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JUDÔ
Atletas lutam em MG, mas algumas categorias ainda estão sem vaga nos Jogos
Seletiva não garante ida a Atenas
LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL A IPATINGA
A comissão técnica do Brasil estima que, na seletiva de hoje, em
Ipatinga (MG), devem ser definidos até 70% dos titulares para os
Jogos de Atenas. Porém cinco das
14 categorias não têm assegurada
a participação na Olimpíada.
Pela avaliação do presidente da
Confederação Brasileira de Judô,
Paulo Wanderley, "uma delas tem
missão quase impossível, a vaga é
difícil em outra, e a classificação é
provável nas demais".
Até agora, o Brasil não garantiu
presença no ligeiro (masculino e
feminino) e nas classes meio-leve,
médio e pesado para mulheres.
As categorias em situação mais
difícil são a médio (até 70 kg) e a
meio-leve (até 52 kg) femininos.
Na primeira, para ficar com a
vaga olímpica, a brasileira terá de
vencer o Pan da Venezuela e ainda torcer pelo tropeço de cinco rivais. Na meio-leve, a judoca do
país só depende de si. Mas terá
que ganhar o torneio continental.
Cristina Sebastião e Cátia Maia,
que venceram a primeira etapa da
final da seletiva brasileira, encaram a situação de forma distinta.
Enquanto a meio-leve Cátia
adotou o discurso de que está focada para cada passo da caminhada rumo a Atenas, preferindo declarar que só pensa na competição de hoje, Cristina confessou
que já está com a cabeça voltada
para o torneio venezuelano.
Questionado sobre a situação
dessas categorias, Ney Wilson, diretor técnico da CBJ, apontou um
problema histórico e um fato circunstancial para a situação.
"Meio-leve e médio femininos
não tiveram representação nas
duas últimas Olimpíadas. Além
disso, em uma das etapas que valia para somar pontos no ranking
pan-americano, a Cristina Sebastião foi a única atleta inscrita, o
que a impediu de competir, uma
vez que não houve lutas", analisa.
Já Paulo Wanderley lamentou
algumas oportunidades desperdiçadas, como o Pan do ano passado, disputado em Salvador.
"Aquela competição era muito
favorável aos brasileiros, que
além de lutar em casa não tiveram
a oposição de nossos principais
adversários, já que Cuba não enviou equipe ao Brasil", lembrou.
Se os vencedores da primeira
etapa da seletiva final repetirem o
triunfo hoje, já garantem o posto
de titulares da seleção nacional. Se
os derrotados em dezembro empatarem o duelo, a definição fica
para a terceira etapa, que será em
3 de abril, em local a ser definido.
O jornalista Luís Ferrari viaja a convite
da Confederação Brasileira de Judô
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