São Paulo, segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

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NATAÇÃO

Invicto, atleta paraibano vence nove provas e ajuda Brasil a acumular 18 primeiros lugares em circuito 2005/2006

Kaio comanda recorde de ouros na Copa

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil cravou, na etapa final da Copa do Mundo, em Belo Horizonte, seu recorde de medalhas na competição. Com os resultados de ontem, o país acumulou, em 2005/2006, 58 pódios, com 18 ouros, 19 pratas e 21 bronzes.
O grande destaque para o bom desempenho nacional foi Kaio Márcio Almeida, 21, que ganhou novo ouro ontem, nos 100 m borboleta, com o tempo de 51s75.
O nadador terminou invicto o campeonato realizado em piscina curta (de 25 m). Foram nove títulos em nove provas disputadas.
"Sem dúvida, não esperava tantas medalhas durante essa temporada. Foi uma recompensa por tantos treinos", comentou Kaio.
Ontem, o Brasil também definiu sua delegação para o Mundial de piscina curta de Xangai, de 5 a 9 de abril. O país irá enviar 20 nadadores (13 homens e 7 mulheres), que participarão de 21 provas.
Os títulos desta temporada da Copa fizeram o Brasil superar a melhor performance anterior, os 14 ouros obtidos em 2000/2001, quando o evento contava com dez etapas -atualmente são oito.
Nova estrela das piscinas, Kaio Márcio já pôs seu nome entre os maiores nadadores do país.
Com 11 ouros em Copas, ele já é o segundo brasileiro que mais passou pelo local mais alto do pódio no evento, só atrás de Gustavo Borges, 15 vezes campeão.
O recordista mundial dos 50 m borboleta em piscina curta, porém, é o brasileiro que mais venceu em uma temporada da Copa. Os nove ouros de 2005/2006 o fazem superar a marca de Borges, seis vezes campeão em 1998/1999.
"Isso tudo serve de incentivo para nadar o Mundial. Lá vou enfrentar adversários muito fortes, como [o sul-africano] Ryk Neethling, [o alemão] Thomas Ruprath e [o sul-africano] Roland Schoeman", enumera Kaio.
Ruprath, primeiro colocado do ranking mundial em 2005, foi derrotado duas vezes pelo brasileiro na etapa mineira da Copa, nos 50 m borboleta, anteontem, e nos 100 m borboleta, ontem.
Tantos títulos proporcionaram premiação de US$ 13.500 (cerca de R$ 29 mil) ao atleta. Apesar disso, ele diz que não economizou. "Gastei a maior parte. Comprei máquina digital, vídeo game. Mas guardei um pouquinho", brinca ele, que treina em João Pessoa e defende o Sesi (PE).


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