" com a volta das belgas Justine Henin e Kim Clijsters. Besteira. É mais uma de suas frases tolas, que a tornam cada vez mais celebridade e menos tenista. Sharapova, tanto quanto Dinara Safina, Ana Ivanovic, Svetlana Kuznetsova, Elena Dementieva e Caroline Wozniacki, no fundo, está se borrando com a volta das belgas. Sem uma tenista que tenha dominado o circuito nos últimos anos, com uma série de meninas mimadas e choronas incapazes de manter uma liderança de ranking consistente, as aposentadas Clijsters e Henin encontraram a porta escancarada e um tapete vermelho estendido. Não vai levar dois meses, e elas estarão no top ten. A partir daí, as outras que se virem -e chorem-, porque não há dúvida de que, com Serena Williams, disputarão as principais finais e o topo ao longo do ano. Clijsters e Henin, que não são garotas-propaganda nem delas mesmas, foram sinceras depois de disputarem a final em Brisbane: "Com o nível em que jogamos, é provável que nós duas estejamos no top ten em breve", disse Clijsters. "Não disputei um único torneio nos últimos 18 meses e agora acabei de fazer a final contra uma das melhores do mundo. Não posso estar desapontada [com a derrota]", afirmou Henin. Os técnicos não escondem o jogo. Carlos Rodriguez, que, como Henin, voltou da aposentadoria para o circuito, descreveu a semana de sua pupila: "incrível", "inacreditável". Wim Fissette, técnico que teve o cabelo raspado ao apostar com Clijsters que ela não tinha chance de ganhar o Aberto dos EUA-09, aprendeu a não subestimá-la: "Kim está confiante em quadra. O jogo dela está ficando do jeito que queremos". Fossem pais, e não técnicos, tivessem a irreverência de Richard Wil- liams, pai de Venus e Serena, que abriu cartaz com um "Bem-vindo ao show das Williams" antes de uma final entre elas, Rodriguez e Fissette mostrariam no Aberto da Austrália o "Bem-vindo ao show das belgas". ABERTO DE SÃO PAULO O título de Ricardo Mello o levou para 142º no ranking mundial. Seu objetivo declarado para esta temporada é retornar ao top 100. BRASIL OPEN Quem quer informação sobre o único ATP Tour no país não acha nada, seja no site oficial, seja no local que abrigará o torneio e até no site dos organizadores. Se com propaganda é difícil levar gente, sem... EM SANTA CATARINA A CBT reuniu 14 tenistas de 13 e 16 anos para conversas e exames, no 1º Encontro Nacional Infantojuvenil, em Itajaí. A ideia é pensar nos tenistas que podem jogar a Rio-16. reandaku@uol.com.br Texto Anterior: Cláusula antiPan-07 marca PAC da Copa-14 Próximo Texto: São Paulo se arma para estancar crise com a base Índice |
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