São Paulo, sábado, 13 de março de 2004

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JUDÔ

Atletas lutam em MG, mas algumas categorias ainda estão sem vaga nos Jogos

Seletiva não garante ida a Atenas

LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL A IPATINGA

A comissão técnica do Brasil estima que, na seletiva de hoje, em Ipatinga (MG), devem ser definidos até 70% dos titulares para os Jogos de Atenas. Porém cinco das 14 categorias não têm assegurada a participação na Olimpíada.
Pela avaliação do presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley, "uma delas tem missão quase impossível, a vaga é difícil em outra, e a classificação é provável nas demais".
Até agora, o Brasil não garantiu presença no ligeiro (masculino e feminino) e nas classes meio-leve, médio e pesado para mulheres. As categorias em situação mais difícil são a médio (até 70 kg) e a meio-leve (até 52 kg) femininos.
Na primeira, para ficar com a vaga olímpica, a brasileira terá de vencer o Pan da Venezuela e ainda torcer pelo tropeço de cinco rivais. Na meio-leve, a judoca do país só depende de si. Mas terá que ganhar o torneio continental.
Cristina Sebastião e Cátia Maia, que venceram a primeira etapa da final da seletiva brasileira, encaram a situação de forma distinta.
Enquanto a meio-leve Cátia adotou o discurso de que está focada para cada passo da caminhada rumo a Atenas, preferindo declarar que só pensa na competição de hoje, Cristina confessou que já está com a cabeça voltada para o torneio venezuelano.
Questionado sobre a situação dessas categorias, Ney Wilson, diretor técnico da CBJ, apontou um problema histórico e um fato circunstancial para a situação.
"Meio-leve e médio femininos não tiveram representação nas duas últimas Olimpíadas. Além disso, em uma das etapas que valia para somar pontos no ranking pan-americano, a Cristina Sebastião foi a única atleta inscrita, o que a impediu de competir, uma vez que não houve lutas", analisa.
Já Paulo Wanderley lamentou algumas oportunidades desperdiçadas, como o Pan do ano passado, disputado em Salvador.
"Aquela competição era muito favorável aos brasileiros, que além de lutar em casa não tiveram a oposição de nossos principais adversários, já que Cuba não enviou equipe ao Brasil", lembrou.
Se os vencedores da primeira etapa da seletiva final repetirem o triunfo hoje, já garantem o posto de titulares da seleção nacional. Se os derrotados em dezembro empatarem o duelo, a definição fica para a terceira etapa, que será em 3 de abril, em local a ser definido.


O jornalista Luís Ferrari viaja a convite da Confederação Brasileira de Judô

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