São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 2006

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FUTEBOL

Beneficiado com empate do Caracas, time derrota o Cienciano, reabilita-se das duas derrotas seguidas e se classifica

São Paulo ganha e avança na Libertadores

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo viajou para Cuzco com o peso de duas derrotas consecutivas na Taça Libertadores. Mas retorna para o Brasil com a classificação na bagagem.
Com a vitória de 2 a 0 sobre o Cienciano ontem à noite e beneficiado com o empate de 0 a 0 entre Caracas e Chivas, o time do técnico Muricy Ramalho chegou aos nove pontos e não pode mais ser alcançado pela equipe venezuelana, que chegou aos cinco pontos.
O Chivas segue isolado na liderança, com 11 pontos, enquanto o Cienciano, na lanterna, já está eliminado da competição.
Caracas e São Paulo se enfrentam na última rodada da fase de classificação e o jogo acontece no Morumbi, no próximo dia 20. Como o time de Muricy está a dois pontos do Chivas, o clube paulista ainda pode terminar a primeira fase em primeiro lugar. Basta que os mexicanos percam, em casa, para o Cienciano, e o São Paulo vença seu último jogo.
Além de estar com a sua permanência no torneio assegurada, a equipe são-paulina melhorou a sua performance, que era a segunda pior entre os brasileiros que estão na Libertadores. Com a vitória, o time chegou a nove pontos em cinco partidas e iguala o aproveitamento do Palmeiras -60%-, que vai a campo hoje.
Os peruanos, que foram goleados no primeiro turno por 4 a 1, mostraram muitos erros no seu sistema defensivo e só assustaram os brasileiros no início. Mesmo assim, na base dos cruzamentos.
Mesmo na altitude de 3.326 m, bastou São Paulo, bem postado, apertar a saída de bola para sair na frente do placar. Aloísio pressionou a zaga, que fez um recuo errado de cabeça. O atacante se adiantou ao goleiro e ,com um chute forte, fez 1 a 0, aos 21min.
O Cienciano se viu na obrigação de sair em busca do empate, e o São Paulo passou a chegar com mais freqüência ao ataque.
Diante de um adversário acéfalo ofesivamente, os brasileiros jogaram para o gasto. A válvula de escape era sempre pela esquerda. Júnior, com 20 bolas recebidas, era o jogador mais acionado.
Administrando o jogo em banho-maria, o segundo gol veio numa bela troca de passes entre Júnior, Aloísio e Mineiro. O volante entrou livre na área e mandou a bola no ângulo fazendo 2 a 0 aos 42min do primeiro tempo.
Na etapa final, o panorama não mudou muito. O São Paulo seguiu administrando a vantagem e, com uma marcação forte, não permitia a criação de jogadas de perigo em sua defesa.
Sem criatividade, o Cienciano passou a apelar para as faltas, mas acabou perdendo um jogador. Ferrari, que já tinha um cartão amarelo, cometeu falta violenta em Josué e foi expulso.
A partir daí, o jogo viu seu ritmo diminuir ainda mais. As melhores chances na etapa final foram em cobranças de falta. Uma com o zagueiro Fabão e outra em chute colocado do goleiro Rogério.
Com um homem a mais, Muricy cadenciou ainda mais a partida. Trocou Josué por Ramalho e Júnior por Richarlyson. Na frente, sacou o atacante Aloísio para a entrada de Alex Dias.
No final do jogo, uma cena inusitada. Os jogadores do São Paulo deixaram o campo sob os aplausos dos torcedores peruanos.


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