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COPA 2006
Nike apresenta hoje no Rio o novo uniforme da equipe brasileira, que será utilizado no Mundial da Alemanha
Estrela do hexa deve ser desafio na camisa da seleção
RODRIGO BUENO
TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção brasileira vai conhecer
hoje a camisa que usará na Copa
da Alemanha. Em evento no Rio,
a Nike exibirá o uniforme que diz
refletir a tradição da seleção e a
cultura nacional. Mas, antes mesmo de ser usado ou de chegar às
lojas, algumas pessoas já estão
preocupadas com o que pode
ocorrer com ele após o Mundial.
A conquista do hexa mundial
deve causar um problema: o excesso de estrelas na camisa.
Hoje, cinco ornam o escudo da
CBF. A chegada de uma sexta, porém, faria com que as estrelas ficassem "espremidas" em cima do
brasão, tivessem que diminuir de
tamanho ou que o logo da confederação fosse repensado.
A convite da Folha, dois estilistas brasileiros deram sugestões
para a Nike, fornecedora das camisas da seleção, sobre como resolver este problema.
Para Marcelo Sommer, que lançou sua própria marca em 1995 e,
de lá para cá, virou presença assídua em eventos como a São Paulo
Fashion Week, as estrelas devem
ficar ao redor do escudo, divididas de maneira igual, e não só na
parte superior. O estilista sugere
três na parte de cima e as outras
três na parte inferior. Um "look"
básico e tradicional, mas que deixaria o logo mais "clean".
Já Jum Nakao vai além. Outro
habitué das passarelas da SPFW e
designer escolhido para criar a coleção da grife Guga Kuerten, ele
disse ter se inspirado no fato de
este ser o ano do cachorro no calendário chinês para dar sua idéia.
Nakao imagina as seis estrelas
ligadas por uma linha pontilhada
que sai da parte superior do escudo e que forma o perfil de um cachorro, até chegar à ponta de baixo do logo da CBF. O desenho,
mais arrojado, é uma marca do
estilista, que diz ter um estilo pop.
A Nike afirma que não foi ela
quem definiu a posição da quinta
estrela na camisa. "Quem decidiu
foi a própria confederação", disse
Ingo Ostrovsky, gerente de comunicações da empresa no Brasil.
O problema com a sexta estrela
é exclusividade brasileira, já que
nenhuma outra seleção pode chegar ao hexa no Mundial deste ano.
O escudo de federação nacional
mais poluído depois do brasileiro
é o do Uruguai. Apesar de ter só
dois títulos da Copa, os uruguaios
consideram os títulos olímpicos
de 1924 e 1928 como Mundiais e,
assim, ostentam quatro estrelas.
Algumas federações campeãs
mundiais se importaram menos
com isso, como Argentina e Inglaterra, que adotaram estrelas pelos
títulos na Copa há pouco tempo.
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