São Paulo, segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

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COPA 2006

Nike apresenta hoje no Rio o novo uniforme da equipe brasileira, que será utilizado no Mundial da Alemanha

Estrela do hexa deve ser desafio na camisa da seleção

RODRIGO BUENO
TATIANA CUNHA

DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção brasileira vai conhecer hoje a camisa que usará na Copa da Alemanha. Em evento no Rio, a Nike exibirá o uniforme que diz refletir a tradição da seleção e a cultura nacional. Mas, antes mesmo de ser usado ou de chegar às lojas, algumas pessoas já estão preocupadas com o que pode ocorrer com ele após o Mundial.
A conquista do hexa mundial deve causar um problema: o excesso de estrelas na camisa.
Hoje, cinco ornam o escudo da CBF. A chegada de uma sexta, porém, faria com que as estrelas ficassem "espremidas" em cima do brasão, tivessem que diminuir de tamanho ou que o logo da confederação fosse repensado.
A convite da Folha, dois estilistas brasileiros deram sugestões para a Nike, fornecedora das camisas da seleção, sobre como resolver este problema.
Para Marcelo Sommer, que lançou sua própria marca em 1995 e, de lá para cá, virou presença assídua em eventos como a São Paulo Fashion Week, as estrelas devem ficar ao redor do escudo, divididas de maneira igual, e não só na parte superior. O estilista sugere três na parte de cima e as outras três na parte inferior. Um "look" básico e tradicional, mas que deixaria o logo mais "clean".
Já Jum Nakao vai além. Outro habitué das passarelas da SPFW e designer escolhido para criar a coleção da grife Guga Kuerten, ele disse ter se inspirado no fato de este ser o ano do cachorro no calendário chinês para dar sua idéia.
Nakao imagina as seis estrelas ligadas por uma linha pontilhada que sai da parte superior do escudo e que forma o perfil de um cachorro, até chegar à ponta de baixo do logo da CBF. O desenho, mais arrojado, é uma marca do estilista, que diz ter um estilo pop.
A Nike afirma que não foi ela quem definiu a posição da quinta estrela na camisa. "Quem decidiu foi a própria confederação", disse Ingo Ostrovsky, gerente de comunicações da empresa no Brasil.
O problema com a sexta estrela é exclusividade brasileira, já que nenhuma outra seleção pode chegar ao hexa no Mundial deste ano.
O escudo de federação nacional mais poluído depois do brasileiro é o do Uruguai. Apesar de ter só dois títulos da Copa, os uruguaios consideram os títulos olímpicos de 1924 e 1928 como Mundiais e, assim, ostentam quatro estrelas.
Algumas federações campeãs mundiais se importaram menos com isso, como Argentina e Inglaterra, que adotaram estrelas pelos títulos na Copa há pouco tempo.



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