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fervura
Sob tensão, grandes abrem sua semifinal
Atritos entre jogadores, torcedores e cartolas acirram São Paulo x Palmeiras
Time do Parque Antarctica tem a vantagem de jogar por dois empates para disputar a final do torneio, que não ganha desde 1996
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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O palmeirense Valdivia, em treino para o clássico
PAULO COBOS
PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Dentro de campo, nos camarotes dos cartolas e nas arquibancadas. O Morumbi terá hoje, às 16h, o mais quente clássico paulista em cinco anos.
São Paulo e Palmeiras abrem
a série da capital nas semifinais
do Estadual com a rivalidade
acirrada por episódios ainda
bastante frescos -o segundo
jogo será no próximo domingo.
Desde Corinthians x São
Paulo, decisão do Paulista de
2003, o Estado não via clássico
tão recheado de polêmicas.
No gramado, estarão atletas
que há um mês trocaram agressões em confronto pela fase inicial, que terminou com goleada
de 4 a 1 a favor do Palmeiras.
Em Ribeirão Preto, o atacante palmeirense Kléber acertou
cotovelada em André Dias, e o
são-paulino Jorge Wagner desferiu uma joelhada no palmeirense Valdivia. O primeiro
agressor pegou três jogos de
suspensão, e o segundo, um.
No mesmo jogo, as principais
organizadas dos clubes brigaram. O Ministério Público pediu o banimento da Mancha Alviverde e da Independente à federação paulista, que as proibiu
de exibirem seus símbolos.
Menos violentas, mas também afiadas, são as relações entre treinadores e cartolas palmeirenses e são-paulinos.
Nos gabinetes, os dirigentes
travaram intensa batalha para
definir onde seria realizada a
segunda partida da semifinal,
disputa afinal vencida pelo Palmeiras, que conseguiu levar o
jogo para o Parque Antarctica.
Isso depois de uma guerra
nos bastidores e muita confusão para determinar a cota de
ingressos para a torcida dos visitantes -hoje serão apenas
8.800 palmeirenses no estádio.
A definição do juiz para hoje
também entrou no rol de provocações. O São Paulo não
aprovou a indicação de Paulo
César de Oliveira.
No banco, estarão dois treinadores que publicamente até
trocam elogios, mas que travam um duelo para medir competência e títulos ganhos.
O palmeirense Vanderlei Luxemburgo fez de tudo durante a
semana para evitar mais polêmica -barrou até entrevistas
de Kléber e Valdivia. "Tem que
esquecer isso. O Valdivia e o
Kléber não deram entrevistas
porque só iam falar do passado.
Não tem lei da mordaça. Esse
tipo de declaração não acrescenta nada a um clássico dessa
rivalidade", disse o treinador.
Do lado são-paulino, a promessa é também esquecer o
passado bastante recente.
"A única coisa que ficou do
outro jogo foi a cicatriz. Não podemos entrar pensando em revanchismo. Eu não vou entrar
pensando em revidar a cotovelada", afirmou André Dias, sobre o lance com Kléber no jogo
da primeira fase.
O Palmeiras avança à final
com dois empates, a mesma
vantagem que tinha o Guaratinguetá contra a Ponte Preta,
na semifinal do interior, que
começaria ontem, depois do fechamento desta edição.
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