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queda-de-braço
Grandes brigam, e final caminha para o interior
Santos chia por sair da Vila Belmiro nas semifinais do Paulista e prevê "guerra'
Fase começa amanhã com a equipe do litoral diante do Bragantino no Pacaembu, mesmo palco de São Paulo
e São Caetano no domingo
RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC
A rivalidade entre São Paulo
e Santos já domina as semifinais do Campeonato Paulista.
E ameaça empurrar a decisão
do Estadual para o interior.
O Santos reclama de que o time da capital foi favorecido pela FPF por ser o único a ter um
jogo em seu estádio nesta fase.
Se chegar à final, só aceitará
deixar a Vila Belmiro de novo
caso o rival também não jogue
em casa. Ou seja, não pegaria os
são-paulinos no Morumbi.
O assunto preocupa a federação paulista, e um plano B começa a ser discutido. São José
do Rio Preto é a primeira opção
para abrigar um dos jogos da
decisão, caso os dois clubes
confirmem o seu favoritismo.
O São Paulo pegará o São
Caetano no jogo de volta, no dia
21, no Morumbi. O primeiro será no Pacaembu, no domingo.
Os santistas encaram o Bragantino amanhã, no Pacaembu,
e no dia 22, no Morumbi.
"Fico muito preocupado com
a falta de critério. Espero que
isso não aconteça na final, que
ninguém seja privilegiado",
afirmou Marcelo Teixeira.
O presidente do Santos chegou a sugerir que a federação
determinasse o Pacaembu como local para Santos e São Paulo mandarem seus jogos nas semifinais. Não foi ouvido.
"Nós não podemos ser punidos por termos uma ótima estrutura", afirmou o diretor de
futebol do São Paulo, Carlos
Augusto de Barros e Silva.
Marco Polo Del Nero alega
que Pacaembu e Morumbi foram escolhidos por serem os
estádios maiores. "Não analisamos a questão da segurança",
afirmou o presidente da FPF.
Além de alegar que a Vila Belmiro é segura, o dirigente do
Santos reclamou dos gastos no
Morumbi e do tratamento que
seu time recebe até nas ocasiões em que é mandante.
"Pagamos aluguel, mas ficamos num vestiário menor, não
temos lugar suficiente para
nossos conselheiros e enfrentamos dificuldade de locomoção no estádio", declarou.
Segundo Teixeira, Barros e
Silva assegurou que dará ao
Santos no jogo com o Bragantino o melhor vestiário do Morumbi, que normalmente só é
utilizado pelo dono do estádio.
A cúpula são-paulina, entretanto, não gostou da idéia.
O diretor são-paulino confirmou só que estudará uma fórmula para reduzir o aluguel.
Apesar de o mando ser da federação nos mata-matas, os
clubes que atuam como mandante terão de pagar o aluguel,
que varia entre 12% e 15%.
Teixeira reclamou também
que fez investimentos na Vila
para melhorá-la. "Gastei, e agora a cidade não pode receber o
time num momento decisivo."
Nairo Ferreira de Souza, presidente do São Caetano, dissera
que não abriria mão de jogar no
ABC. Ontem, afirmou que acatou a decisão da FPF, mas que
ainda acha que seu time deveria
atuar no Anacleto Campanella.
Em conversas reservadas,
Teixeira mostra-se mais indignado do que em público. Segundo dirigentes santistas, ele
afirmou que enfrentará uma
"guerra" para não jogar no Morumbi se os dois grandes forem
à final e a Vila ficar encostada.
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