São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Santos usa tática do título e vence apertado

Rubens Cavallari/Folha Imagem
Cleber Santana festeja com Reinaldo o segundo gol do Santos


DA REPORTAGEM LOCAL

Campeão paulista com poucos gols e resultados magros, o time de Vanderlei Luxemburgo repetiu a fórmula vencedora na Copa do Brasil. Sem brilho, o Santos passou sufoco, mas ganhou o Brasiliense, por 2 a 1, na primeira partida nas oitavas-de-final.
Na próxima semana, o time do litoral classifica-se com um empate, uma vitória ou uma derrota por diferença de um gol com placar acima de 2 a 1. Se o resultado de ontem se repetir, mas a favor do rival, a vaga será disputada nos pênaltis. Qualquer outro escore beneficia o time da capital federal.
A partida foi igual, tanto que os dois times finalizaram 14 vezes cada um em todo o confronto.
No início do jogo, o Santos enfrentou dificuldades diante do time candango. A equipe do litoral paulista não conseguia superar a marcação forte dos adversários no meio-de-campo.
Esse bloqueio resultava em retomadas de bolas e, como conseqüência delas, havia contra-ataques. Iranildo era o principal municiador dessas jogadas, tanto que foi caçado pela zaga santista.
Em um dos passes dele, saiu o primeiro gol da partida. Aos 9min, Iranildo tocou para Carlos Alberto na entrada da área. Com espaço, o volante chutou cruzado no canto de Fábio Costa -a bola bateu na trave e entrou.
Um minuto depois, porém, o Santos empatou. Após passe de Reinaldo, Wendel chutou no canto e contou com falha do goleiro Gustavo para fazer o 1 a 1.
O empate não mudou o panorama do jogo. O Brasiliense contra-atacava, principalmente com chutes de longe. E o Santos tentava pela esquerda.
E foi pelo setor, de novo com Wendel, que o time virou o placar. O volante chegou livre à frente do goleiro e foi agarrado por Agenor, que cometeu pênalti. Cléber Santana cobrou no meio do gol, forte, para fazer o segundo santista, aos 40min.
Se não fosse a falha de Agenor, o primeiro tempo teria sido igual. Afinal, as duas equipes finalizaram seis vezes cada uma, a maioria em chutes de fora da área.
No segundo tempo, o Santos seguia com maior posse de bola, mas não tinha capacidade para superar a marcação adversária.
Isso levou o técnico Vanderlei Luxemburgo a promover a volta de dois titulares, abandonando o sistema de 3-5-2, ainda no início da etapa. Léo Lima e Kléber substituíram Tabata e Ronaldo Guiaro, respectivamente.
Mas, logo em seguida, Wendel deu entrada dura no tornozelo de Coquinho. O árbitro expulsou o santista, desmontando o esquema tático do treinador santista.
A partir daí, o cenário se inverteu. O Brasiliense passou a ter maior controle da bola, enquanto o Santos usava os contra-ataques.
Por duas vezes Reinaldo teve chances de marcar. Primeiro, ele deu uma bicicleta. Depois, errou feio o chute diante do goleiro.
Do outro lado, Fábio Costa só teve que defender chute de Índio, também dentro da área.
Com a expulsão de um jogador do Brasiliense -Rafael, aos 30min-, o Santos ficou mais tranqüilo na defesa, mas tinha dificuldades no ataque. Aliás, contratado como solução, o mexicano De Nigris nada fez. Reinaldo e Magnum não foram bem.
Aos 40min, Iranildo também foi expulso. Mas nem a vantagem levou o Santos a construir placar mais dilatado. Seu time só acertou 4 das 14 conclusões a gol. Fez o suficiente, como sempre neste ano.


Texto Anterior: Muricy recebe atacante e cogita poupar atletas
Próximo Texto: Luxemburgo volta a criticar torcida
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.