São Paulo, sexta-feira, 13 de abril de 2007

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queda-de-braço

Grandes brigam, e final caminha para o interior

Santos chia por sair da Vila Belmiro nas semifinais do Paulista e prevê "guerra'

Fase começa amanhã com a equipe do litoral diante do Bragantino no Pacaembu, mesmo palco de São Paulo e São Caetano no domingo


RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC

A rivalidade entre São Paulo e Santos já domina as semifinais do Campeonato Paulista. E ameaça empurrar a decisão do Estadual para o interior.
O Santos reclama de que o time da capital foi favorecido pela FPF por ser o único a ter um jogo em seu estádio nesta fase. Se chegar à final, só aceitará deixar a Vila Belmiro de novo caso o rival também não jogue em casa. Ou seja, não pegaria os são-paulinos no Morumbi.
O assunto preocupa a federação paulista, e um plano B começa a ser discutido. São José do Rio Preto é a primeira opção para abrigar um dos jogos da decisão, caso os dois clubes confirmem o seu favoritismo.
O São Paulo pegará o São Caetano no jogo de volta, no dia 21, no Morumbi. O primeiro será no Pacaembu, no domingo.
Os santistas encaram o Bragantino amanhã, no Pacaembu, e no dia 22, no Morumbi.
"Fico muito preocupado com a falta de critério. Espero que isso não aconteça na final, que ninguém seja privilegiado", afirmou Marcelo Teixeira.
O presidente do Santos chegou a sugerir que a federação determinasse o Pacaembu como local para Santos e São Paulo mandarem seus jogos nas semifinais. Não foi ouvido.
"Nós não podemos ser punidos por termos uma ótima estrutura", afirmou o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva.
Marco Polo Del Nero alega que Pacaembu e Morumbi foram escolhidos por serem os estádios maiores. "Não analisamos a questão da segurança", afirmou o presidente da FPF.
Além de alegar que a Vila Belmiro é segura, o dirigente do Santos reclamou dos gastos no Morumbi e do tratamento que seu time recebe até nas ocasiões em que é mandante.
"Pagamos aluguel, mas ficamos num vestiário menor, não temos lugar suficiente para nossos conselheiros e enfrentamos dificuldade de locomoção no estádio", declarou.
Segundo Teixeira, Barros e Silva assegurou que dará ao Santos no jogo com o Bragantino o melhor vestiário do Morumbi, que normalmente só é utilizado pelo dono do estádio. A cúpula são-paulina, entretanto, não gostou da idéia.
O diretor são-paulino confirmou só que estudará uma fórmula para reduzir o aluguel.
Apesar de o mando ser da federação nos mata-matas, os clubes que atuam como mandante terão de pagar o aluguel, que varia entre 12% e 15%.
Teixeira reclamou também que fez investimentos na Vila para melhorá-la. "Gastei, e agora a cidade não pode receber o time num momento decisivo."
Nairo Ferreira de Souza, presidente do São Caetano, dissera que não abriria mão de jogar no ABC. Ontem, afirmou que acatou a decisão da FPF, mas que ainda acha que seu time deveria atuar no Anacleto Campanella.
Em conversas reservadas, Teixeira mostra-se mais indignado do que em público. Segundo dirigentes santistas, ele afirmou que enfrentará uma "guerra" para não jogar no Morumbi se os dois grandes forem à final e a Vila ficar encostada.


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