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BOXE
Cinturões foram divididos em 75
Título que brasileiro fraturou é unificado
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
Há 29 anos, os médios-ligeiros
(até 69,8 kg) deixaram de ter um
único campeão que fosse consenso entre as principais versões do
boxe, por causa de episódio que
teve como pivô o brasileiro ex-campeão Miguel de Oliveira, 56.
Mas na madrugada de amanhã
os americanos Shane Mosley, dono dos títulos do CMB e da AMB,
e Winky Wright, titular pela FIB,
unificam pela primeira vez, desde
1975, os cinturões das principais
entidades do pugilismo mundial.
O japonês Koichi Wajima, que
em 1975 detinha os dois únicos títulos existentes à época, o da
AMB e o do CMB, foi destituído
do último por não dar uma revanche a Oliveira, a quem já havia superado em confronto anterior.
Desde então, as negociações para coroar um campeão indiscutível na categoria fracassaram. O
surgimento da FIB durante a década de 80 piorou o panorama.
Publicações especializadas norte-americanas chegaram a responsabilizar parcialmente Oliveira pela separação dos cinturões.
"O combate com o Wajima foi
roubado, é só ver a fita. Lutamos
no Japão, com jurados locais. O
presidente do CMB, que assistiu à
luta com Wajima, ordenou a revanche. Como o da AMB não estava lá, ficou por isso mesmo",
defende-se Oliveira, que foi campeão do CMB ao bater o segundo
do ranking, Jose Durán, em 1975.
Winky Wright tem uma teoria
que explica a ausência de um único campeão entre os médios-ligeiros. ""Acho que os títulos ficaram separados por tanto tempo
porque os campeões vinham recebendo ofertas lucrativas para
enfrentar adversários não tão perigosos [quanto os co-campeões]", disse o lutador (46 vitórias e 3 derrotas), em teleconferência da qual a Folha participou.
Mosley, que é favorito nas bolsas de apostas na proporção de
2,5 por 1 para vencer Wright, acumula 46 vitórias e 3 derrotas.
NA TV - Globo, a partir das
3h30, ao vivo
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