São Paulo, sábado, 13 de março de 2004

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BOXE

Cinturões foram divididos em 75

Título que brasileiro fraturou é unificado

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

Há 29 anos, os médios-ligeiros (até 69,8 kg) deixaram de ter um único campeão que fosse consenso entre as principais versões do boxe, por causa de episódio que teve como pivô o brasileiro ex-campeão Miguel de Oliveira, 56.
Mas na madrugada de amanhã os americanos Shane Mosley, dono dos títulos do CMB e da AMB, e Winky Wright, titular pela FIB, unificam pela primeira vez, desde 1975, os cinturões das principais entidades do pugilismo mundial.
O japonês Koichi Wajima, que em 1975 detinha os dois únicos títulos existentes à época, o da AMB e o do CMB, foi destituído do último por não dar uma revanche a Oliveira, a quem já havia superado em confronto anterior.
Desde então, as negociações para coroar um campeão indiscutível na categoria fracassaram. O surgimento da FIB durante a década de 80 piorou o panorama.
Publicações especializadas norte-americanas chegaram a responsabilizar parcialmente Oliveira pela separação dos cinturões.
"O combate com o Wajima foi roubado, é só ver a fita. Lutamos no Japão, com jurados locais. O presidente do CMB, que assistiu à luta com Wajima, ordenou a revanche. Como o da AMB não estava lá, ficou por isso mesmo", defende-se Oliveira, que foi campeão do CMB ao bater o segundo do ranking, Jose Durán, em 1975.
Winky Wright tem uma teoria que explica a ausência de um único campeão entre os médios-ligeiros. ""Acho que os títulos ficaram separados por tanto tempo porque os campeões vinham recebendo ofertas lucrativas para enfrentar adversários não tão perigosos [quanto os co-campeões]", disse o lutador (46 vitórias e 3 derrotas), em teleconferência da qual a Folha participou.
Mosley, que é favorito nas bolsas de apostas na proporção de 2,5 por 1 para vencer Wright, acumula 46 vitórias e 3 derrotas.


NA TV - Globo, a partir das 3h30, ao vivo


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