São Paulo, domingo, 13 de abril de 2008

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fervura

Sob tensão, grandes abrem sua semifinal

Atritos entre jogadores, torcedores e cartolas acirram São Paulo x Palmeiras

Time do Parque Antarctica tem a vantagem de jogar por dois empates para disputar a final do torneio, que não ganha desde 1996

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
O palmeirense Valdivia, em treino para o clássico

PAULO COBOS
PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Dentro de campo, nos camarotes dos cartolas e nas arquibancadas. O Morumbi terá hoje, às 16h, o mais quente clássico paulista em cinco anos.
São Paulo e Palmeiras abrem a série da capital nas semifinais do Estadual com a rivalidade acirrada por episódios ainda bastante frescos -o segundo jogo será no próximo domingo.
Desde Corinthians x São Paulo, decisão do Paulista de 2003, o Estado não via clássico tão recheado de polêmicas.
No gramado, estarão atletas que há um mês trocaram agressões em confronto pela fase inicial, que terminou com goleada de 4 a 1 a favor do Palmeiras.
Em Ribeirão Preto, o atacante palmeirense Kléber acertou cotovelada em André Dias, e o são-paulino Jorge Wagner desferiu uma joelhada no palmeirense Valdivia. O primeiro agressor pegou três jogos de suspensão, e o segundo, um.
No mesmo jogo, as principais organizadas dos clubes brigaram. O Ministério Público pediu o banimento da Mancha Alviverde e da Independente à federação paulista, que as proibiu de exibirem seus símbolos.
Menos violentas, mas também afiadas, são as relações entre treinadores e cartolas palmeirenses e são-paulinos.
Nos gabinetes, os dirigentes travaram intensa batalha para definir onde seria realizada a segunda partida da semifinal, disputa afinal vencida pelo Palmeiras, que conseguiu levar o jogo para o Parque Antarctica.
Isso depois de uma guerra nos bastidores e muita confusão para determinar a cota de ingressos para a torcida dos visitantes -hoje serão apenas 8.800 palmeirenses no estádio.
A definição do juiz para hoje também entrou no rol de provocações. O São Paulo não aprovou a indicação de Paulo César de Oliveira.
No banco, estarão dois treinadores que publicamente até trocam elogios, mas que travam um duelo para medir competência e títulos ganhos.
O palmeirense Vanderlei Luxemburgo fez de tudo durante a semana para evitar mais polêmica -barrou até entrevistas de Kléber e Valdivia. "Tem que esquecer isso. O Valdivia e o Kléber não deram entrevistas porque só iam falar do passado. Não tem lei da mordaça. Esse tipo de declaração não acrescenta nada a um clássico dessa rivalidade", disse o treinador.
Do lado são-paulino, a promessa é também esquecer o passado bastante recente.
"A única coisa que ficou do outro jogo foi a cicatriz. Não podemos entrar pensando em revanchismo. Eu não vou entrar pensando em revidar a cotovelada", afirmou André Dias, sobre o lance com Kléber no jogo da primeira fase.
O Palmeiras avança à final com dois empates, a mesma vantagem que tinha o Guaratinguetá contra a Ponte Preta, na semifinal do interior, que começaria ontem, depois do fechamento desta edição.


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